Ibovespa fecha em alta após ajuste do feriado e dólar volta a cair
Investidores estiveram otimistas com os resultados da pesquisa Ibope de intenção de voto nesta noite; ações da Smiles foram destaque negativo, com queda de quase 40%
O Ibovespa fechou em alta de 0,53% nesta segunda (15), aos 83.359 pontos. Já o dólar à vista fechou em queda de 1,01%, a R$ 3,7383.
Os mercados locais fizeram um ajuste de feriado, refletindo o bom desempenho das bolsas americanas na última sexta, dia em que o mercado esteve fechado por aqui.
As bolsas no exterior operaram hoje sem sinal definido, o que não ajudou nem atrapalhou a bolsa brasileira, que pôde continuar no movimento otimista em relação à provável eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República.
Os juros futuros fecharam em queda. O DI para janeiro de 2021 fechou em 8,56%, de 8,734%; já o DI para janeiro de 2023 fechou em 9,86%, de 10,134%.
Ajuste do feriado
O avanço das ações brasileiras hoje já era esperado, uma vez que as bolsas americanas tiveram desempenho bastante positivo na sexta-feira, feriado no Brasil. Trata-se, portanto, de um ajuste pós-feriado, na esteira da animação dos investidores estrangeiros no fim da semana passada.
A negociação de ativos referenciados em ações brasileiras no exterior na sexta já sinalizavam a abertura positiva da bolsa local nesta segunda.
Leia Também
As bolsas de Nova York, entretanto, abriram a semana em queda, sacrificadas principalmente por ações do setor de tecnologia.
A Netflix teve preço-alvo da ação revisado para baixo por duas instituições financeiras, e a Apple passou a cair depois de o Goldman Sachs dizer que a companhia perderia uma fatia maior do mercado de smartphones para a China.
Durante o dia, elas operaram sem direção definida, alternando altas e baixas. O Dow Jones fechou em queda de 0,35%, aos 25.250 pontos; o S&P500 fechou em queda de 0,59%, aos 2.750 pontos; e a Nasdaq recuou 0,88%, aos 7.430 pontos.
Nesta segunda, o dólar se enfraqueceu ante o real e também em relação a seus pares e a moedas emergentes.
Um dos fatores que contribuíram para isso são o superávit comercial acima do esperado da China, que inclusive fez com que o déficit dos EUA com a potência asiática batesse novo recorde. Investidores temem que isso possa intensificar a guerra comercial entre os dois países.
O outro é o fato de as vendas no varejo americano terem avançado apenas 0,1% em setembro, abaixo da previsão de 0,7%.
Em entrevista ao "Broadcast", do "Estadão", o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Junior, caso o dólar caia abaixo de R$ 3,70 haveria oportunidade de compra, e caso ele volte para perto de R$ 3,80, a oportunidade seria de venda.
Hoje os mercados estiveram de olho nos balanços de empresas divulgados nos Estados Unidos e ainda aguardam a pesquisa de intenção de voto do Ibope, que será divulgada à noite. Investidores esperam que Bolsonaro possa ampliar a vantagem sobre Haddad, o que também contribui para a alta da bolsa e queda do dólar.
A corrida eleitoral continua pesando para o desempenho dos mercados locais, que se mantêm otimistas com a perspectiva de vitória de Jair Bolsonaro e de um governo mais liberal - embora não tanto quanto o mercado gostaria.
Na última pesquisa divulgada, a BTG/FSB, Bolsonaro tinha 59% dos votos válidos, contra 41% de Haddad. Outra boa notícia para o mercado é que sua rejeição foi menor que a do petista: 38% a 53%.
Eletrobrás dispara com plano de demissão
As ações da Eletrobrás tiveram as maiores altas do dia depois que a estatal anunciou um novo período de inscrições do seu Plano de Demissão Consensual (PDC), que está sendo implantado simultaneamente nas empresas Eletrobrás Cepel, CGTEE, Chesf, Eletronuclear, Eletronorte, Amazonas GT, Eletrosul e Furnas, além da própria holding.
A adesão dos empregados acontece até 26 de outubro, e os desligamentos ocorrerão em turmas mensais até dezembro. Os papéis preferenciais subiram 5,46% (ELET6) e os ordinários avançaram 6,24% (ELET3).
Smiles despenca com reestruturação da Gol
As ações da Smiles (SMLS3) registraram a maior queda do dia depois que a Gol anunciou um plano de reestruturação que propõe unificar as bases acionárias da companhia aérea e da empresa de programas de fidelidade. Os papéis entraram em leilão algumas vezes, o que pode ocorrer depois de fortes desvalorizações, e fecharam com desvalorização de 38,84%.
A Gol anunciou que não renovará o contrato com a Smiles, que vence em 2032. A razão, segundo a empresa, seria a necessidade de uma reorganização societária. A notícia foi divulgada ontem à noite em fato relevante pela companhia aérea.
A reorganização das bases acionárias serviria para levar a Gol ao Novo Mercado da B3. Em nota, a Gol explica que "a concorrência em ambos mercados de aviação e programas de fidelidade tornou-se mais desafiadora nos últimos anos."
Ao final, a companhia terá uma única espécie de ação com direito a voto negociada no Novo Mercado e na New York Stock Exchange (NYSE) via programa de ADS (American Depositary Share), além de integração de resultados financeiros e operacionais das empresas, dos balanços e fluxos de caixa.
Os acionistas da Smiles deverão receber uma combinação de ações preferenciais da Gol e de uma nova classe de ações resgatáveis da aérea, por uma relação de substituição em termos que ainda serão negociados entre a administração da Gol e o comitê independente da Smiles.
Além disso, os acionistas tanto da Smiles como da Gol terão direito de recesso, isto é, de se retirar da companhia em troca do valor patrimonial dos seus papéis.
Ainda faltam detalhes sobre os termos da fusão entre Gol e Smiles, como a avaliação das companhias e a relação da troca das ações, a serem determinadas pelo comitê independente que será criado pela diretoria da Smiles.
De acordo com Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença ouvido pelo "Broadcast", o grande problema para a Smiles é que a operação não envolve Oferta Pública de Aquisição (OPA), mas sim uma troca de ações. Segundo ele, alguns analistas já optaram pela redução de preço-alvo da ação.
Os acionistas minoritários não gostaram da notícia, pois o Smiles é uma empresa altamente pagadora de dividendos e quem investe nos seus papéis não necessariamente se interessa pelo setor aéreo em si.
O BTG Pactual rebaixou a recomendação de Smiles de "compra" para "neutral", e seu preço-alvo de R$ 70 para R$ 50.
Já para o acionista da Gol, esta é uma ótima noticia. As ações da aérea (GOLL4) ficaram entre as maiores altas da bolsa nesta segunda, com valorização de 4,06%.
Marina Gazzoni, editora do Seu Dinheiro, explica melhor as vantagens e desvantagens do negócio para os acionistas das duas companhias.
Quem mais caiu hoje
A B3 teve algumas quedas notáveis no pregão de hoje. As ações do Pão de Açúcar, por exemplo, voltaram a cair em meio a novos rumores de que o grupo francês Casino estaria contratando advogados para avaliar uma possível fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil. O Casino negou a informação em nota.
Segundo o "Broadcast", para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, apesar da crescente especulação sobre o assunto, a notícia não faz muito sentido dado o posicionamento das duas empresas no exterior.
O papel da companhia (PCAR4) fechou em queda de 2,67%. As especulações sobre a possível fusão acabaram ofuscando os bons resultados que a companhia divulgou hoje.
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) teve receita líquida de R$ 12,258 bilhões no terceiro trimestre no varejo alimentar, crescimento de 12,4% em relação ao período anterior. As vendas nas lojas abertas há mais de um ano ("mesmas lojas") subiram 7% no período, excluindo os efeitos de calendário.
Os analistas do BTG Pactual acreditam que a empresa está num bom momento, no curto prazo, e recomendam compra. No entanto, ressaltam que o varejo de alimentação no Brasil gera preocupações, devido à competição com empresas regionais e à alta exposição a hipermercados.
No setor de educação, a Ser Educacional (SEER3) caiu 10,72% após divulgação da prévia operacional do terceiro trimestre. A companhia teve queda de 5,1% na captação de alunos na graduação em relação ao mesmo período do ano anterior.
O mau desempenho arrastou também as ações da Estácio (ESTC3), que caíram 5,91%, e da Kroton (KROT3), que tiveram baixa de 4,04%, uma vez que os números da Ser já dão uma ideia de como foi o trimestre para todo o setor.
Finalmente, a Ultrapar (UGPA3) recuou 3,70%, devido a um movimento de realização de lucros após forte alta do papel registrada durante a euforia pós-primeiro turno das eleições.
Os analistas do Santander esperam uma recuperação da companhia no terceiro trimestre, principalmente vinda da rede de postos Ipiranga. A margem Ebitda por metro cúbico poderia chegar a R$ 85, frente a R$ 69 do segundo trimestre.
*Com Estadão Conteúdo
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira
Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula