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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Duelo de gigantes rouba a cena no G20

Guerra comercial entre EUA e China concentra atenção do mercado financeiro global, que espera algum progresso nas negociações ou nenhuma escalada da tensão

Olivia Bulla
Olivia Bulla
28 de junho de 2019
5:44 - atualizado às 6:16
Na disputa entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping, Federal Reserve também é um dos jogadores

O mês de junho chega ao fim com o mercado financeiro querendo saber o que esperar para a segunda metade de 2019. Já que a definição sobre a reforma da Previdência na Câmara ficou adiada para o próximo trimestre, que começa na semana que vem, a expectativa dos investidores recai, agora, em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Os negócios globais devem optar pela cautela, já que o encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping acontece amanhã à tarde (11h30 no horário de Brasília) e os investidores só vão repercutir o desfecho na próxima segunda-feira. Em geral, os mercados estão esperando algum progresso nas negociações ou nenhuma escalada da tensão.

Mas o sentimento em torno do G20 alterna altos e baixos. Ora prevalece um otimismo cauteloso, com apostas de que Trump e Xi devem alcançar um acordo no Japão e encerrar a disputa tarifária. Ou, no mínimo, terem um encontro produtivo. Ora se sobrepõe um pessimismo moderado, com a lembrança de que a guerra vai além da questão do comércio.

Como já dito aqui, o conflito entre as duas maiores economias do mundo está longe de ser apenas sobre a troca de bens e serviços e os saldos da balança comercial. Recentemente, a Trade War ganhou contornos de uma Tech War, em uma briga de gigantes pela hegemonia da tecnologia 5G, com a Huawei no centro da disputa.

Temas como influência geopolítica, hegemonia global e soberania nacional também se misturam ao duelo. Os EUA sabem que estão enfrentando um grande rival estratégico, ao passo que os chineses têm consciência do preço que se paga quando se fica de joelhos para potências estrangeiras.

Ainda mais diante de um líder tão volúvel quanto Trump. Parte do receio de Pequim em negociar com Washington é que, uma vez acertado o acordo, o presidente norte-americano mude de ideia e desfaça qualquer compromisso ou faça novas exigências para garantir os termos alcançados. Por isso, a retirada das tarifas já existentes é condição sine qua non.

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Jogador influente

Porém, há outra maneira de se ver esse batalha. Afinal, um dos jogadores é o Federal Reserve, que já se mostrou pronto para agir, caso os riscos ao crescimento econômico dos EUA aumentem, por causa da guerra comercial. E se o Fed decidir contra-atacar, a disputa será entre os investidores pelos ativos mais arriscados - e de maior retorno.

Assim, mesmo se as negociações fracassarem - ou forem retomadas em um ritmo mais lento - a esperada ação coordenada dos principais bancos centrais globais, formando uma onda de afrouxamento global, pode ser construtiva para os mercados no segundo semestre, reduzindo o impacto da desaceleração econômica.

Com isso, o investidor chega com um pé atrás antes do encontro entre Trump e Xi em Osaka, durante a cúpula do G20. À espera do próximo capítulo da guerra comercial, as principais bolsas asiáticas encerraram em queda, com as perdas lideradas por Xangai (-0,60%). As praças europeias não têm uma direção firme, enquanto Nova York sobe.

Ainda assim, no último dia de negociação do mês e do trimestre, as ações globais acumulam valorização expressiva. Nos demais mercados, o rendimento (yield) dos títulos norte-americanos de 10 anos (T-note) estão levemente acima de 2%, ao passo que o dólar perde terreno para as moedas rivais. Já o petróleo recua, enquanto o ouro avança.

Previdência adiada

Outra queda de braço que o mercado financeiro acompanha está em Brasília. Os investidores receberam mal a notícia de que a leitura do novo relatório da reforma da Previdência ficou para a semana que vem, adiando a votação na comissão especial e colocando em xeque a aprovação na Câmara antes do recesso parlamentar.

Contudo, os principais atores da negociação entre governo e Congresso atuaram para manter as expectativas elevadas, acenando com a possibilidade de apreciação da matéria antes do dia 18 de julho. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, além do ministro da Economia, Paulo Guedes, pareciam agir em conjunto.

Ainda existe resistência dentro do Centrão e também por parte dos governadores sobre pontos delicados da proposta. Mas a data limite de negociação para tentar chegar a um denominador comum é a próxima terça-feira, quando deve, então, ser lido o voto complementar do relator, Samuel Moreira, com ajustes no parecer.

A ideia, segundo Maia, é resolver a etapa da reforma na comissão especial da Câmara na semana que vem, abrindo caminho para a votação da matéria, em dois turnos, no plenário da Casa na semana seguinte. Com isso, os deputados passariam as duas últimas semanas de trabalho debatendo (e votando) a proposta de novas regras para aposentadoria.

Mais um dia de agenda cheia

A agenda econômica mantém a tônica dos últimos dias e segue carregada nesta sexta-feira. No Brasil, destaque para a taxa de desemprego (9h), que deve registrar a segunda queda consecutiva, mas seguir acima de 12% no dado atualizado até maio, com mais de 13 milhões de pessoas desocupadas.

Antes, sai o índice de confiança do empresário no setor de serviços em junho (8h) e, depois, é a vez dos dados do Banco Central sobre as contas públicas. Já nos EUA, merecem atenção os dados sobre a renda pessoal e os gastos com consumo em maio (9h30), além da leitura final deste mês da confiança do consumidor norte-americano (11h).

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