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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Análise

Relação crédito/PIB é a menor desde 2012

Boa notícia é que mercado de crédito passa por profunda transformação com menor atuação dos bancos públicos e ampliação das instituições privadas

Eduardo Campos
Eduardo Campos
28 de novembro de 2018
18:07 - atualizado às 20:44
Imagem: Shutterstock

O mercado de crédito apresenta recuperação neste 2018 e deve ter o primeiro crescimento em termos nominais desde 2015. Mas esse ritmo de recuperação ainda é tímido para voltarmos a ver um aumento da relação do estoque de crédito em comparação com o Produto Interno Bruto (PIB).

De fato, a relação crédito PIB fechou outubro em 46,3%, menor leitura desde 2012, considerando os dados acumulados em 12 meses até outubro. Pelo terceiro ano consecutivo a relação crédito PIB vai apresentar queda, algo não visto desde o fim da década de 1990.

Essa fotografia parece desoladora, mas o “filme” exibido pelos dados oficiais traz uma boa notícia: há uma profunda transformação no mercado de crédito brasileiro, que parece ganhar condições de experimentar um novo período de retomada de forma sustentada, sem a atuação direta do governo no crédito.

Os bancos públicos vão experimentar o terceiro ano seguido de retração na sua carteira de crédito, fato também não registrado desde o começo dos anos 2000. Em 12 meses até outubro, a variação estava negativa em 2,2%.

Vale lembrar que no auge das políticas anticíclicas de Guido Mantega e Dilma Rousseff, a expansão da carteira chegou a ser de 40% (2008). Movimento puxado por expansão em mesmo ritmo do crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que agora tem retração de 12% na sua carteira.

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Não por acaso os bancos públicos começaram a perder fôlego não por mudanças nas condições de mercado, mas sim por uma reorientação política que começou timidamente com Joaquim Levy no ministério da Fazenda, ganhou fôlego na gestão de Michel Temer e tem tudo para se aprofundar segundo as diretrizes do futuro ministro Paulo Guedes.

Outra forma de enxergar isso é a redução da fatia dos bancos públicos no crédito. Atualmente ela está em 52% do mercado de R$ 3,164 trilhões e caminha para o segundo ano de retração, partindo do ápice de 57% de meados de 2016. Se 2019 repetir essa dinâmica, as instituições privadas vão retomar o protagonismo no crédito.

O espaço vem sendo ocupado, novamente, pelos bancos privados que deixaram de ter mais da metade do crédito no Brasil em meados de 2013. No entanto, essa reconquista de espaço ocorre de forma mais gradual, pois a disposição a emprestar leva em considerações as condições de mercado e da economia como um todo. Algo que deixou de ser relevante no período em que os bancos públicos foram o cavalo de batalha da política anticíclica que culminou na pior recessão da história e em um desarranjo do tecido econômico que ainda levará alguns anos para ser costurado.

Em 12 meses até outubro, a carteira de crédito dos bancos privados (nacionais e estrangeiros) crescia 10,6%, melhor resultado desde o fim de 2012. A retomada é liderada pelo crédito com recursos livres por parte das famílias. O crédito às empresas tem tímida recuperação, tanto pelo quadro econômico, como por um fenômeno que começou a se desenhar em 2017 com a instituição da Taxa de Longo Prazo (TLP) que substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) nos financiamentos do BNDES.

Resumindo o que alguns estudos do BC e de outras instituições mostraram, a redução do crédito direcionado está sendo suprida não só pelos bancos, mas pelo mercado de capitais. Estamos vendo a antiga teoria do “crowding out” proporcionada pelo crédito público se provando dia após dia.

Nada contra a atuação de bancos públicos no mercado de crédito. A questão é que essa atuação tem de ser feita de forma sustentável e sem gerar prejuízos posteriores a todos nós, contribuintes, que somos chamados carinhosamente de Tesouro, sempre que é necessário deixar impessoal o resultado negativo de políticas que têm benefícios concentrados e custos difusos.

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