A economia dos EUA vai muito bem. E isso pode ser preocupante para o mercado brasileiro
Dados da situação econômica do país foram divulgados pelo Federal Reserve
A economia dos Estados Unidos, de uma forma geral, vai muito bem, obrigado, mas ainda há pontos a serem corrigidos. Pelo menos foi o que mostrou nesta quarta-feira, 24, o famoso Livro Bege do Federal Reserve (BC americano), um documento que detalha o desempenho da economia americana em cada distrito do Fed.
De maneira geral, a situação que foi mostrada é de uma economia aquecida e com fortes indícios de que vai permanecer dessa forma pelos próximos meses. Para você investidor, isso pode ser um motivo de atenção, já que uma aceleração acima do ideal da atividade pode gerar uma pressão inflacionária e abrir o caminho para uma alta mais forte dos juros pelo Fed.
Essa expectativa por um aperto monetário inclusive foi sentida hoje pelo mercado. As bolsas americanas ampliaram sua queda em um pregão pra lá de turbulento por conta das tentativas de terrorismo a figuras públicas dos EUA.
Destrinchando o livro
Os resultados relacionados à produção apontam para um desempenho de modesto a moderado nesses distritos. Enquanto Nova York e St, Louis tiveram leve crescimento, Dallas apresentou uma forte expansão puxada pela indústria local, o varejo e o setor de serviços não financeiros.
Avaliações parecidas foram feitas para a situação dos empregos, que também cresceram de forma modesta a moderada. Um destaque nesse quesito foi o distrito de São Francisco. Mas nem tudo são flores: os empregadores em todo o país seguem relatando dificuldades de contratar novos empregados, em meio a um mercado de trabalho restrito e com poucos trabalhadores qualificados.
Esse obstáculo em encontrar mão de obra qualificada impactou diretamente (e de forma negativa) no desempenho de alguns setores da economia americana. Para contornar essa situação, o Livro Bege aponta que empresas tiveram que utilizar estratégias como bônus e horários flexíveis para reter seus trabalhadores.
Preços em alta
Segundo o livro o Fed, os empresários americanos também dizem notar um aumento nos preços de bens finais devido à elevação nos custos de insumos, como metais, e a culpa disso seria do impacto de tarifas comerciais.
Os preços continuaram a subir em um ritmo modesto a moderado em todos os distritos no período encerrado no dia 15 de outubro. Varejistas de algumas localidades, porém, "aumentaram os preços de venda à medida que continuam a ver a alta dos custos de transporte e também se preocupam com aumentos iminentes de custos decorrentes das tarifas".
*Com Estadão Conteúdo.
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