🔴 DE 14 A 16 DE JANEIRO: ONDE INVESTIR EM 2025 INSCREVA-SE GRATUITAMENTE

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Fed e Previdência animam mercados no fim do mês

BC dos EUA reitera “paciência” em relação ao rumo dos juros norte-americanos e governo Bolsonaro diz que ninguém ficará de fora das novas regras para a aposentadoria

Olivia Bulla
Olivia Bulla
31 de janeiro de 2019
5:33 - atualizado às 8:55
Agora, as negociações comerciais entre EUA e China pairam sobre os negócios -
Ouça este conteúdo

Janeiro chega ao fim com sinais mais claros em relação à condução da política monetária nos Estados Unidos, após o Federal Reserve afirmar que será “paciente” antes de decidir qual será o próximo passo em relação à taxa de juros e ao balanço de ativos. Essa sinalização ontem embalou Wall Street e afundou o dólar, mas hoje é o resultado trimestral do Facebook que rouba a cena, após um desempenho acima do esperado.

No Brasil, a decisão do governo Bolsonaro de incluir militares na reforma da Previdência mostra que a proposta a ser apresentada ao Congresso deve ser ampla. Segundo o secretário especial, Rogério Marinho, todos têm de contribuir e ninguém será poupado das novas regras para a aposentadoria, que devem ser mais “duras”. A expectativa é de que a proposta seja aprovada pela Câmara e pelo Senado até meados de julho.

A essas notícias positivas (mais detalhadas, abaixo), somam-se os números melhores sobre a atividade na China em janeiro e têm-se motivos para o investidor garantir ganhos robustos nos ativos de risco neste último dia do primeiro mês de 2019. O índice oficial dos gerentes de compras (PMI) da indústria chinesa interrompeu quatro meses seguidos de queda e oscilou em alta em janeiro, a 49,5, de 49,4 em dezembro.

Com isso, os mercados internacionais tentam seguir empolgados, o que também deve animar os negócios na Bolsa brasileira e com o dólar, em dia de formação da taxa de câmbio de referência (Ptax). Os índices futuros das bolsas de Nova York, porém, oscilam entre leves altas e baixas, após uma sessão positiva na Ásia, onde Tóquio e Hong Kong subiram cerca de 1%. As principais bolsas europeias também indicam uma abertura no azul, ainda refletindo a euforia da véspera com o Fed. Entre as commodities, o petróleo avança e o minério de ferro também, enquanto o dólar segue fraco.

Agora, as negociações comerciais entre EUA e China pairam sobre os negócios. As conversações de alto nível entre representantes dos dois países visam interromper uma longa guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, que suscitou temores quanto a um crescimento econômico global mais lento. Empresas dos setores industrial e de tecnologia alertaram sobre a desaceleração das vendas por causa do impasse.

Guerra tecnológica

O confronto entre as duas maiores economias do mundo ainda é mais comercial e tecnológico do que geopolítico ou ideológico. Mas o impasse em questões estruturais, envolvendo a propriedade intelectual, e o envolvimento da Huawei na disputa, indica que o menor dos problemas é a redução do saldo negativo da balança dos EUA com a China.

Leia Também

A gigante chinesa é líder global em tecnologia 5G, próxima geração de rede móvel que irá transportar dados em velocidade ultrarrápida, promovendo inovações revolucionárias em larga escala. A China considera a 5G e a Huawei como fundamentais para ampliar a influência global do país e o desenvolvimento econômico no futuro.

Com isso, as denúncias feitas pela Justiça norte-americana contra a empresa chinesa, por roubo de informações e fraude bancária, juntamente com o pedido dos EUA de extraditar a executiva financeira da Huawei, Meng Wanzhou, podem fazer com que Pequim fique menos disposto a fazer grandes concessões a Washington.

Já os EUA veem na ambição chinesa não só uma ameaça à supremacia global, mas também à segurança nacional, com Pequim criando novas formas de espionagem e tendo acesso a dados vitais. Ou seja, o conflito sino-americano está longe de acabar e pode se transformar em um confronto ainda mais profundo.

Por ora, as negociações entre Washington e Pequim para encerrar a guerra comercial tendem a continuar - inclusive para além do prazo de 1º de março, quando se encerra a trégua tarifária. Ambos os lados ainda tentam manter a Huawei e as questões comerciais separadas, enquanto tentam fechar um acordo - ou pelo menos estender as negociações.

Apenas um pouco de paciência

A paciência é uma virtude. E o Federal Reserve deixou claro ontem que irá exercitar essa qualidade ao longo de 2019 até ficar convencido sobre o rumo da taxa de juros nos Estados Unidos neste ano. O tom suave (dovish) no comunicado do Fed e na entrevista coletiva do presidente, Jerome Powell, reforçou as expectativas de que o ciclo de aperto monetário está feito, por ora, e indicou que o próximo movimento pode ser de queda dos juros.

Ao deixar essa porta aberta, o Fed esquivou-se em indicar se o rumo do custo do empréstimo nos EUA será para cima, para baixo ou para os lados. Ao mesmo tempo, mostrou-se menos preocupado com os riscos inflacionários ou de aquecimento econômico, ficando, então dependente dos dados, ao longo do tempo, para saber se a taxa de juros norte-americana está em nível adequado agora - ou se serão necessários novos ajustes.

O Fed “será paciente para determinar quais ajustes futuros à taxa de juros podem ser apropriados”, disse, em comunicado. O texto abre a porta para que o próximo passo seja um corte, já que foi suprimido o trecho em que se falava da necessidade de “alguns aumentos graduais adicionais”.

Em uma declaração separada, o Fed disse ainda que está “preparado para ajustar a normalização do balanço de pagamentos, à luz da evolução econômica e financeira”. Segundo Powell, a retirada de liquidez do sistema será flexibilizada, com o processo sendo concluído “mais cedo e com um balanço maior” do que estimativas anteriores.

Trata-se de uma mudança radical na comunicação do Fed, considerando-se a linguagem adotada em dezembro, e que ocorre após meses de duras críticas por parte do presidente norte-americano, Donald Trump. Ontem, Trump comemorou, pelo Twitter o salto do índice Dow Jones para além dos 25 mil pontos, dizendo que se tratava de uma “tremenda notícia”.

Resta saber, agora, se também haverá boas novas após o segundo dia de reuniões entre autoridades dos EUA e da China sobre o comércio. O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, faz hoje uma nova rodada de reuniões com o representante norte-americano do comércio, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin.

Agenda do dia

Entre os indicadores econômicos dos EUA, serão conhecidos os pedidos semanais de auxílio-desemprego e os dados sobre a renda pessoal e os gastos com consumo em dezembro - todos às 11h30. Também é esperado o índice de atividade na região de Chicago neste mês.

Na Europa, merecem atenção a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no quarto trimestre de 2018 e a taxa de desemprego na região da moeda única, ambos às 8h. Também serão conhecidos dados de atividade e emprego na Alemanha.

Já a agenda doméstica do dia traz como destaque os dados de emprego no Brasil ao final do ano passado (9h). A previsão é de que a taxa de desocupação encerre 2018 no menor nível desde o segundo trimestre de 2016, a 11,4%. Ainda assim, o total de desempregados no país deve seguir ao redor de 12 milhões, com a renda média girando em R$ 2,2 mil.

Depois, às 10h30, sai o resultado primário do setor público consolidado em dezembro e no acumulado de 2018, que devem mostrar a situação delicada dos cofres do governo, com o rombo cada vez maior. Logo cedo, o Bradesco publica o balanço financeiro referente ao quarto trimestre do ano passado.

Previdência é para todos

Mas o foco do mercado financeiro brasileiro segue na reforma da Previdência. Os investidores estão “apostando alto” na votação (e aprovação) das novas regras para a aposentadoria em breve no Congresso. A expectativa é de que a proposta do governo seja colocado em pauta na Câmara antes do fim de fevereiro.

E o projeto de reforma será um só, incluindo os militares, segundo palavras do vice-presidente, Hamilton Mourão. Ele afirmou que a íntegra da proposta, que conta com uma emenda constitucional e um projeto de lei, será enviada ao Legislativo neste semestre. Mas cabe ao presidente Jair Bolsonaro decidir se o envio será simultâneo (ou não).

Também serão incluídos na reforma os servidores estaduais e municipais, afirmou o ministro Paulo Guedes. Já a idade mínima para a aposentadoria deve ser de 57 anos para mulheres e de 62 para homens, como havia antecipado o presidente Jair Bolsonaro, na primeira entrevista após a posse. A dúvida ainda é na transição - se será mais rápida ou demorada.

A notícia tende a alimentar especulações de que a taxa básica de juros pode cair antes do fim de 2019. Afinal, se passar pelo Congresso mudanças “mais duras” na Previdência, o cenário de inflação controlada, câmbio comportado e economia ainda patinando favorece novos cortes na Selic, tornando a renda variável mais atraente em detrimento da renda fixa.

Por ora, trata-se de uma boa carta de intenções. A conferir, então, se a realidade corrobora esse intuito.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RETROSPECTIVA DA B3

Azul (AZUL4) desaba quase 80% em 2024 e recebe coroa de pior ação do Ibovespa; veja o top 10 dos papéis que mais afundaram na bolsa no ano

31 de dezembro de 2024 - 9:08

As incertezas sobre a saúde financeira pesaram sobre a Azul neste ano, mas a aérea não foi a única ação a sofrer perdas expressivas na B3 em 2024; confira o ranking completo

QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VAI NASCER…

Adeus ano velho: aos 120 mil pontos, Ibovespa amarga perda de mais de 10% no pior ano desde 2021; dólar avança quase 30% no desempenho mais forte desde 2020

30 de dezembro de 2024 - 19:03

Lá fora, Nova York fechou o dia em baixa, com destaque negativo para a Boeing após os acidentes; Wall Street ainda opera nesta terça-feira (31) em uma sessão mais curta

BALANÇO DO ANO

Os melhores investimentos de 2024: bitcoin é bicampeão, enquanto lanterna fica com Ibovespa e títulos do Tesouro Direto; veja o ranking

30 de dezembro de 2024 - 18:51

Sem rali de Natal, Ibovespa tomba cerca de 10% no ano e retorna ao patamar dos 120 mil pontos; dólar sobe quase 30% no período, fechando na faixa dos R$ 6,20. Veja o balanço completo dos investimentos em 2024

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Para fechar 2024 e abrir 2025: Ibovespa vai ao último pregão do ano de olho em liberação parcial de emendas de comissão

30 de dezembro de 2024 - 7:54

Ministro Flávio Dino, do STF, liberou execução de parte de emendas parlamentares sob suspeita, mas não sem duras críticas ao Congresso

BOMBOU NO SD

Mega da Virada, B3 no fim do ano, IA de Elon Musk e o erro do Google: veja quais foram as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana

29 de dezembro de 2024 - 17:46

Reportagens sobre a Mega da Virada foram as campeãs de audiência do SD, seguidas da matéria sobre o funcionamento dos mercados nas duas últimas semanas de 2024

TOUROS E URSOS ESPECIAL

Ibovespa, Haddad, Vale (VALE3), Tesouro Direto… o pior do Seu Dinheiro em 2024; veja quem foram os ursos do ano na seleção do SD

28 de dezembro de 2024 - 8:00

O podcast Touros e Ursos elege os destaques negativos do ano nas categorias Urso Financeiro, Urso Corporativo e Urso Personalidade; confira

DESTAQUES DA BOLSA

Brava Energia (BRAV3): os dois motivos por trás da disparada de 10% das ações na reta final do ano na B3

27 de dezembro de 2024 - 16:34

Em mais um pregão sofrível na B3, as ações da Brava (BRAV3) são destaque e registram a maior alta do Ibovespa

NAS ALTURAS

Morning Star, que forneceu dados errados sobre dólar para o Google, admite problemas na coleta da cotação 

27 de dezembro de 2024 - 13:52

No último dia 25, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Banco Central (BC) esclarecimentos sobre a cotação do dólar no Google

MERCADOS HOJE

Baixa liquidez faz Ibovespa recuar, mas dólar sobe com desemprego nas mínimas históricas e apesar da inflação menor; entenda

27 de dezembro de 2024 - 11:45

Com a agenda do exterior relativamente mais esvaziada, os investidores se voltam para a bateria de dados publicados na manhã de hoje aqui no Brasil

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As melhores criptomoedas de 2024 no último sextou do ano, queda nas bolsas do exterior com baixa liquidez — e dia cheio para o Ibovespa; confira

27 de dezembro de 2024 - 8:35

Na agenda do dia, os investidores acompanham a divulgação da prévia da inflação, dados da PNAD e os desdobramento do caso das emendas parlamentares

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Emendas parlamentares, remendos de feriado e investimentos na China: bolsas operam com liquidez ainda menor após Natal

26 de dezembro de 2024 - 9:07

Os investidores acompanham o custo político do bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e os novos estímulos à economia chinesa

ERROU!

Google tira cotação do dólar da pesquisa após mostrar resultado errado, mas vai ter que se explicar

26 de dezembro de 2024 - 8:22

Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central sobre o valor do dólar após Google apresentar cotação errada de R$ 6,35

BYE BYE DÓLAR

Dólar em fuga: desvalorização do real causa saída ‘em massa’ de investimentos para os EUA; e o destino dos recursos pode te surpreender

25 de dezembro de 2024 - 12:25

Dos recursos que estão indo para os EUA, mais de 80% estão sendo investidos em títulos superconservadores, basicamente renda fixa de curto prazo, conforme o CEO da Avenue

MILAGRE DE NATAL

Papai Noel trouxe presente mais cedo: bolsas e criptomoedas saltam no pregão da véspera de Natal; veja desempenho dos ativos

24 de dezembro de 2024 - 16:38

Assim, a Tesla, do bilionário Elon Musk, liderou o segmento de tecnologia, com um avanço de 7,36%

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Carta ao Presidente

23 de dezembro de 2024 - 12:24

Presidente, há como arrumar o Brasil ainda no seu mandato e evitar uma grande crise. Mas talvez essa seja sua última chance. Se esperarmos bater no emprego e na inflação para, só então, agir, pode ser tarde demais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no Natal e no Ano-Novo? Confira o funcionamento da bolsa, dos bancos, dos Correios e dos transportes públicos no fim de 2024

23 de dezembro de 2024 - 7:35

O recesso de Natal e Ano-Novo afetará os horários e atendimentos de bancos, Correios, transporte e até da bolsa brasileira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando a ficha cai: Ibovespa reage a pacote fiscal, leilões de dólar e risco de paralisação do governo dos EUA

20 de dezembro de 2024 - 8:07

Pacote fiscal apresentado pelo governo deve encerrar seu trâmite pelo Congresso Nacional ainda nesta sexta-feira

A ÚLTIMA COLETIVA

Disparada do dólar: Campos Neto descarta ‘dominância fiscal’ ao passar bastão para Galípolo, que não vê ataque especulativo contra o real

19 de dezembro de 2024 - 15:26

Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concederam entrevista coletiva conjunta na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação

TOP E BOTTOM PICKS

Dólar a R$ 6,30: Quais são as ações ‘ganhadoras’ e as ‘perdedoras’ com o real fraco em 2025? BTG Pactual responde

19 de dezembro de 2024 - 14:01

Em relatório, banco destaca positivamente as empresas que têm receitas em dólar e custos em reais

MERCADOS

Ação histórica do BC tira dólar dos R$ 6,30: moeda americana recua 2,27% e Ibovespa fecha nos 121 mil pontos após dia de caos nas bolsas

19 de dezembro de 2024 - 12:34

Em Wall Street, bolsas ensaiam recuperação depois do tombo do dia anterior; por lá, BC sinaliza menos cortes de juros em 2025 e Trump faz declaração polêmica

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar