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Estadão Conteúdo
Eleições 2018

Democracia e liberdades individuais estão em risco, diz Haddad

Candidato do PT votou hoje em escola no bairro de Moema, Zona Sul de São Paulo, onde houve princípio de confusão com apoiadores de Bolsonaro

Fernando Haddad, do PT
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Imagem: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

Pouco depois de votar da Brazilian International School no bairro de Moema, Zona Sul de São Paulo, o candidato do PT, Fernando Haddad, deu rápida entrevista coletiva na qual disse que o que está em jogo hoje no Brasil são as liberdades individuais, a democracia e a própria nação.

"A nação está em risco, a democracia está em risco e as liberdades individuais estão em risco", disse Haddad.

Na porta da escola, moradores dos prédios vizinhos gritavam o nome de Jair Bolsonaro (PSL) e batiam panelas enquanto apoiadores do petista carregavam rosas e sombrinhas coloridas e em coreografia cantavam "alerta, desperta, ainda cabe sonhar", trecho do espetáculo "Cantata para um bastidor de utopias" do grupo Cia do Tijolo, baseado na vida do poeta espanhol Federico Garcia Lorca, assassinado em 1936 por forças franquistas durante a Guerra Civil espanhola.

A manifestação organizada pelo movimento Arte pela Democracia fazia as vezes de segurança de Haddad. Houve um início de confusão quando um apoiador de Bolsonaro vestindo camisa amarela provocou os petistas com palavrões e acusações de corrupção. Ele foi expulso pelos manifestantes, entre eles o ex-prefeito de Carapicuíba, Sergio Ribeiro. A Polícia Militar, que fazia a segurança do local, separou os grupos e a confusão acabou.

Antes de votar, Haddad participou de um café da manhã com lideranças do PT de São Paulo em um hotel na região da Avenida Paulista, onde também concedeu uma rápida entrevista na qual tentou demonstrar otimismo e agradeceu às pessoas que espontaneamente foram às ruas nos últimos dias para tentar virar votos em favor do petista.

Questionado sobre a posição de Ciro Gomes (PDT) de não declarar voto no segundo turno, Haddad destacou outros apoios recebidos de personalidades importantes como o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa e do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sem citá-los nominalmente, e deu uma alfinetada em Ciro.

"Vamos olhar para os brasileiros que num momento difícil da vida nacional tiveram uma postura de honradez defendendo a democracia", disse o candidato do PT.

Depois de votar, Haddad foi para casa, no Planalto Paulista, onde deve ficar até as 17h, quando volta ao hotel na região da Avenida Paulista para acompanhar a apuração.

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