🔴 QUER INVESTIR NAS MELHORES CRIPTOMOEDAS DO MOMENTO? SAIBA COMO CLICANDO AQUI

Estadão Conteúdo

Alerta para as contas públicas

Fim do auxílio-moradia não cobrirá rombo do aumento salarial no Judiciário

Mudança deve provocar um aumento líquido de R$ 601,6 milhões nas despesas de todos os poderes em 2019

Temer sancionou um reajuste de 16,38% no salário dos ministros do STF após um acordo para o fim do auxílio-moradia - Imagem: Cesar Itiberê/Fotos Públicas

O fim do auxílio-moradia será insuficiente para compensar o impacto do reajuste nos salários do Judiciário nas contas da União. Cálculos da área econômica obtidos pelo Estadão/Broadcast mostram que a "troca" deve provocar um aumento líquido de R$ 601,6 milhões nas despesas de todos os poderes apenas em 2019. O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, limitou o benefício ao revogar liminares que estendiam o pagamento a todos os magistrados do País na Segunda-feira.

A restrição ao benefício foi parte de um acordo com o presidente Michel Temer, que sancionou um reajuste de 16,38% no salário dos ministros do Corte, considerado o teto do funcionalismo público. A área técnica do governo recomendou o veto total ao reajuste, mas Temer decidiu sancioná-lo mesmo assim.

Os salários dos ministros do Supremo foram elevados de R$ 33,7 mil mensais para R$ 39,2 mil por mês. Essa remuneração serve de referência para o teto do funcionalismo. O aumento de 16,38% também foi estendido a integrantes do Judiciário e do Ministério Público.

O impacto bruto do reajuste nas contas da União é de R$ 1,618 bilhão em 2019. Isso ocorre porque a elevação do teto remuneratório permite que funcionários de outros poderes que hoje ganham mais de R$ 33,7 mil mensais e são alvos do chamado "abate-teto" passem a receber mais.

Contribuições

Parte desse dinheiro será recuperado pela União por meio do recolhimento de contribuições previdenciárias (R$ 143,2 milhões) e de Imposto de Renda (R$ 413,2 milhões). Com isso, o impacto líquido do reajuste em todos os poderes é calculado em R$ 1,062 bilhão. Mesmo assim, a economia esperada com o fim do auxílio-moradia é de R$ 460,86 milhões.

Pelos dados do governo, em todos os Poderes o fim do benefício é insuficiente para compensar o efeito do reajuste. Isso ocorre porque o aumento é dado inclusive a aposentados e pensionistas, enquanto o auxílio-moradia é pago apenas aos servidores em atividade.

Leia Também

O custo estimado levou as áreas técnicas a dizerem que o aumento vai contra o interesse público e terá "impacto significativo" em políticas públicas essenciais, como saúde e educação. Elas recomendaram o veto integral da medida e argumentaram que a recomposição do poder aquisitivo, alegada pelos servidores do Judiciário, não deve ser tomada como único critério para a concessão do aumento.

Os técnicos defenderam que é preciso ter em conta as dificuldades que se impõem às finanças públicas e o efeito em cascata para os demais poderes e entes.

A área jurídica também informou ao Palácio do Planalto que o aumento só poderá ser aplicado nos salários quando forem cumpridos todos os respectivos requisitos constitucionais - existência de dotação orçamentária e autorização expressa para reajuste na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019.

Projeto de lei

Não há na LDO do ano que vem previsão para reajustes, o que demandaria o envio de um projeto de lei ao Congresso Nacional para alterar o texto. Essa tarefa é privativa do presidente da República.

Segundo um integrante da equipe econômica do governo, como a Constituição prevê que deve haver autorização expressa, o entendimento é de que o reajuste não pode acontecer sem uma mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

O próprio Supremo já decidiu no passado, em casos movidos por governos estaduais, que um aumento salarial fica suspenso até o atendimento das exigências constitucionais. No entanto, fontes da equipe econômica avaliam que a Corte pode mudar sua interpretação para abrir caminho à aplicação do reajuste.

Mesmo que o Tribunal de Contas da União (TCU) questione a prática, uma associação de classe pode ingressar com um mandado de segurança, e a palavra final seria do Supremo. Por isso, a batalha é dada como perdida.

Frentas

Na terça-feira, 27, a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas), que congrega entidades que representam juízes e procuradores da República, para discutir opções jurídicas para bloquear a decisão do ministro Luiz Fux. A avaliação foi de que os próximos passos do processo devem ficar para depois do recesso do STF, que tem início no próximo mês.

*Com o jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O PESO DO MACRO

Co-CEO da Cyrela (CYRE3) sem ânimo para o Brasil no longo prazo, mas aposta na grade de lançamentos. ‘Um dia está fácil, outro está difícil’

23 de março de 2025 - 10:23

O empresário Raphael Horn afirma que as compras de terrenos continuarão acontecendo, sempre com análises caso a caso

ATO ESVAZIADO

Na presença de Tarcísio, Bolsonaro defende anistia e volta a questionar resultado das eleições e a atacar STF

16 de março de 2025 - 14:22

Bolsonaro diz que, “mesmo preso ou morto”, continuará sendo “um problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF)

SEM POSTS POR HOJE

X, rede social de Elon Musk, fica fora do ar — e dessa vez a culpa não é de Moraes

10 de março de 2025 - 13:13

Os problemas começaram por volta das seis horas da manhã (horário de Brasília), com usuários reclamando que não conseguiam carregar o aplicativo ou o site do antigo Twitter

FOI BOM PARA VOCÊ?

Eletrobras (ELET3): os principais pontos do acordo que resolve pendências da privatização com governo — e faz as ações subirem forte na B3

28 de fevereiro de 2025 - 11:08

Acordo resolve participação do governo na gestão da Eletrobras (ELET3) após a privatização e investimentos na Usina de Angra 3

CEO CONFERENCE 2025

Fiscal frouxo? Os gastos do governo fora do Orçamento não preocupam André Esteves, do BTG — e aqui está o porquê

25 de fevereiro de 2025 - 17:31

Para o banqueiro, um dos problemas é que a política fiscal brasileira se mostra extremamente frouxa hoje, enquanto a monetária está “muito apertada”

ENTRE RISCO E RETORNO

Frenesi com a bolsa: BTG revela se há motivos reais para se animar com as ações brasileiras em 2025

24 de fevereiro de 2025 - 9:59

Para os analistas, apesar da pressão do cenário macroeconômico, há motivos para retomar o apetite pela renda variável doméstica — ao menos no curto prazo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

De onde não se espera nada: Ibovespa repercute balanços e entrevista de Haddad depois de surpresa com a Vale

21 de fevereiro de 2025 - 8:03

Agenda vazia de indicadores obriga investidores a concentrarem foco em balanços e comentários do ministro da Fazenda

DIA 32

Manda quem pode, obedecer é outra coisa: depois de Elon Musk, a briga de Alexandre de Moraes agora é com Donald Trump

20 de fevereiro de 2025 - 19:50

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro não perdem tempo e usam o movimento das empresas de Trump para atacar o ministro do STF e essa história ainda pode ir mais longe

CONSEQUÊNCIAS DO 8 DE JANEIRO

PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 por tentativa de golpe de Estado; veja tudo o que você precisa saber sobre as acusações

19 de fevereiro de 2025 - 8:00

As acusações da procuradoria são baseadas no inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os atos de 8 de janeiro de 2022, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes

CENÁRIO MACRO

Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim

14 de fevereiro de 2025 - 16:04

O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas

DESTAQUES DA BOLSA

Ações do Magazine Luiza (MGLU3) saltam 10% com Ibovespa nas alturas. O que está por trás da pernada da bolsa hoje?

30 de janeiro de 2025 - 15:34

Por volta das 15h08, o principal índice de ações da B3 subia 2,78%, aos 126.861 pontos, com as ações cíclicas dominando a ponta positiva

POLÍTICA MONETÁRIA

Até quando Galípolo conseguirá segurar os juros elevados sem que Lula interfira? Teste de fogo do chefe do BC pode estar mais próximo do que você imagina 

29 de janeiro de 2025 - 10:12

Para Rodrigo Azevedo, Carlos Viana de Carvalho e Bruno Serra, uma das grandes dúvidas é se Galípolo conseguirá manter a política monetária restritiva por tempo suficiente para domar a inflação sem uma interferência do governo

VISÃO DO GESTOR

“Piquenique à beira do vulcão”: o que Luis Stuhlberger tem a dizer sobre o fiscal, inflação e juros no Brasil antes da reunião do Copom

28 de janeiro de 2025 - 17:40

Para o gestor da Verde Asset, o quadro macro do país nunca esteve tão exacerbado, com uma dívida pública crescente, inflação elevada, juros restritivos e reservas de dólar encolhendo

REPORTAGEM ESPECIAL

O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%

22 de janeiro de 2025 - 6:09

A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano

NO DETALHE

Donald Trump volta à Casa Branca nesta segunda-feira; confira os preparativos e como acompanhar a posse do presidente dos EUA

19 de janeiro de 2025 - 18:54

A cerimônia de posse de Donald Trump contará com apresentações, discursos e a presença de líderes internacionais. Porém, até lá, o republicano participa de diversos outros eventos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O Grand Slam do Seu Dinheiro: Vindo de duas leves altas, Ibovespa tenta manter momento em dia de inflação nos EUA

15 de janeiro de 2025 - 8:14

Além da inflação nos EUA, Ibovespa deve reagir a Livro Bege do Fed, dados sobre serviços e resultado do governo

PORTFÓLIO DEFENSIVO

É hora de se preparar para o bear market na bolsa brasileira: BTG revela 6 ações domésticas para defender a carteira

14 de janeiro de 2025 - 17:55

O banco cita três passos para se posicionar para o mercado de baixa nos próximos meses: blindar a carteira com dólar e buscar ações de empresas com baixa alavancagem e com “beta” baixo

AJUSTA MAIS

Os novos gatilhos do arcabouço fiscal: Lula sanciona regras mais duras para congelamento de gastos

31 de dezembro de 2024 - 16:53

Além de sancionar os novos gatilhos do arcabouço fiscal, Lula vetou regras referentes a emendas parlamentares

POLÍTICA

Ministro Flávio Dino libera parte dos R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares bloqueadas

29 de dezembro de 2024 - 18:10

Em nova decisão, ministro Flávio Dino liberou pagamento de recursos empenhados até 23 de dezembro, data em que havia suspendido a liberação das emendas

STF X CÂMARA

Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) afirma que dará esclarecimentos para Flávio Dino, do STF, após bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares

27 de dezembro de 2024 - 9:03

Arthur Lira ainda cobrou que os ministros do Executivo prestem esclarecimentos sobre os procedimentos adotados na distribuição dos recursos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar