O futuro do BC está mais nas maõs de Ilan Goldfajn do que de Paulo Guedes?
Equipe de transição aguarda uma decisão pessoal do presidente do BC sobre sua permanência ou não no cargo
Parece que a decisão sobre a permanência de Ilan Goldfajn no Banco Central a partir de 2019 depende mais dele do que do time de Bolsonaro. Segundo informações do Broadcast/Estadão, a equipe de transição para o novo governo espera por um posicionamento de Ilan a respeito de seu futuro ainda não descartaram seu nome de vez.
A notícia vai na contramão do que circula atualmente em Brasília, de que o presidente do banco estaria fora da jogada. Há uma expectativa de que a questão da autonomia do BC possa abrir espaço para Goldfajn ficar no cargo até março de 2020.
Vale lembrar que o projeto de autonomia que tramita hoje na Câmara prevê mandatos fixos de quatro anos para o presidente e os diretores da autarquia. Cada dirigente poderá ser reconduzido ao cargo uma única vez, por mais quatro anos, e a nova dinâmica de mandatos fixos começaria em 1º de março de 2020 - portanto, já no segundo ano do governo de Jair Bolsonaro. Goldfajn seria, portanto, o presidente da transição até o início dos mandatos fixos.
Os substitutos
Segundo do Broadcast/Estadão, são cinco os nomes cotados para substituir Ilan caso ele de fato escolha deixar o BC: o ex-diretor de Política Econômica do BC Afonso Bevilaqua; o atual diretor de Política Econômica, Carlos Viana de Carvalho; o também ex-diretor do BC e atual economista chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita; o ex-diretor do BC e sócio da gestora SPX Capital, Benny Parnes; e Roberto Campos Neto, diretor do Santander.
Entre estes nomes, Viana é o mais alinhado com a política atual do BC. Além de fazer parte do atual comando, ele foi indicado por Ilan e boa parte das mudanças que o BC teve nos últimos anos tem a sua participação. Já Bevilaqua, Mesquita e Parnes atuaram no BC em outros momentos.
*Com Estadão Conteúdo.