Abertura de capital na bolsa deve ganhar força em 2019
O cálculo é de que ao menos 30 companhias têm potencial para estrear na B3 em 2019.

As companhias brasileiras estão aquecendo as turbinas para abrir capital no ano que vem, na esteira da expectativa de retomada da economia e de aprovação de reformas estruturais. Muitas empresas já se estruturam para lançar suas ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), movimento que deve ganhar tração já a partir de fevereiro. O cálculo é de que ao menos 30 companhias têm potencial para estrear na B3 em 2019.
Logo para o início do ano é esperada, por exemplo, a oferta da empresa de tecnologia Tivit, que tinha programado sua oferta previamente para dezembro, mas optou em postergá-la em algumas semanas. Neoenergia e Smartfit também preparam suas emissões, que são amplamente aguardadas pelos investidores. Ainda estão previstas Quero-Quero e Austral.
Nessa lista estão outras empresas que já tentaram fazer oferta, sem sucesso, e devem retomar as tentativas no ano que vem, como Agibank, Ri Happy e Banrisul Cartões, por exemplo. Outra forte candidata é a Rede D'Or, segundo fontes de mercado.
O diretor de mercado de capitais e sócio do Banco BTG Pactual, Fabio Nazari, espera que o momento positivo em relação ao Brasil fique mais evidente quando as reformas estruturais no País forem endereçadas, mas que o otimismo dependerá de um ambiente externo benigno, que não prejudique os fluxos em direção aos países emergentes.
"A recomendação para as empresas é de estarem preparadas e prontas para a emissão. Com as premissas mantidas, o potencial é de que 2019 seja um ano melhor do que 2017", afirma o executivo.
As expectativas para 2019 são, assim, bastante positivas e a projeção é de um ano bastante movimentado para os bancos de investimento.
Leia Também
"Deveremos ter um bom volume de atividade para o ano que vem", afirma o responsável pelo banco de investimento do Morgan Stanley no Brasil, Alessandro Zema. A tônica de muitas operações que chegam à mesa são iniciativas em busca de capital para crescimento. "O mercado de capitais terá um papel de financiamento importante."
Além das empresas em busca de recursos para investimentos, por exemplo, o mercado de capitais também será palco de ofertas de empresas no âmbito de processos de privatizações, que vêm sendo prometidas pelo governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL), e de operações secundárias de empresas com participações detidas por fundos de pensão, caso do IPO de Neoenergia, que pode se desenrolar já no início de 2019. Também é esperada uma oferta subsequente da Vale.
Cautela
Ainda que os preparativos para emissões estejam ocorrendo, destaca o sócio da área de mercado de capitais do escritório Mattos Filho, Jean Marcel Arakawa, as empresas aguardam mais clareza sobre os primeiros passos da equipe econômica do novo governo para baterem o martelo e prepararem a documentação a ser entregue para o regulador, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). "Há uma série de empresas olhando e que pode vir a mercado, mas que quer acompanhar os primeiros meses do novo governo", diz o especialista.
O responsável pelo banco de investimento do Goldman Sachs no Brasil, Antonio Pereira, afirma que há companhias privadas "muito boas e fortes candidatas para abrirem capital", mas que elas não têm nas costas pressão para captar neste momento - e podem aguardar. "A retomada das ofertas deve ser gradual, mas, quando o mercado estiver em velocidade de cruzeiro, deveremos ter no Brasil ao menos 20 IPOs por ano."
Apesar do bom presságio para o ano e da extensa lista de empresas se preparando para abrir capital, o cenário doméstico pode ser afetado pelo ambiente externo.
Segundo o chefe do banco de investimento do Bank of America Merrill Lynch, Hans Lin, a cautela em relação ao crescimento global, preocupações em torno dos embates entre China e Estados Unidos e, ainda, a questão dos juros no país norte-americano, podem afetar o otimismo e, consequentemente, o ritmo do lançamento das ofertas.
A estimativa de Lin é de um volume em ofertas de ações entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%
Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora
O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump
Sem pílula de veneno: Casas Bahia (BHIA3) derruba barreira contra ofertas hostis; decisão segue recuo de Michael Klein na disputa por cadeira no conselho
Entre as medidas que seriam discutidas em AGE, que foi cancelada pela varejista, estava uma potencial alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill; entenda
“Trump vai demorar um pouco mais para entrar em pânico”, prevê gestor — mas isso não é motivo para se desiludir com a bolsa brasileira agora
Para André Lion, sócio e gestor da estratégia de renda variável da Ibiuna Investimentos, não é porque as bolsas globais caíram que Trump voltará atrás na guerra comercial
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China
CEO da Embraer (EMBR3): tarifas de Trump não intimidam planos de US$ 10 bilhões em receita até 2030; empresa também quer listar BDRs da Eve na B3
A projeção da Embraer é de que, apenas neste ano, a receita líquida média atinja US$ 7,3 bilhões — sem considerar a performance da subsidiária Eve
Wall Street sobe forte com negociações sobre tarifas de Trump no radar; Ibovespa tenta retornar aos 127 mil pontos
A recuperação das bolsas internacionais acompanha o início de conversas entre o presidente norte-americano e os países alvos do tarifaço
As três ações brasileiras “à prova de Trump”? As empresas que podem se salvar em meio ao desespero global, segundo o BofA
Diante do pandemônio que as tarifas de Trump causaram nos mercados, o BofA separou quais seriam as ações que funcionariam como “porto seguro”
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada