Ibovespa: último pregão de 2018 teve ritmo de festa e dólar em queda
Nos dois últimos dias a Bolsa até tentou, mas não conseguiu acompanhar de perto o a valorização de NY. Mas hoje a história foi outra

E no último pregão do ano, a Bolsa de Valores de São Paulo deu uma arrancada final, em ritmo de festa! Fechou próxima da máxima do dia (2,99%) em alta de 2,84%, com 87.887 pontos. Apenas três ações ficaram de bico amarrado no baile: Log Commercial Properties, com baixa de 1,80%, CCR, com 1,06% e RaiaDrogasil, com 0,02%. O volume de negócios foi pequeno (R$ 11,3 bilhões, segundo dados preliminares), com a maior parte dos investidores na praia ou esquiando na neve.
O ano
Mas o Ibovespa tem muito a comemorar: a valorização no ano foi de 15,03%, bem melhor que vários mercados internacionais, como Frankfurt e Milão, que vão encerrar 2018 na segunda-feira com perdas em torno de 18% e 16% respectivamente. Em comparação com 2017, porém, o resultado foi mais humilde. No ano passado, a Bovespa cresceu 26,86%. O dólar, por sua vez, fechou o dia em baixa de 0,36%, negociado a R$ 3,87. No ano, o real teve o terceiro pior desempenho entre as moedas emergentes, ficando atrás apenas de Argentina e Turquia, com desvalorização de 16,86%.
O dia
Nos dois últimos pregões o Ibovespa até tentou, mas não conseguiu acompanhar muito de perto o movimento de valorização de Nova York. Hoje a historia foi bem diferente.
A Bovespa foi beneficiada pelo mercado externo positivo, com as bolsas de Nova York em alta, e pelo avanço de commodities como petróleo e minério de ferro. Destaque para Petrobras, Vale, bancos, siderúrgicas e elétricas.
A equipe de análise da Rico Investimentos comenta em relatório que a melhora do ambiente externo e relativa capacidade do Brasil de se descolar dos movimentos mais fortes lá de fora, pelo menos no curto prazo, faz a corretora ter uma visão positiva para os ativos de riscos nesse último dia de negociações de 2018.
"No último pregão do ano, o mercado local deverá ser contagiado pelo bom humor das bolsas internacionais. Importante ressaltar que em 2018 o Ibovespa se descolou dos principais índices globais e deverá ter o melhor desempenho entre todos eles. Iniciaremos o Ano Novo com uma grande expectativa para a aprovação da reforma da previdência, que inclusive foi colocada ontem como prioridade número um do futuro governo, pelo vice-presidente Mourão. A notícia não é surpresa, mas ainda assim deve animar os investidores", afirma a corretora em comentário a clientes.
Leia Também
Na agenda doméstica, um dos destaques hoje foi o IGP-M, que recuou 1,08% em dezembro, refletindo, entre outros fatores, a queda no preço dos combustíveis. Também foi divulgado índice de confiança do setor de serviços, que atingiu o melhor nível desde abril de 2014, principalmente em razão das expectativas positivas quanto aos próximos meses.
Equatorial leva Ceal
A Eletrobras avançou de 1,62% na ON e 1,25% na PNB, uma vez que a Equatorial Energia (que subiu 4,28%) arrematou a distribuidora de energia Ceal. O grupo foi o único a ofertar uma proposta pela distribuidora alagoana, assim como ocorreu quando levou a Cepisa, distribuidora da Eletrobras no Piauí, no certame de julho. A Equatorial ofereceu um Índice Combinado de Deságio na Flexibilização Tarifária e Outorga igual a zero.
Pela metodologia definida para o leilão, vencia a disputa o investidor que oferecesse um deságio sobre esses parâmetros, de 0% a 100%, que poderia levar a uma redução das tarifas. Se o índice combinado ofertado fosse superior a 100%, além de abrir mão da flexibilização concedida pela Aneel, o investidor ainda estaria se dispondo a pagar uma outorga pela concessão. Mas ao lance mínimo, não há pagamento de outorga.
Ao levar a distribuidora, a Equatorial se compromete a realizar um aumento de capital de R$ 545,77 milhões na Ceal. O valor do aporte é o segundo maior entre os estabelecidos para as seis distribuidoras vendidas pela Eletrobras, ficando atrás apenas do exigido na Cepisa (R$ 721 milhões), que também ficou com a Equatorial.
Bela carteira
Para o analista de investimentos da Mirae Asset, Pedro Galdi, além de ser o último pregão do mês, quando gestores correm para "embelezar" suas carteiras, o cenário externo e as commodities como minério de ferro e petróleo em alta ajudam. Com isso, a CSN subiu 3,27%, a Metalúrgica Gerdau 2,97% e a Gerdau, 2,77%. Vale teve avanço de 3,03%. A empresa se beneficia da alta de 1,75% do minério de ferro no porto de Qingdao, na China. Também é positivo o anúncio feito mais cedo sobre a recondução do seu diretor-presidente, Fabio Schvartsman, para novo mandato.
Petrobras
Um dos destaques do dia foi a Petrobras, com ganhos de 3,93% na ON e de 2,35% na PN, com o avanço do petróleo. Outro fato importante sobre a petroleira é a aprovação de um mecanismo de proteção complementar, para dar flexibilidade adicional à gestão da política de preços do diesel, assim como já existe para a gasolina, conforme divulgado ao mercado em 06 de setembro. Em comunicado ao mercado a Petrobras diz que entende ser importante implementar mecanismos que lhe permitam, em momentos de elevada volatilidade no mercado, ter a opção de alterar a frequência dos reajustes diários do preço do diesel no mercado interno, podendo até mantê-lo estável por curtos períodos de tempo, de até sete dias, conciliando seus interesses empresariais com as demandas de seus clientes e agentes de mercado em geral.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em fevereiro fechou em alta de 1,61%, cotado a US$ 45,33 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para março subiu 0,91%, para US$ 53,21. Ainda na bolsa londrina, o Brent para entrega em fevereiro, cujo contrato venceu hoje, avançou 0,08%, para US$ 52,23 por barril.
E vai rolar a festa!
Entre as principais altas do Ibovespa, muitas tiveram elevações acima dos 4%. Uma das campeãs é a B2W, dona do Submarino, Shoptime e Americanas.com, comemorando aumento de 5,29%. Copel subiu 5,06%. Magazine Luiza 4,06% e até a Cielo teve elevação, com 2,18%. No setor financeiro as altas foram de Itaú Unibanco PN (3,50%), Bradesco PN (3,07%) e Banco do Brasil ON (3,04%).
Feliz Ano Novo!
*Com Estadão Conteúdo
Como declarar opções de ações no imposto de renda 2025
O jeito de declarar opções é bem parecido com o de declarar ações em diversos pontos; as diferenças maiores recaem na forma de calcular o custo de aquisição e os ganhos e prejuízos
Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano
Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial
Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como
Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa
Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026
A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos