Para Mourão, o Brasil tem que ‘tirar o melhor proveito’ do conflito comercial entre Estados Unidos e China
Vice-presidente eleito falou com empresários de engenharia nesta quinta-feira e comentou que o mundo vive um momento de insegurança

O Brasil deve tentar "tirar o melhor proveito" da guerra comercial entre China e Estados Unidos, disse nesta quinta-feira, 29, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, em evento promovido pela Associação Nacional das Empresas de Engenharia Consultiva de Infraestrutura de Transportes (Anetrans).
Para ele, o mundo vive um momento de insegurança por causa da disputa entre as duas potências mundiais, além do que ele chamou de "movimentos do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para restabelecer a posição da antiga União Soviética", do Brexit e da crise migratória que assola a Europa.
"Perpassando tudo isso, temos a questão do narcotráfico", afirmou. Ele disse que estão ao lado do Brasil os principais países produtores de droga do mundo. O País é rota de passagem. "E isso gera a violência que atinge a todos os países do mundo", afirmou. Esse é motivo de grande intranquilidade da população, segundo o general.
Para Mourão, o Brasil tem dificuldade em transformar seu potencial em poder, seja pelas escolhas e estratégias erradas que adotou, seja pelo excesso de regulamentação.
Falando em regras e taxas...
Mourão aproveitou sua fala para alfinetar o sistema tributário brasileiro. Segundo o vice eleito, o regime de impostos atual é uma "bola de ferro amarrada no pé de cada empreendedor". Ele afirmou que a ideia do novo governo é simplificar e, num segundo momento, reduzir alíquotas "de modo que todos entrem na base de pagamento".
Outro ponto abordado por Mourão foi o do equilíbrio fiscal. Ele defendeu que o governo gaste o que arrecada e enfatizou que o Brasil vai fechar o quinto ano consecutivo no vermelho.
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Para o vice-presidente eleito, a economia brasileira precisa primeiro se recuperar para depois se expor ao mundo. "Investimentos estrangeiros são bem-vindos, mas desde que sejam capital de risco", disse ele, frisando as duas últimas palavras. "Não queremos empréstimo puro e simples", afirmou. "Esse filme a gente já viu e sabe que não dá certo."
A política econômica vai se pautar também pelo plano de "privatizar o que pode ser privatizado" e "desregular o País, libertar o animal". Para ele, o excesso de regulação dificulta o empreendedorismo e tolhe a sua capacidade de progredir. O general listou ainda a aceleração nos processos de registro de propriedade intelectual.
Pelo lado do governo, Mourão afirmou que se buscam "novos padrões de governança", com uso de tecnologias digitais, estabelecimento de metas, monitoramento. Ele mencionou ainda a comunicação de governo, com uso das redes sociais, para explicar à sociedade o que o governo está fazendo. "O presidente é mestre nisso", comentou.
Outro fundamento são as relações baseadas na confiança e no contrato. "Não vai haver confiança se não há um bom ambiente de negócio e não há segurança jurídica", afirmou. Sem isso, avaliou, "ninguém vai investir."
*Com Estadão Conteúdo.
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