Cessão onerosa deve esquentar mercados hoje
Projeto que autoriza a Petrobras a negociar parte da exploração de petróleo no pré-sal com empresas privadas deve ser votado na terça-feira
Bom dia, investidor! O feriado de Ação de Graças fecha os mercados em Nova York e rouba a liquidez por aqui, hoje e amanhã (Black Friday). Mas a Bolsa de Valores de São Paulo pode se animar com as expectativas positivas com relação ao projeto da cessão onerosa, que deve ser finalmente votado na próxima semana (terça-feira, dia 27).
Paulo Guedes, futuro ministro da economia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e governadores costuraram ontem um acordo e tudo indica que está certo para o Senado aprovar o projeto que autoriza a Petrobras a negociar parte da exploração de petróleo no pré-sal com empresas privadas - sem emendas, desencantando essa novela.
Para que o texto não seja alterado (e volte para a Câmara), foi acertada com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a aprovação em regime de urgência de outro projeto, o PL 209, que regulamenta o Fundo Social do pré‐sal. Aprovado, o dinheiro para os Estados e municípios poderá transitar por esse Fundo. Isso atenderá aos governadores, que queriam garantia do compromisso de partilha assumido por Paulo Guedes.
Por esse motivo, Eunício decidiu esperar até terça-feira, quando o PL 209 irá ao plenário na Câmara, abrindo caminho para que o projeto de lei 78/2018, da cessão onerosa, seja finalmente votado no Senado, sem emendas.
Assim, esperamos, encerra‐se a história para destravar o acordo com a Petrobras e o leilão do pré‐sal em 2019, que deve
render em torno de R$ 100 bilhões nas estimativas mais conservadoras de técnicos da área econômica.
Ontem, as ações de Petrobras caíram feio, ajustando‐se ao tombo do ADR na véspera, e nem mesmo a alta do petróleo ajudou a recuperar os preços. Além das incertezas externas, que não são poucas, alguns desencontros no novo governo causam apreensão.
Leia Também
Briga na Câmara
A disputa pela Presidência coloca em frentes opostas Onyx Lorenzoni e Rodrigo Maia, que, aparentemente, está sendo fritado em fogo alto pelo futuro ministro da Casa Civil.
A nomeação de três deputados do DEM para o ministério do presidente eleito Jair Bolsonaro seria, na opinião do próprio Maia, uma tentativa de associar o partido ao governo e “enfraquecer sua reeleição à Presidência da Casa”.
Mais nomes
No final da noite, o Broadcast apurou que Pedro Guimarães (banco Brasil Plural) aceitou convite de Paulo Guedes para presidir a Caixa. Há poucos dias, Ana Paula Vescovi estava cotada para o cargo.
Já para o Banco do Brasil, as chances de Ivan Monteiro (atual presidente da Petrobras) estariam esfriando. Para comandar a Secretaria de Privatização, Bolsonaro convidou Wilson Poit, secretário na prefeitura de São Paulo.
Hoje, há expectativa de que seja definido o nome do novo ministro das Minas e Energia. Há dois candidatos em avaliação: Paulo Pedrosa, ex‐secretário executivo do ministerio e Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Agenda
Em dia sem dados relevantes, destaque é a divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas.
O assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, virá ao Brasil na próxima semana para uma reunião com Bolsonaro, em mais um passo para a aproximação com o governo de Donald Trump.
Lá fora
Com Nova York fechada para o feriado de Ação de Graças, o único indicador previsto é a leitura preliminar de novembro da confiança do consumidor da zona do euro (13h), com previsão de ‐3, contra ‐2,7 em outubro.
Às 10h30, o Banco Central Europeu divulga a ata da reunião de política monetária de outubro. Em Roma, o ministro de Economia e Finanças italiano responde a perguntas no Senado, ao meio‐dia, em meio à intransigência sobre o orçamento.
Dólar em fuga
As incertezas externas, combinadas ao quadro fiscal doméstico fragilizado, têm afastado o investidor estrangeiro da bolsa brasileira, roubando as forças do Ibovespa para testar o seu rali de final de ano. A saída do capital externo justifica, em boa parte, a dificuldade para reagir. Na última sexta-feira, (dia 16), houve retirada de mais R$ 254,931 milhões da bolsa. O saldo acumulado neste mês está negativo R$ 3,543 bilhões.
Distrato
As construtoras festejaram a aprovação do texto‐base do projeto do distrato no Senado. Mas já hoje podem devolver os ganhos. Ontem à noite, o Senado acabou aprovando destaques à matéria, que terá de voltar à Câmara, onde poderá ser revisto o porcentual de até 50% de multa para comprador que desistir de comprar imóvel na planta.
Câmbio minado
Tem cada vez mais gente comprada em dólar, diante dos focos de risco que não se limitam à deterioração fiscal das contas públicas domésticas, mas envolvem também a guerra de tarifas e desaceleração nos EUA. Isso levou a moeda americana a encostar nos R$ 3,80 ontem, cotada a R$ 3,7972 no fechamento, em alta de 1,01%.
*Com informações do Bom Dia Mercado, de Rosa Riscala. Para ler o Bom Dia Mercado na íntegra, acesse www.bomdiamercado.com.br
Falem bem ou falem mal, mas… Investidores se dividem entre escolha de Trump para o Tesouro e ameaça de barreiras tarifárias
Bolsas internacionais amanheceram em queda nesta terça-feira depois de novas ameaças de Trump à China, ao México e ao Canadá
CVC (CVCB3) decola mais de 9% e lidera os ganhos do Ibovespa após proposta de pílula de veneno. O que isso significa para o investidor?
O desempenho positivo vem na esteira de uma série de anúncios corporativos na última semana, com uma proposta de mudanças relevantes no estatuto social da companhia
Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual
Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas
O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior
Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana
Agenda econômica: IPCA-15 e dados do Caged são destaques no Brasil; no exterior, PIB e PCE dos EUA dominam semana com feriado
Feriado do Dia de Ações de Graças nos EUA deve afetar liquidez dos mercados, mas agenda econômica conta com dados de peso no exterior e no Brasil
Com lucro em alta, dividendos mais do que triplicam no 3T24. Confira quem foram as vencedoras e perdedoras da safra de resultados na B3
Os proventos consolidados de empresas da bolsa brasileira chegaram a R$ 148,5 bilhões em setembro, um salto de 228% comparado ao 3T23, de acordo a Elos Ayta Consultoria
Ação da CBA ganha fôlego na bolsa e sobe quase 6% após venda de participação da Alunorte; chegou a hora de incluir CBAV3 na carteira?
A siderúrgica se desfez da participação acionária na companhia, de 3,03%, por R$ 236,8 milhões para a Glencore
Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico
O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade