Fundos venderam mais de US$ 7,7 bilhões em outubro na B3
Estrangeiros seguem com forte posição defensiva em contratos de dólar, na casa dos US$ 40,5 bilhões, e vendidos e Ibovespa futuro

O dólar encerrou o mês de outubro acumulando uma queda de 8%, negociado a R$ 3,728, maior desvalorização mensal desde junho de 2016. E uma avaliação das posições em contratos futuros na B3 mostra que os fundos de investimentos puxaram o movimento de venda.
Os investidores institucionais fecharam o mês com uma posição vendida, que pode ser vista como uma “aposta” de queda na cotação da moeda, de US$ 25,14 bilhões, considerando contratos de dólar futuro e cupom cambial (DDI, juro em dólar). No fim de setembro, essa posição era de US$ 17,36 bilhões.
Olhando a composição desse estoque, temos que a “virada de mão” dos fundos ficou concentrada nos contratos de dólar futuro. No fim de setembro, os fundos estavam comprados em US$ 3,30 bilhões e agora apresentam uma posição vendida de US$ 4,25 bilhões. Uma diferença de US$ 7,55 bilhões.
A posição em cupom cambial apresentou pouca variação, encerrando outubro em US$ 20,89 bilhões, em comparação com US$ 20,69 bilhões em setembro.
O mercado futuro pode ser encarado como um jogo de soma zero, se alguém vendeu outro alguém comprou. E a principal contraparte dos fundos ao longo do mês foram os bancos, que reduziram a posição vendida total de US$ 22,51 bilhões em setembro para US$ 17,53 bilhões no mês passado.
Abrindo os números, temos que os bancos reduziram posição tanto em dólar quanto em cupom cambial. Em contratos de dólar futuro, o estoque saiu de US$ 10,20 bilhões em setembro para US$ 7,49 bilhões no fechamento de outubro. Em cupom cambial a posição vendida foi ajustada de US$ 12,31 bilhões para US$ 10 bilhões.
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O investidor não residente segue com uma postura defensiva, carregando US$ 40,5 bilhões em contratos de dólar e cupom cambial, contra US$ 39,27 bilhões no fim de setembro. No começo de outubro, o estrangeiro chegou a fazer firme venda de dólar, com a posição caindo a US$ 29,5 bilhões.
O não residente fechou o mês comprado em US$ 29,52 bilhões em contratos de cupom cambial e outros US$ 10,97 bilhões em dólar futuro. No fim de setembro, os contratos de DDI somavam US$ 32,30 bilhões e os de dólar futuro outros US$ 6,97 bilhões.
É a movimentação desses atores que dita a formação de preço da taxa de câmbio, já que no mercado à vista o fluxo segue pouco expressivo, na casa dos US$ 857 milhões positivos, uma pequena fração do que é movimentado no mercado futuro.
O comprado ganha com a alta do dólar e o vendido com a desvalorização da moeda americana. Mas sempre vale a ressalva de que a avaliação sobre possíveis perdas e ganhos com as posições é feita em tese, pois não sabemos a que preço a compra ou venda foi feita. Além disso, esses agentes podem ter posições em moeda estrangeira no mercado à vista e em derivativos de balcão. Bancos, por regra, não podem ter exposição cambial direcional.
Ibovespa futuro
No mercado de índice futuro de Ibovespa o mês marcou uma troca de posição entre fundos e estrangeiros. O não residente tinha fechado setembro comprado em 174.785 contratos, foi ajustando posições ou realizando lucros ao longo do mês até fechar outubro vendido em 128.821 contratos.
Na ponta oposta, os fundos de investimentos estavam vendidos em 180.809 contratos e agora aparecem comprados em 122.327 contratos de índice.
Uma forma de ler as posições no Ibovespa futuro é como uma proteção (hedge) às oscilações no mercado à vista. Por exemplo. O investidor está comprado em bolsa no mercado à vista e vai proteger essa exposição no mercado futuro vendendo contratos de Ibovespa.
No entanto, o mercado também opera o Ibovespa futuro com um ativo em si, podendo montar apostas direcionais de alta (comprado) ou de queda (vendido) no Ibovespa.
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