Ibovespa volta a atingir a máxima histórica
Depois de tocar os 89.910 pontos na máxima do dia, Bolsa atinge recorde, impulsionada pelo Fed e por salto das ações da CCR

Em dia de realização de lucros, após quatro pregões no positivo, a Bolsa de Valores de São Paulo oscilou entre leves altas e pequenas baixas, descolada do mercado americano e ainda animada pela fala do presidente do banco central dos EUA. Operadores apontam que indicadores de melhora da economia brasileira também ajudam a manter a bolsa brasileira no azul. O Ibovespa fechou o dia em leve subida de 0,51%, com 89.709 pontos - voltando a atingir a máxima histórica, depois de tocar os 89.910 pontos na máxima do dia. O maior destaque foi a CCR. O dólar teve elevação de 0,39%, cotado a R$ 3,85.
Estrada tortuosa
O papel da concessionária de rodovias CCR deu um salto: 11%. Tudo isso por conta da notícia de que a empresa fechou acordo de leniência com o Ministério Público de São Paulo, em denúncia na qual é revelada Caixa dois de pelo menos R$ 30 milhões para campanhas eleitorais de ex-governadores e deputados de São Paulo.
Pelo menos 15 políticos são citados no termo, denominado Auto Composição para Ato de Improbidade. Dentre eles, os ex-governadores Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB, e o deputado estadual Campos Machado (PTB). A concessionária se dispõe a pagar multa de R$ 81 milhões - parte desse valor, R$ 17 milhões, será destinada, na forma de doação, à Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, nas Arcadas do Largo São Francisco.
O promotor de Justiça do patrimônio público José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, afirmou que o Termo de Autocomposição firmado com o Grupo CCR "é o começo de uma grande investigacão contra políticos".
A reportagem tentou contato com Geraldo Alckmin por meio do PSDB em São Paulo. Mas ainda nao houve resposta. Serra, em nota, disse que suas contas, sempre foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. Campos Machado, em nota, afirmou que “as doações que recebeu em todas as minhas campanhas foram exclusivamente dentro das exigências da lei.”
Tchau, Black Friday
A lista de principais quedas do Ibovespa foi dominada por ações do setor de varejo. Segundo Eduardo Guimarães, especialista em ações da Levante Ideias de Investimento, o bom desempenho dos papéis após a Black Friday estimula uma realização de lucros hoje. Ele lembra inclusive que a B2W se destacou ainda mais, já que entrará na carteira MSCI Latam a partir de amanhã (30). Hoje, B2W ON caiu 1,45%. Mesmo assim, a ação tem alta acumulada superior a 10% em novembro. Cielo On caiu 2,30%.
Leia Também
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Indicadores
Pela manhã foi divulgado que o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve queda de 0,49% em novembro, interrompendo uma sequência de 15 meses em alta, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em outubro, o IGP-M havia subido 0,89%. Assim, o indicador desacelerou tanto na comparação em 12 meses, indo a 9,68% após 10,79% em outubro, como no ano até novembro, acumulando 8,71%, ante 9,25% até outubro.
Lá fora
Depois de o banco central americano (Fed) dar a boa sinalização de menos aumento da taxa de juros americana, ontem, o ponto de atenção agora é o "acerto ou desacerto" entre os presidentes dos Estados Unidos e da China, que se encontram amanhã, na Cúpula do G-20.
Antes de decolar rumo à Argentina para a cúpula que começa nesta sexta-feira, o presidente americano, Donald Trump, afirmou estar "aberto" a um acordo com a China, "mas honestamente gosto do que temos agora", acrescentando que "bilhões e bilhões [de dólares] estão entrando em nosso país devido às tarifas".
Trump foi questionado por repórteres sobre um possível acordo com Pequim. "Estou perto de fazer algo com a China no comércio", afirmou, "mas não sei se quero fazer". O presidente americano deve ser reunir com o chinês, Xi Jinping, em um jantar no sábado.
Além disso, o presidente cancelou sua reunião com o líder russo, Vladimir Putin, na cúpula do G-20, em meio às tensões entre a Rússia e a Ucrânia, depois que Moscou apreendeu embarcações e tripulantes da Marinha ucraniana no último fim de semana.
Inflação nos EUA
O núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou 1,8% na comparação anual e 0,1% na comparação mensal de outubro, ambos resultados abaixo das previsões de 1,9% e 0,2% das medianas de análises compiladas pelo Broadcast, informou há pouco o Departamento do Comércio americano. Além disso, os gastos com consumo no país em setembro foram revisados para baixo, de alta de 0,4% para crescimento de 0,2%.
Cessão vagarosa
Continua mais vagarosa do que nunca. Às 11h30, o senador Romero Jucá (MDB-RR) deu pistas no Twitter sobre o projeto que autoriza a Petrobras a transferir até 70% dos direitos de exploração de petróleo do pré-sal na área cedida onerosamente pela União para outras petroleiras. Segundo ele, a "cessão onerosa deverá ser votada somente a partir de terça feira, dia 4 de dezembro. Até lá, continuamos construindo uma solução técnica para o repasse dos recursos aos Estados e municípios".
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), responsabilizou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, pelo impasse em torno do projeto de revisão da cessão onerosa da Petrobras, que estava previsto para ser votada nesta semana. Eunício disse que toda a "resistência" à partilha do bônus com Estados e municípios vem de Guardia e que o ministro estaria negociando diretamente com o Tribunal de Contas da União (TCU).
A indefinição se refletiu nos papéis da Petrobras. O ON caiu 0,83% e o PN, subiu 0,65%.
*Com Estadão Conteúdo
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação do comportamento do ouro
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)
A coisa está feia: poucas vezes nas últimas décadas os gestores estiveram com tanto medo pelo futuro da economia, segundo o BofA
Segundo um relatório do Bank of America (BofA), 42% dos gestores globais enxergam a possibilidade de uma recessão global