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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Exterior testa otimismo com política em Brasília

Nova onda de aversão ao risco nos mercados internacionais testa otimismo dos negócios locais com melhora no cenário político em Brasília

Olivia Bulla
Olivia Bulla
29 de maio de 2019
5:40 - atualizado às 6:28
Preocupação com o crescimento econômico global provoca fuga para ativos seguros

A percepção de melhora no cenário político em Brasília resgatou a confiança do mercado financeiro na tramitação da agenda de reformas no Congresso, embalando os ativos domésticos. E esse sentimento tende a continuar hoje, mas o alerta no exterior com uma corrida em busca de segurança (fly to quality) pode testar esse otimismo.

Por aqui, o investidor está mais seguro de que os Três Poderes irão caminhar juntos, em direção a um bom final, capaz de ajudar o país na retomada econômica. A aprovação no Senado da redução do número de ministérios representou uma vitória do governo, apesar de o Ministério da Justiça ter perdido o Coaf, que foi transferido para a Pasta da Economia.

Agora, é preciso manter o foco na agenda reformista - que inclui não apenas as novas regras para aposentadoria, mas também mudanças no sistema tributário. O pacto entre os poderes, que deve ser assinado pelos presidentes do Legislativo, Executivo e Judiciário até o início do mês que vem, também deve concentrar esforços em outras frentes.

Resta saber se haverá tempo hábil - e votos necessários - para aprovar a reforma da Previdência na Câmara ainda neste semestre, bem como qual será a economia fiscal a ser gerada em dez anos pelo texto a ser aprovado no Congresso. Essas duas questões - timing e diluição - continuam sendo a principal dúvida dos investidores.

Daí então que fica a dúvida se o movimento visto no início desta semana, que deu continuidade à melhora dos negócios locais observada na semana passada, não seria ainda apenas uma correção dos exageros registrados em meados deste mês, quando o Ibovespa chegou a perder os 90 mil pontos e o dólar superou a barreira de R$ 4,10.

Até porque a recente (re)valorização da Bolsa, do real e a retirada de prêmios da curva de juros foi ditada pelos investidores locais. Os estrangeiros seguem de fora do rali doméstico e só devem aportar recursos maciços no mercado se a potência fiscal da Previdência ficar bem perto do R$ 1,2 trilhão almejado pela equipe econômica de Paulo Guedes.

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Fly to Quality

Até porque, a evolução da guerra comercial entre Estados Unidos e China favorece mais a busca por proteção em ativos seguros, como o dólar e os títulos norte-americanos, do que a exposição ao risco de países emergentes. Ainda mais considerando-se a baixa atratividade dos juros brasileiros, que podem cair ainda mais, estimulando a atividade nacional.

No exterior, ao contrário, a queda no rendimento (yield) dos títulos norte-americanos (Treasuries) reflete mais um movimento de fuga para segurança (fly to quality) do que a necessidade de cortes adicionais nos juros dos EUA. Afinal, é evidente que a economia global está em desaceleração e a guerra comercial tende a acentuar essa trajetória.

A percepção de que o crescimento econômico está cada vez mais frágil se reflete no desempenho dos ativos globais, respingando na expectativa de lucro das empresas e na demanda por matérias-primas. Com isso, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em queda, mantendo o sinal negativo visto ontem na sessão regular.

Essas perdas em Wall Street penalizaram a sessão na Ásia - exceto em Xangai (+0,16%) - e prejudicam também a abertura do pregão na Europa, com a tensão entre Washington e Pequim não dando sinais de esfriamento. Pelo menos, os EUA decidiram não rotular a China como manipulador da moeda nacional, o que trouxe certo alívio, embora o país asiático esteja em uma lista que inclui outras oito nações.

Em outra frente, o governo chinês se prepara para “armar-se” das reservas de terras-raras (metais de difícil extração usados na indústria para a produção de diversos itens) como forma de retaliar os EUA. A China é o maior produtor mundial de terras-raras e fornece cerca de 80% das importações da commodity aos EUA.

Nos demais mercados, o juro projetado pelo título norte-americano de 10 anos (T-note) segue nos menores níveis desde 2017, diante das incertezas com o crescimento econômico no longo prazo. Os bônus soberanos no Japão também estão nas mínimas desde 2016, enquanto o yield do papel neozelandês renovou o piso histórico.

O dólar, por sua vez, se fortalece em relação às moedas rivais e correlacionadas às commodities, enquanto o petróleo tipo WTI se afasta cada vez mais da faixa de US$ 60. Já o ouro e o iene sobem, em mais um sinal de aversão ao risco, diante da baixa expectativa de uma rápida melhora nas perspectivas para o crescimento econômico global.

Agenda econômica segue fraca

A agenda econômica desta quarta-feira segue sem destaques. No Brasil, será conhecido mais um indicador sobre a confiança do empresariado em maio, desta vez, do setor de serviços (8h). Ainda pela manhã, saem o índice de preços ao produtor (9h) e a nota do Banco Central sobre as operações de crédito (10h30) - ambos referentes a abril.

Depois, o BC volta à cena para divulgar os números parciais deste mês sobre a entrada e saída de dólares do Brasil, às 12h30. Já no exterior, o calendário está esvaziado e não prevê a divulgação de indicadores econômicos relevantes no eixo EUA-Europa-Ásia.

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