Para Guardia, reduzir reservas internacionais só será possível quando a casa estiver em ordem
Pela métrica do FMI, Guardia disse que as reservas poderiam ser de US$ 260 bilhões a US$ 280 bilhões
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu a manutenção das reservas internacionais. Para ele, a discussão sobre eventual redução das reservas ou não, pode ser feita apenas quando o fiscal estiver em ordem, com retomada do crescimento. “Enquanto isso é bom ter reservas internacionais”, disse Guardia.
O ministro respondia a um questionamento sobre o tema em evento promovido pelo BTG Pactual. Recentemente o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, falou em eventual venda das reservas em caso de ataque especulativo.
Guardia disse que nos últimos anos o custo fiscal das reservas foi positivo, o que ajudou o governo a postergar os problemas com o cumprimento da “regra de ouro” das finanças públicas.
Pela métrica do Fundo Monetário Internacional (FMI), Guardia disse que as reservas poderiam ser de US$ 260 bilhões a US$ 280 bilhões. “Mas sabemos, também, que o Brasil é um país complexo” e que muito recentemente vimos a utilidade dessas reservas e do colchão de liquidez do Tesouro.
Em 2002, lembrou o ministro, não tinham reservas internacionais nem colchão de liquidez, por isso a transição de governo foi mais difícil naquele ano em termos de política cambial e de dívida pública.