Bolsa fecha acima dos 85 mil pontos após dia de otimismo no Brasil e no exterior
Investidores reagiram à ampla vantagem de Bolsonaro na pesquisa de intenção de voto e ao exterior positivo; bolsas em NY subiram forte com bons resultados para as empresas e a economia americanas

A bolsa fechou acima dos 85 mil pontos nesta terça (16) em dia de otimismo nos mercados locais e internacionais. O Ibovespa avançou 2,83%, aos 85.717 pontos, e o dólar à vista recuou 0,43%, para R$ 3,7223.
Os mercados reagiram à pesquisa Ibope divulgada ontem à noite com as intenções de voto para presidente no segundo turno, além de terem sido impulsionados pelo bom desempenho das bolsas no exterior.
As ações da Petrobras fecharam com ganho de 3,65% (PETR3) e 3,73% (PETR4), não só pelo cenário eleitoral, mas também pelo anúncio de uma joint venture com a chinesa CNPC para operar o Comperj e as concessões de Marlim.
Em nota a clientes, a Guide Investimentos considerou positivo o modelo de parceria, por permitir mitigação dos riscos, desoneração de investimentos futuros e fortalecimento da governança.
A Eletrobrás subiu 5,11% (ELET3) e 2,77% (ELET6), ajudada pela perspectiva de aprovação do projeto de lei que abre caminho para a privatização das seis distribuidoras controladas na região Norte e destrava a venda da Amazonas Energia. O anúncio do plano de demissões da companhia ontem também contribuiu para a alta.
Outro papel muito afetado pelo cenário eleitoral, o do Banco do Brasil (BBAS3) fechou com alta de 4,37%.
Leia Também
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Os juros futuros fecharam em queda nesta terça. O DI com vencimento em janeiro de 2021 caiu de 8,564% para 8,45%. Já o DI para janeiro de 2023 recuou de 9,863% para 9,63%.
Ibope e ideias liberais de Paulo Guedes
O Ibope divulgado ontem à noite mostrou Bolsonaro com 59% das intenções de voto no segundo turno, contra 41% de Haddad, confirmando a pesquisa BTG/FSB e a Real Time/TV Record divulgadas anteriormente.
A rejeição a Bolsonaro também caiu, contra um aumento da rejeição de Haddad: 35% não votariam no militar reformado de jeito nenhum, contra 47% que não votariam no petista.
Especulações em torno da reforma fiscal proposta por Paulo Guedes, economista de Bolsonaro, também animaram os investidores hoje. O jornal "Folha de S. Paulo" publicou reportagem, nesta terça, sobre as ideias de Guedes para a parte fiscal, como manutenção do teto de gastos, imposto único, venda de ativos da União e orçamento mais flexível.
O mercado parece estar comemorando a vitória praticamente certa (ao menos pelas probabilidades) de Jair Bolsonaro, podendo comemorar ainda mais após o resultado da eleição. Mas este fato já está nos preços dos ativos. Daqui em diante, os investidores devem ficar mais de olho nas suas propostas para a economia, e pode haver um movimento de realização de lucros.
O cenário externo deve voltar a ter mais peso nos mercados locais, com o aumento da apreensão dos investidores estrangeiros com o aquecimento da economia americana e um consequente aumento de juros pelo Fed em ritmo possivelmente mais rápido que o esperado. A tensão comercial com a China também preocupa.
Balanços animaram bolsas americanas
Outro fator que contou para o otimismo de hoje foi o bom desempenho das bolsas americanas, que também operaram o dia em alta. O Dow Jones fechou com ganho de 2,15%, aos 25.794 pontos; o S&P500 subiu 2,15%, aos 2.809 pontos; e a Nasdaq registrou ganho de 2,89%, aos 7.645 pontos.
A temporada de balanços animou Wall Street. As ações do Goldman Sachs e do Morgan Stanley subiram forte com resultados melhores que o esperado. As ações da United Health, controladora da Amil no Brasil, também registraram alta por conta do balanço.
O desempenho da produção industrial nos Estados Unidos foi outro dado que veio melhor que o previsto, com alta de 0,3% em setembro em relação a agosto. As projeções eram de crescimento de 0,2%.
Os dados do relatório de emprego Jolts impulsionaram as bolsas americanas e fizeram o dólar avançar ante o iene e o euro. Segundo o relatório, os EUA abriram número recorde de vagas de emprego em agosto: 7,136 milhões, contra uma previsão de 6,8 milhões.
À tarde, o presidente Donald Trump voltou a criticar o aumento gradual de juros que está sendo feito pelo Fed, alegando que a inflação ainda está muito baixa. Embora o banco central americano seja independente, a declaração parece ter intensificado as altas nos preços das ações.
No fim da tarde, o Goldman Sachs e o Barclays revisaram para cima suas previsões para o crescimento americano no terceiro trimestre.
A moeda americana recuou frente a moedas emergentes, como o real. Os investidores ficaram animados com os bons resultados da economia dos EUA, e a aversão a risco que temos visto nos últimos dias diminuiu um pouco.
O mercado financeiro brasileiro viu uma entrada significativa de recursos estrangeiros pela manhã, o que contribuiu para levar o dólar abaixo de R$ 3,70 no início do pregão. Porém, à tarde, houve saída de recursos.
Segundo o "Broadcast", serviço de notícias em tempo real do "Estadão", o gerente da mesa de câmbio da Tullett Prebon, Ítalo Abucater dos Santos, acredita que o câmbio deve ficar entre R$ 3,70 e R$ 3,75 nos próximos dias caso não haja nenhum fato novo no cenário eleitoral.
As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça, puxadas pelo desempenho das bolsas americanas. O juro do bônus de dez anos da Itália (BTP) operou em baixa pela manhã, o que é um indício de menor cautela dos investidores em relação ao país, que apresentou sua proposta orçamentária para 2019.
A Comissão Europeia tem uma semana para avaliar o plano e decidir se ele contradiz ou não as regras da União Europeia.
Destaques de alta
As ações da Smiles, que caíram quase 40% ontem devido ao anúncio de reestruturação da Gol, hoje recuperam parte das perdas. As duas empresas ficaram entre as maiores altas do dia. As ações da Smiles (SMLS3) subiram 8,20% e as da Gol (GOLL4) fecharam com ganho de 12,85%.
Segunda maior alta do dia, as ações da CSN (CSNA3) avançaram 8,46%. O Santander deu recomendação de compra para os papéis e elevou seu preço-alvo de R$ 9 para R$ 13, potencial de alta de 39% em relação ao fechamento de ontem.
Outras ações de siderúrgicas fecharam o dia em alta. É o caso de Gerdau (GGBR4), com elevação de 4,31% e Usiminas (USIM5), com alta de 2,48%. Segundo Rafael Bevilacqua, estrategista da Levante Ideias de Investimentos ouvido pelo "Broadcast", o setor siderúrgico é sensível às perspectivas de recuperação da economia e à entrada de fluxo estrangeiro.
Já a recomendação de compra dada pelo Goldman Sachs beneficiou as ações da Equatorial (EQTL3), que tiveram ganho de 2,47%. Segundo a instituição financeira, a sólida perspectiva de crescimento para a empresa ainda não está refletida no valor corrente da ação. O preço-alvo foi elevado de R$ 68 para R$ 73, potencial de alta de 24% em relação ao fechamento de ontem.
*Com Estadão Conteúdo
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)