Ibovespa fecha em queda puxada pela alta do dólar
Dados da OMC fizeram o investidor fugir de mercados emergentes e procurar a segurança do dólar
O pregão desta segunda-feira na Bolsa de Valores de São Paulo começou bem, com alta, graças à elevação do preço do petróleo internacionalmente. Mas no meio da tarde, foi para o território vermelho e de lá não saiu mais. O índice fechou em baixa de 0,79%, a 85.546 pontos, influenciado negativamente pela alta do dólar. A moeda deu uma acelerada durante a tarde. Pulou de R$ 3,82 (cotação de fechamento na sexta-feira) para R$ 3,92, com alta de 2,58%, no fim do dia.
As maiores quedas, no fechamento, foram as da aérea Gol PN (7,53%), das concessionarias de rodovias Ecorodovias (5,45%) e CCR (4,29%) e também da Cielo (5,51%).
No exterior, o clima azedou após a notícia de que a Suprema Corte dos EUA poderá permitir que um processo antitruste contra a a Apple avance. A notícia reduziu as altas na bolsa de Nova York e fez a Apple perder o posto de empresa mais valiosa dos Estados Unidos para a Microsoft.
Emergentes em baixa
Os ativos de mercados emergentes passaram a cair, mostrando aversão ao risco dos investidores, depois de a Organização Mundial do Comércio (OMC) ter divulgado alerta para uma nova desaceleração do comércio mundial nos últimos três meses de 2018.
Dados publicados na metade do dia sugerem que a guerra comercial tem impacto real no fluxo de bens. Os indicadores ainda apontam que a expansão deve ser a mais baixa em dois anos. Com 98,6 pontos, o "termômetro do comércio internacional" está abaixo dos 100,3 pontos do último trimestre e aponta para um desempenho "abaixo da tendência". Para medir a tendência do comércio, a OMC criou um indicador que coleta dados de exportações, cargas e outros índices setoriais considerados como sendo alguns dos pilares da economia mundial. Uma taxa de 100 pontos significa uma estagnação do crescimento do comércio. Qualquer número abaixo, como no caso do atual trimestre, apontaria para uma perda de força nos fluxos de exportação e importação.
Dólar
A moeda americana reflete o pronunciamento da OMC, uma vez que os investidores buscam a segurança do dólar. E mostra também movimento antecipado de compra, uma vez que há perspectivas de intensificação das saídas de investidores estrangeiros do País com a proximidade do fim de novembro e do ano, segundo um operador. No exterior o dólar também se fortaleceu ante a rupia, peso mexicano e rublo russo. O pior desempenho foi o da moeda argentina.
Leia Também
Gringo em fuga
Durante o feriado de Ação de Graças, na quinta-feira passada, a fuga de investidores estrangeiros continuou por aqui: R$ 232,9 milhões foram tirados do mercado. Em novembro, a soma chega a R$ 3,59 bilhões e no ano, R$ 9,501 bilhões.
Petróleo
Depois de sucessivas quedas, hoje o petróleo mostrou recuperação, o que fez a queda da Bolsa não ir tão fundo. Os preços vêm caindo desde outubro e assustam as correções violentas como a que aconteceu sexta-feira, quando o Brent perdeu 6%, furando os US$ 60 (US$ 58,80), e o WTI ameaçou perder os US$ 50, em queda livre de 7,7% (US$ 50,42). Só na semana passada, o petróleo ficou 11% mais barato e, no mês, já acumula desvalorização de 20%.
Mas hoje, o tipo WTI subiu 2,39%, e o Brent avançou 2,86%.
Acidente
Já as ações da Petrobras, que vinham subindo até o meio da tarde, fecharam em queda (0,49% para a PN e 1,81% para a ON). O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminente (Sindipetro-NF), informou que um petroleiro de 43 anos morreu na tarde de ontem (domingo, 25) na plataforma PNA-2 na Bacia de Campos. Sandro Ferreira da Silva faleceu enquanto fazia a manutenção de um guindaste. A Petrobras lamentou o ocorrido e disse que vai apurar as causas da morte.
Gol
A Gol registrou o pior desempenho do Ibovespa nesta segunda-feira, com queda de mais de 7%. Segundo operadores, depois das fortes altas acumuladas nos últimos dias, a ação da companhia aérea passa por uma realização. Alem disso, teve o azar de sofrer o impacto da alta do dólar e do petróleo no mesmo dia. O Credit Suisse elaborou hoje relatório tratando da incorporação da Smiles pela Gol, e aponta diversas incertezas que envolvem o processo.
Estrada esburacada
EcoRodovias e a CCR ficaram entre destaques negativos do Ibovespa, com o movimento de alta da curva de juros futuros, segundo operadores. As empresas de concessões rodoviárias são mais sensíveis ao mercado de juros por conta da alta porcentagem de endividamento lastreado em CDI.
Mais alunos
Outra queda expressiva foi a da Kroton. No dia em que promoveu encontro com analistas, a empresa de educação fechou em retração de 3,11%. Rodrigo Galindo, presidente do grupo, disse que a abertura de novos campi tem pressionado as margens da companhia. A Kroton também anunciou que deve divulgar até o final deste ano a conclusão de mais três aquisições em ensino superior.
Bife bem passado
Com alta de 2,39%, JBS ON teve o segundo melhor resultado do dia. Recuperou-se das perdas recentes, refletindo, principalmente, a valorização do dólar ante o real. Também foi beneficiada a concorrente BRF ON, dona da Sadia, que subiu 0,97%.
Outras empresas exportadoras também tiveram os papéis valorizados: Embraer ON (1,77%) e Suzano ON (1,99%).
*Com Estadão Conteúdo
Falem bem ou falem mal, mas… Investidores se dividem entre escolha de Trump para o Tesouro e ameaça de barreiras tarifárias
Bolsas internacionais amanheceram em queda nesta terça-feira depois de novas ameaças de Trump à China, ao México e ao Canadá
CVC (CVCB3) decola mais de 9% e lidera os ganhos do Ibovespa após proposta de pílula de veneno. O que isso significa para o investidor?
O desempenho positivo vem na esteira de uma série de anúncios corporativos na última semana, com uma proposta de mudanças relevantes no estatuto social da companhia
Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual
Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas
O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior
Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana
Agenda econômica: IPCA-15 e dados do Caged são destaques no Brasil; no exterior, PIB e PCE dos EUA dominam semana com feriado
Feriado do Dia de Ações de Graças nos EUA deve afetar liquidez dos mercados, mas agenda econômica conta com dados de peso no exterior e no Brasil
Com lucro em alta, dividendos mais do que triplicam no 3T24. Confira quem foram as vencedoras e perdedoras da safra de resultados na B3
Os proventos consolidados de empresas da bolsa brasileira chegaram a R$ 148,5 bilhões em setembro, um salto de 228% comparado ao 3T23, de acordo a Elos Ayta Consultoria
Ação da CBA ganha fôlego na bolsa e sobe quase 6% após venda de participação da Alunorte; chegou a hora de incluir CBAV3 na carteira?
A siderúrgica se desfez da participação acionária na companhia, de 3,03%, por R$ 236,8 milhões para a Glencore
Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico
O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade