Briga entre EUA e Arábia Saudita poderia levar petróleo a US$ 400
Troca de ameaças entre dois países torna-se mais um vetor de preocupação em um incerto quadro internacional
O mercado de petróleo raramente é só oferta e demanda. A interpretação de vetores geopolíticos por vezes é chave para o comportamento dos preços e a recente rodada de desentendimento entre Estados Unidos e Arábia Saudita entram para compor um já complexo quadro internacional, marcado pelo Brexit, guerra comercial e problemas fiscais na União Europeia.
Donald Trump e o reino saudita se estranham em função das acusações sobre o desaparecimento de um jornalista saudita, visto pela última vez e uma embaixada do país na Turquia. O presidente americano falou em “punição severa” caso sejam encontradas evidências de participação saudita no desaparecimento de Jamal Khashoggi.
O reino divulgou nota oficial rejeitando ameaças e falando alto contra possíveis sanções e disse que vai respondem com ainda mais veemência. Como exemplo, o gerente do canal estatal de notícias “Al Arabiya” escreveu um editorial dizendo que se o petróleo a US$ 80 já deixou Trump nervoso, “ninguém pode descartar os preços indo a US$ 100, US$ 200 ou mesmo o dobro disso”.
Além disso, deixou no ar outras “consequências”, com a possibilidade de deixar de cotar o barril de petróleo em dólares. No campo político, falou de uma possível reaproximação com o Irã.
Recentemente, o contrato de WTI era negociado na linha dos US$ 71,8, com leve alta de 0,7%.
Uma disparada na cotação do petróleo teria impacto negativo sobre o crescimento mundial. Nos EUA, petróleo mais caro chegaria na inflação, podendo resultar em uma elevação mais rápida dos juros pelo Federal Reserve. Movimento que agravia um quadro de desaceleração econômica e realocação de ativos de risco ao redor do mundo.
Leia Também
Trump vem sistematicamente agredindo o presidente do Fed, Jerome Powell. Oficialmente reclama que o juro alto pode atrapalhar o crescimento da economia. Mas outra leitura possível é a preocupação com o lado fiscal americano. Juro mais altos elevam o custo de carregar o endividamento do governo que fez um dos maiores cortes de impostos da história.
Os EUA adotam postura cautelosa e não acusam formalmente os sauditas. Há muitos interesses em jogo. Comercialmente o país é o maior cliente dos americanos na compra de armas. Pessoalmente, Trump tem boas relações com a família saudita e muitos investimentos no país.
Mas o que chama atenção mesmo é o tom das ameaças sauditas. E a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) é só uma das armas do reino, que possui investimentos vultosos em diversos países ocidentais e orientais. A venda de participações em empresas é outra poderosa arma contra possíveis sanções que venham a ser impostas.
Os desentendimentos entre os dois podem ser só “fumaça” e não gerar consequências mais graves, mas somam incerteza ao mercado depois de uma semana que quedas históricas nas bolsas americanas.
Outros riscos internacionais
Trump segue fazendo novas ameaças de tarifas comerciais contra a China e outro elemento ressurgiu no fim de semana. Pedidos para que o país não promova o que se chama de desvalorização competitiva da sua moeda. A ideia é simples, os EUA impõem tarifas e Pequim desvaloriza o yuan. Essa é uma dinâmica que nunca acaba bem. O BC chinês já deu resposta no fim de semana falando em deixar o mercado manter papel decisivo na flutuação da moeda, que é administrada pelo governo.
No Reino Unido seguem as tratativas para saída do país da União Europeia. O mais recente entrave envolve as relações da Irlanda, que faz parte do bloco, e a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido.
No fim de semana também aconteceu o encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) que terminou com pedidos de reforço da Organização Mundial do Comércio (OMC) como fórum para resolver disputas comerciais. A organização multilateral vem perdendo espaço com os EUA buscando cada vez mais fechar acordos diretos com seus parceiros.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, participou do encontro e em discurso divulgado na quinta-feira reforçou que o Brasil está preparado para enfrentar choques externos. Aproveitou também para reforçar a importância das reformas domésticas.
Petrobras (PETR4) além das previsões e do prejuízo: lucro sobe 22,3% no 3T24 e dividendo extraordinário não vem — mas estatal ainda vai distribuir mais de R$ 17 bilhões aos acionistas
A petroleira deve divulgar no próximo dia 22 o plano estratégico 2025-2029 e a expectativa do mercado é de aumento dos dividendos extraordinários e redução de investimentos
Alívios e aflições: o que a vitória de Trump pode significar para 5 setores da economia brasileira
A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos provoca expectativas variadas para diferentes setores da economia brasileira; veja como eles podem nos afetar
Caminhos opostos: Fed se prepara para cortar juros nos EUA depois das eleições; no Brasil, a alta da taxa Selic continua
Eleições americanas e reuniões de política monetária do Fed e do Copom movimentam a semana mais importante do ano nos mercados
Dubai já era? Arábia Saudita faz investimentos bilionários para se tornar a nova capital do luxo do mundo e se livrar da dependência do petróleo
Edifícios colossais e experiências turísticas de primeira linha fazem parte da Visão 2030 do país
Nem Petrobras (PETR4), nem Brava (BRAV3): outra petroleira é ‘a grande compra que o mercado está oferecendo no momento’, aponta analista
Queda recente do petróleo abriu oportunidades no setor – principalmente em uma empresa que, além de estar barata, têm um gatilho importante para valorização, segundo analista
Braskem: vendas crescem no 3T24, mas analistas mantêm o pé no freio e reduzem o preço-alvo para BRKM5; ainda vale a pena comprar a ação?
BB-BI revisou o potencial de valorização dos papéis da petroquímica de R$ 27 para R$ 24, equivalente a uma alta de 34%
Ações da Petrobras (PETR4) caem com produção menor no 3T24 — e analistas dizem o que esperar do próximo anúncio de dividendos da estatal
Com base nos dados operacionais divulgados, os grandes bancos e corretoras dizem o que pode vir por aí no dia 7 de novembro, quando a estatal apresenta o resultado financeiro do terceiro trimestre
Petrobras (PETR4) produz 8,2% menos petróleo no 3T24 e também vende menos gasolina na comparação com o 3T23; confira os números da estatal
No pré-sal, a companhia também registrou uma queda na extração entre julho e setembro em base anual
Guerra no Oriente Médio: por que o petróleo despenca 5% hoje e arrasta a Petrobras (PETR4) e outras ações do setor
O setor de petróleo e gás protagoniza o campo negativo da bolsa brasileira nesta segunda-feira (28), com os mais diversos tons de vermelho tingindo as ações das petroleiras locais pela manhã. A Prio (PRIO3) é quem lidera as perdas no Ibovespa, com recuo de 3,24% por volta das 11h45. Por sua vez, a Petrobras (PETR4) […]
O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões
Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos
Braskem (BRKM5): maior volume de vendas no mercado nacional e exportações mais fracas; veja os principais números do relatório de produção
Venda de resinas caiu 2% na comparação anual; exportações dos principais produtos químicos da Braskem caíram
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa reage à Vale em meio a aversão ao risco no exterior
Investidores repercutem relatório de produção da Vale em dia de vencimento de futuro de Ibovespa, o que tende a provocar volatilidade na bolsa
Menos investimentos e mais dividendos em 2025: o que esperar do novo plano estratégico da Petrobras (PETR4), segundo analistas do Santander
Com anúncio previsto para novembro, o novo plano estratégico da petroleira para os próximos cinco anos será o primeiro sob a gestão da CEO Magda Chambriard
Petróleo tomba no exterior com guerra no Oriente Médio e demanda mais fraca no radar — e ações da Petrobras (PETR4) acompanham queda na B3
O esfriamento da guerra no Oriente Médio faz sombra sobre a commodity hoje após notícias de que Israel teria prometido aos EUA que não atacaria instalações de petróleo e nucleares do Irã
O (mercado) brasileiro não tem um dia de sossego: Depois da alta da véspera, petróleo ameaça continuidade da recuperação do Ibovespa
Petróleo tem forte queda nos mercados internacionais, o que tende a pesar sobre as ações da Petrobras; investidores aguardam relatório de produção da Vale
Petrobras (PETR4) vai liberar mais dividendos? Por que a notícia de redução de investimento pode ser ruim para o governo, mas é boa para os investidores
Outra notícia positiva veio de um executivo da petroleira, que confirmou que a estatal está revendo o caixa mínimo de US$ 8 bilhões no próximo plano estratégico 2025-29; entenda por que tudo isso pode ser bom para que tem ação da companhia
O que a Opep prevê para o PIB e a produção de petróleo no Brasil
Opep mantém projeções otimistas para o país, mas alerta para alguns gatilhos negativos, como inflação e aumento nos custos da produção offshore
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil divide holofotes com decisão de juros do BCE e início da temporada de balanços nos EUA
A agenda econômica desta semana ainda conta com relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e PIB da China
Prio (PRIO3) eleva expectativas com aquisição do Campo de Peregrino e BTG Pactual reajusta preço-alvo. É hora de comprar ou vender a ação?
Apesar dos números fracos na produção de setembro, os analistas BTG veem uma valorização de 74% para os papéis da petroleira no ano que vem