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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Política Monetária

Mercado reduz projeção de alta da Selic em 2019

Boletim Focus mostra juro básico em 7,75% no fim do próximo ano, primeira queda desde janeiro. Dentro do Tov Five, prognóstico já recuou para 7%

Eduardo Campos
Eduardo Campos
26 de novembro de 2018
15:35
Imagem: Shutterstock

O boletim Focus, do Banco Central, mostra que os agentes de mercado estão projetando um menor ciclo de alta para a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 6,5% ao ano. Boa notícia para ativos de risco, como bolsa de valores, e principalmente para os investidores que estavam aplicados em papéis prefixados, como as LTNs, que você encontra no seu Tesouro Direto.

A mediana das projeções apontava para juro básico de 8% no fim de 2019 desde o começo de janeiro. Agora, o prognostico recuou para 7,75%. Dentro do Top Five, grupo que reúne as casas com maior índice de acerto, a estimativa voltou a cair, de 7,5% para 7% ao ano.

Na semana passada tínhamos falado dessa possibilidade de revisão das projeções para a Selic, pois as médias das projeções dentro do Focus vinham recuando desde o começo de outubro. O comportamento da média serve como um indicador antecedente da mediana.

A revisão na projeção encontra respaldo em um cenário inflacionário mais benigno que o projetado. O IPCA-15 de novembro, por exemplo, surpreendeu para baixo ao marcar alta de 0,19%, menor leitura para o mês em 15 anos.

Além disso, os núcleos de preço, que captam a tendência da inflação, seguem rodando, em alguns casos, no piso da meta para a inflação. Isso quer dizer que as pressões inflacionárias pontuais causadas pela alta de dólar ao longo do período eleitoral não se espalharam para outros segmentos da economia.

O mesmo Focus também mostrou novas reduções nas expectativas de inflação neste e no próximo ano. O prognóstico para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2018 caiu pela quinta semana seguida, de 4,13% para 3,94%. Considerando o grupo que atualiza suas estimativas com mais frequência, a projeção já está em 3,88%. A meta para este ano é de 4,5%, com banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

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Para 2019, a mediana teve a terceira queda seguida, recuando de 4,2% para 4,12%. A meta para o próximo ano é de 4,25%. Para 2020, a estimativa está em 4%, mesmo valor da meta. Para 2021, a mediana está em 3,86%, contra uma meta de 3,75%.

Quanto maior o horizonte de projeção, menor o impacto das ações de política monetária de curto prazo. Inflação em torno da meta para 2020 e 2021, notadamente, pode ser encarada como mais um indicador de confiança na atuação do Banco Central.

Além da inflação comportada é consenso que há espaço para uma retomada da atividade sem gerar pressão inflacionária adicional, resultado da elevada ociosidade dos fatores de produção, principalmente o desemprego.

Na sexta-feira, dia 30, será conhecido o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que deve confirmar uma recuperação depois do fraco desempenho do segundo trimestre, que captou os efeitos da greve dos caminhoneiros.

No Focus, a mediana mostra crescimento de 1,39% para 2018 e aceleração no ritmo para 2,5% em 2019.

Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) mantém a avaliação de que a conjuntura prescreve política monetária estimulativa, mas segue alertando que “esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora.”

Quando o BC fala em retirar estímulo, ele está sinalizando que talvez seja preciso deixar a taxa de juros mais próxima da chamada taxa neutra, que é aquela que permite o máximo crescimento com inflação na meta.

Atualmente a taxa real está rodando na casa dos 3% ao ano, considerando o swap de 360 dias descontado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado em 12 meses. Essa taxa neutra ou estrutural é uma variável não observável, mas as estimativas recentes sugerem que ela orbite entre 4% a 4,5% em termos reais.

Como a inflação está bem-comportada e a retomada do crescimento acontece de forma bastante gradual, é possível que o Copom mantenha a Selic em patamar estimulativo (abaixo do patamar neutro) por mais tempo que o previamente esperado. É isso que as projeções do mercado sugerem, além de indicar uma necessidade menor de ajuste na Selic, para que as projeções e expectativas continuem nas metas para os próximos anos.

A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 11 e 12 de dezembro e pode ajudar a confirmar ou refutar essa percepção do mercado.

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