Mercado: olhares se voltam para a cessão onerosa (novamente)
TCU e parte dos integrantes da equipe de transição acreditam que a execução do leilão depende apenas da revisão do contrato entre Petrobras e União

Bom dia, investidor! Um tuíte do presidente americano, Donald Trump, se gabando de que é o “Tariff Man” (Homem das Tarifas) deu o empurrão que faltava para Nova York jogar a toalha, apostando que a economia dos EUA está à beira da recessão. Isso estragou os mercados ontem internacionalmente e aqui também. Hoje, os mercados estão fechados em Wall Street e os olhares se voltam para a cessão onerosa. O Estadão publicou que o Tribunal de Contas da União informou ao futuro ministro da economia, Paulo Guedes, que não seria necessária a votação do projeto no Senado para a revisão do contrato entre a União e a Petrobras.
O TCU e parte dos integrantes da equipe de transição acreditam que a execução do leilão depende apenas da revisão do contrato entre Petrobras e União e, portanto, não haveria necessidade de trâmite legislativo. A equipe de Guedes estaria apenas aguardando a publicação do acórdão do tribunal para realizar o megaleilão até julho.
Mas, se a equipe de Guedes optar por uma solução sem o aval do Congresso, corre o risco de comprar uma briga no início do mandato, não só com os parlamentares, como também com governadores e prefeitos.
Ressaca
Mesmo com os mercados fechados nos EUA, o investidor continua prestando atenção nos Estados Unidos. De olho na reeleição, Trump está fazendo de tudo para esticar ao máximo a pujança da economia, incluindo as fortes pressões sobre o banco central americano, o Federal Recerve (Fed) para interromper as altas do juro. Mas, na guerra comercial, acaba jogando contra.
Se o compromisso tirado da China de aumentar as importações agrícolas agrada os produtores americanos, de outro lado, piora os riscos de desaceleração do crescimento global, que também atingem os EUA.
Ontem, os mercados em NY já abriram desconfiados de que um acordo com a China é mais difícil do que parecia ser na véspera, e tiveram certeza disso após o presidente voltar com suas ameaças no Twitter. Segundo Trump, se o presidente Xi Jinping não oferecer um plano real em 90 dias, as tarifas sobem. Aí, todo mundo começou a vender, no meio da tarde, derrubando as bolsas, enquanto o dólar perdia valor para o iene e as moedas emergentes se desvalorizavam.
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Incertezas
A queda do spread entre os Treasuries (títulos da dívida pública dos Estados Unidos) longos e curtos para o menor nível em mais de uma década, desde 2007, assusta e levanta especulações sobre a aproximação de uma potencial recessão nos EUA.
A última vez em que um movimento de inversão na curva aconteceu foi antes da crise econômica de 2008 e,mesmo quem descarta risco imediato de os EUA caírem em um precipício recessivo, admite que paira uma sombra.
Tranquilizado semana passada pelo discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell, parte do mercado já começa a fazer a interpretação oposta dos comentários do presidente do Fed, suspeitando que já era o prenúncio de uma recessão. Ao sugerir que o juro está “perto do nível neutro”, sinalizando para uma pausa no ciclo de aperto monetário, o BC americano estaria, na verdade, começando a comunicar uma mudança de estratégia para se antecipar aos desafios à vista. Se o Fed previu com alguma antecedência o que o investidor só viu alguns dias depois, não dá para saber.
Por aqui
Num cenário ideal, um mercado externo mais adverso deveria pegar o Brasil em condições mais favoráveis. Mas, mesmo com um novo presidente para assumir, sobram dúvidas para o investidor. Apesar do “dream team” formado por Guedes, os sinais da ala política são motivo de preocupação para o mercado financeiro, que não sente firmeza nos propósitos do ajuste fiscal.
Um dia depois de o futuro ministro da Casa Civil, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) dizer que o governo tem quatro anos para fazer a reforma da Previdência, o que caiu muito mal, Bolsonaro deu ontem declarações que também desapontam as expectativas mais urgentes. Em entrevista concedida em Brasília, ele defendeu enviar uma proposta fatiada ao Congresso, “porque aí fica menos difícil”. A ideia seria começar aumentando a idade mínima, “dois anos a mais para todo mundo”.
Para o consultor legislativo Pedro Fernando Nery, o problema não está em fatiar a reforma da Previdência. No Twitter, ele escreveu que fazer votações separadas para regimes diferentes “pode ser até bom”. Segundo Nery, “dois anos a mais na idade da aposentadoria não é ruim, se for a idade inicial e não a idade ao final de um período de transição”, de 20 anos na reforma do presidente Michel Temer.
Agenda
Aqui, teremos a divulgação do fluxo cambial de novembro (12h30). O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, vai a de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal. Nos EUA, o destaque (15h) é o Livro Bege, o relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Reserva Federal, cobrindo todo o território dos EUA. Na zona do euro, saem o PMI de serviços (novembro) e vendas no varejo (outubro).
Curtas
A Vale estima uma produção anual de 400 milhões de toneladas de minério de ferro de 2019 a 2023.
Para CSN, a Fitch Ratings manteve em Observação Negativa para as notas da companhia siderúrgica.
A Petrobras informou que a BlackRock passou a gerir participação acionária inferior a 5% das ações preferenciais.
A AES TIETÊ fez proposta à Renova Energia para adquirir total da participação no complexo eólico Alto Sertão III.
A CPFL Renováveis innformou que a Previ zerou participação acionária, através da OPA da State Grid. E a CPFL Energia disse que a Aneel aprovou o agrupamento das concessões da RGE Sul Distribuidora e RGE.
Na Estácio, o conselho de administração aprovou a emissão de notas comerciais para captar R$ 600 milhões.
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
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