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Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Bolsa e dólar hoje

Mesmo com vitória de Bolsonaro, Ibovespa cai 2,24% e dólar volta a R$ 3,70

Rali de comemoração durou puco; realização de lucros e declaração de Onyx Lorenzoni se somaram a bolsas em queda e dólar em alta no exterior

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
29 de outubro de 2018
11:06 - atualizado às 18:05
Selo marca a cobertura de mercados do Seu Dinheiro para o fechamento da Bolsa
Mercado aguarda definição de equipe econômica e propostas de reformas - Imagem: Seu Dinheiro

No primeiro pregão depois da eleição de Jair Bolsonaro a presidente do Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 2,24%, aos 83.796 pontos, contra as expectativas de rali que pairavam sobre a bolsa nesta segunda-feira (29). O dólar fechou em alta de 1,36%, a R$ 3,7022, seguindo o movimento internacional de fortalecimento da moeda americana frente a outras divisas.

A bolsa começou o dia em alta, celebrando a vitória de Bolsonaro e a perspectiva de um governo mais liberal na economia nos próximos quatro anos. O bom desempenho das bolsas americanas, que se recuperavam das perdas do último pregão, também ajudou os mercados locais.

Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a ter alta de 3,10%, aos 88.377 pontos, esbarrando na máxima histórica de 88.400 pontos. Porém, na hora do almoço, o índice passou a cair, e o dólar, a subir. Depois de operar perto da estabilidade por algumas horas, a bolsa brasileira teve suas perdas acentuadas, junto com Wall Street.

Mesmo neste cenário, os juros futuros fecharam em queda, com a redução da percepção de risco em relação ao país e a antecipação da manutenção da Selic em 6,5% ao ano na reunião do Copom, na próxima quarta-feira.

O DI com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 8,253% para 8,22%, e o DI com vencimento para janeiro de 2023 recuou de 9,353% para 9,33%.

Diversos fatores contribuíram para a bolsa brasileira virar o sinal. Lá fora, Nova York desacelerou os ganhos e passou a registrar perdas. Por aqui, vimos um movimento de realização dos lucros dos últimos dias.

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Além disso, parece que as falas atrapalhadas da equipe de Bolsonaro continuam, e desta vez o mercado não vai perdoar.

Repercutiram mal declarações do deputado e futuro ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni à agência "Reuters" sobre uma possível definição de metas de inflação e juros para o Banco Central. Lorenzoni também teria falado em dar maior previsibilidade à taxa de câmbio.

O BC opera com apenas uma meta, a de inflação, e um instrumento, a taxa de juros. Previsibilidade de câmbio e meta de juros não constam da agenda liberal defendida pela candidatura de Bolsonaro ao longo da campanha. O repórter especial Eduardo Campos conta melhor essa história da "canelada" de Lorenzoni aqui.

Ações afetadas por cenário político despencaram

Ações de companhias beneficiadas por uma perspectiva de crescimento econômico e/ou de uma intervenção governamental potencialmente menor nas suas atividades começaram o pregão subindo forte, mas também tiveram uma virada

A Petrobras fechou em queda de 3,60% (PETR3) e 4,28% (PETR4), prejudicada ainda pela queda nos preços do petróleo. Eletrobrás teve perdas de 5,53% (ELET3) e 3,46% (ELET6).

Os bancos começaram o dia muito bem, mas também fecharam em baixa: BB (BBAS3) perdeu 1,30%, Bradesco teve baixa de 2,05% (BBDC3) e 1,88% (BBDC4), Itaú (ITUB4) caiu 1,84% e Santander (SANB11) teve queda de 1,25%.

A Vale (VALE3) fechou em queda de 4,50% e Bradespar (BRAP4), que investe nas ações da Vale, recuou 4,20%. A mineradora foi afetada pelos sinais de enfraquecimento do setor industrial chinês, que divulgou números aquém do esperado no fim de semana.

A desaceleração chinesa afetou também as ações de outras exportadoras, como Fibria (FIBR3), Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), mesmo depois de essas companhias terem divulgado resultados considerados bons pelo mercado. Esses papéis fecharam em queda de 0,56%, 4,00% e 1,95%, respectivamente.

As ações da Gol (GOLL4) caíram 6,48% em razão da valorização da moeda americana, uma vez que boa parte de seus custos e dívida são denominados em dólar.

Poucas ações sobreviveram

Poucas foram as ações que tiveram alta no Ibovespa nesta segunda. Os papéis da Sabesp (SBSP3), por exemplo, subiram 1,80% com a eleição do tucano João Doria em São Paulo.

Já as ações da MRV (MRVE3) fecharam em alta de 1,63% após anúncio de reorganização societária, com a confirmação dos planos de levar a Log Commercial Properties ao Novo Mercado.

O processo foi aprovado pelo conselho de administração hoje e prevê um comitê especial independente para negociar os termos da operação.

Rali contido

A virada no sinal da bolsa não era de todo inesperada. Apesar de a maioria dos analistas ter previsto um rali mais forte, alguns já falavam em ajuste.

A verdade é que a vitória de Bolsonaro estava amplamente precificada já antes do segundo turno. A bolsa ainda pode ganhar com o resultado das urnas, mas agora depende em grande medida dos nomes anunciados para a equipe econômica do novo presidente e das propostas para as reformas.

Ontem à noite, o real caía a R$ 3,60 no mercado futuro de Chicago, ao mesmo tempo em que o ETF (fundo de índice) das ações brasileiras no Japão chegou a subir 14% no primeiro pregão da semana no país asiático.

Mas nem na primeira hora do pregão de hoje o desempenho dos mercados locais foi tão bom quanto antecipava a negociação de ativos brasileiros no exterior.

Em entrevista ao "Broadcast",  o principal economista do Brasil e América Latina do BBVA Research, Ernesto dos Santos, salientou que muitos pontos sobre o programa econômico do presidente eleito ainda são desconhecidos. "Vai ser necessário muita notícia favorável para manter esse rali nos mercados", disse.

A agência de classificação de risco Moody's divulgou hoje relatório dizendo que o apoio do Congresso ao novo governo para a aprovação de reformas "permanece incerto". Além disso, o relatório destaca que "detalhes da política econômica da nova administração ainda não estão claros".

Outro fator de atenção é o desempenho das bolsas lá fora, que ultimamente vêm sendo impactadas por uma série de complicações que têm, como pano de fundo, o temor de uma desaceleração da economia mundial, ao mesmo tempo em que os EUA crescem de maneira robusta e podem acelerar o movimento de alta nos juros.

Os analistas estão entusiasmados com o novo governo e preveem que, se tudo der certo, o Ibovespa possa chegar aos 100 mil pontos até o fim do ano. Já se fala também em dólar chegando a R$ 3,50. Os mais otimistas veem bolsa em 125 mil pontos e dólar entre R$ 3 e R$ 3,20.

O investidor ainda tem diversas oportunidades para ganhar dinheiro tanto na renda variável quanto na renda fixa. Nosso colunista Alexandre Mastrocinque indica algumas ações para surfar a onda Bolsonaro.

Bolsas no exterior atrapalharam

As bolsas de Nova York também abriram em alta nesta segunda-feira, se recuperando dos tombos do último pregão, o que dava uma ajudinha para os mercados locais.

Mas por lá as coisas também começaram a desacelerar no início da tarde, até passarem para o campo negativo novamente. O Dow Jones fechou em queda de 0,99%, aos 24.443 pontos; o S&P500 fechou com recuo de 0,66%, aos 2.641 pontos; e a Nasdaq terminou o pregão em baixa de 1,63%, aos 7.505 pontos.

Pesou sobretudo o mau desempenho das ações do setor de tecnologia, em razão de más notícias que pipocaram hoje.

O Departamento de Comércio americano restringiu negócios de empresas locais com uma fabricante estatal de chips chinesa, com o argumento da defesa da segurança nacional.

Além disso, o Reino Unido passará a taxar serviços digitais - como redes sociais, ferramentas de busca e marketplaces on-line - em 2% da sua receita ligada a usuários do país, a partir de abril de 2020.

Outro fator que abalou as bolsas americanas hoje foi a possibilidade de os EUA imporem nova rodada de tarifas a US$ 257 bilhões de dólares em importações chinesas no início de dezembro.

Na Europa, as bolsas fecharam em alta, com os investidores otimistas com a manutenção da nota de classificação de risco da Itália em BBB pela S&P, o que impulsionou as ações de bancos.

A Itália passa por uma crise fiscal e já foi rebaixada pela Moody's. O bom resultado trimestral do HSBC também ajudou as ações bancárias europeias.

O anúncio da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de não concorrer à reeleição de seu cargo não chegou a influenciar os ativos de risco europeus, mas pesou sobre o euro.

Dos dois lados do Atlântico, o setor automotivo recebeu impulso depois de circular no mercado a informação de que a China reduziria o imposto sobre importações de veículos pela metade.

Dólar tem perdas limitadas ante o real

O otimismo em torno da vitória de Bolsonaro não foi suficiente para fazer o dólar recuar hoje. Embora tenha começado o dia em queda, a moeda americana teve as perdas limitadas por conta da espera dos mercados locais por uma maior definição nas diretrizes econômicas do novo governo, além de ter se fortalecido frente a outras moedas após a divulgação de dados de inflação acima do esperado em setembro.

Uma inflação mais alta pode levar a um aperto monetário mais forte, o que leva o dólar para cima.

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos foi de 0,1% em setembro ante agosto e 2% em 12 meses. O PCE é a medida de inflação preferida do Fed, o banco central americano, que tem meta de inflação justamente de 2% neste ano.

O núcleo do PCE, que desconta variações sazonais, avançou 0,2% em setembro ante agosto, frente a uma expectativa de 0,1%. Na comparação anual, o avanço foi de 2%.

Além disso, os americanos gastaram 0,4% a mais com consumo em setembro, em relação ao mês anterior. Já a renda pessoal subiu 0,2% ante agosto, mas a projeção do mercado era de 0,3%.

*Com Estadão Conteúdo

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