🔴 DE 14 A 16 DE JANEIRO: ONDE INVESTIR EM 2025 INSCREVA-SE GRATUITAMENTE

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

Mercado entre estatais e BCs

Mercado fez a festa com notícia “requentada” sobre privatização de empresas estatais, mas agora aguarda ata do BCE e discurso em Jackson Hole

Olivia Bulla
Olivia Bulla
22 de agosto de 2019
5:39 - atualizado às 6:15
Investidores locais lideraram ordens de compra na ação da Petrobras ontem

O mercado financeiro brasileiro se aproveitou ontem de uma notícia “requentada”, sobre privatização de empresas estatais, para suplantar em um só dia toda a oscilação acumulada pelo Ibovespa nos últimos quatros pregões. A festa na renda variável mostra a carência dos investidores por “boas novas”, em meio ao cenário recente de indefinição e volatilidade.

Mas a lista de 17 empresas a serem privatizadas contemplava, na verdade, apenas nove estatais, sendo que sete delas já constavam no programa de privatizações do governo Temer. Não houve, portanto, nenhuma surpresa. E nem a afirmação de que a Petrobras será vendida até o fim do governo Bolsonaro empolgou os investidores estrangeiros.

As ordens de compra das ações preferenciais e ordinárias da estatal petrolífera foram dominadas por instituições locais, sendo que no ranking de volume líquido das corretoras, os “gringos” estavam nas duas pontas, com alguma força no lado vendedor. Quem liderou as compras foi o BTG Pactual, tanto no giro total quanto na Petrobras.

Os investidores sabem que a meta do governo Bolsonaro de impulsionar a economia com as privatizações é ambiciosa e pode esbarrar na burocracia, demorando um longo período até conseguir o aval do Congresso e da Suprema Corte (STF) para acontecer. Com isso, o Brasil corre o risco de ter um fraco desempenho econômico por um tempo prolongado.

Afinal, uma das grandes críticas ao governo neste início de mandato foi apostar todas as fichas na reforma da Previdência, o que deixou o país praticamente parado, sem outras medidas de estímulo de curto prazo, aguardando o longo processo de tramitação da proposta na Câmara. Aliás, no Senado, o parecer do relator na CCJ ainda não foi entregue.

Hoje, então, é dia de voltar-se para a agenda econômica e para o cenário externo, que ontem ajudou - e muito - para que a Bolsa brasileira tivesse um pregão de alta. A aparente calmaria no exterior, depois de vários dias de turbulência, foi o suficiente para o Ibovespa subir forte e recuperar o nível dos 100 mil pontos.

Leia Também

Já a reação ao início dos leilões realizados pelo Banco Central nos mercados à vista e futuro de câmbio poderia ter sido melhor.  Tanto que, no fim da sessão de ontem, o dólar seguiu acima de R$ 4,00 pelo quarto dia seguido.

Exterior misto

As principais bolsas europeias iniciaram a sessão sem uma direção firme, alternando altas e baixas, apó um pregão novamente misto na Ásia, onde Hong Kong caiu (-0,8%), mas Tóquio e Xangai oscilaram no positivo, apesar da indústria japonesa seguir em território de contração pelo quarto mês seguido.

Na zona do euro, dados preliminares de atividade em agosto mostram que a indústria na França e na Alemanha alcançaram o maior nível em dois meses, enquanto o setor de serviços alemão caiu à mínima em sete meses, mas o francês subiu à máxima em nove meses. Em reação, o euro oscila em alta, com o dólar mais fraco favorecendo o petróleo.

Já os índices futuros das bolsas de Nova York ensaiam ganhos, um dia após o Federal Reserve não dizer nem que sim nem que não para a continuidade da redução da taxa de juros nos Estados Unidos, mas deixar a porta aberta para mais afrouxamento monetário neste ano, se necessário.

O destaque do dia fica com a ata da reunião de julho do Banco Central Europeu (BCE), logo cedo (8h30). No encontro do mês passado, esperava-se um corte na taxa de juros na zona do euro, mas o presidente da autoridade monetária da zona do euro, Mario Draghi, tratou de jogar um balde de água fria e passar a batata quente para as mãos do Fed.

Divulgada ontem, a ata da reunião do BC dos EUA também no mês passado prometia muito e acabou entregando pouco. O documento mostrou que a maioria dos integrantes viu o corte de 0,25 ponto em julho como um “ajuste de meio de ciclo”, apoiando a queda como uma medida “preventiva” ao crescimento econômico e à inflação no país.

Segundo o Fed o corte nos juros norte-americanos no mês passado - o primeiro desde 2008 - faz parte de uma “reavaliação em curso” da trajetória da política monetária, que teve início no fim do ano passado, quando a taxa estava em alta. Porém, pouco se falou sobre os próximos passos, fazendo nenhuma menção sobre o que será feito.

A expectativa do mercado financeiro era de que o Fed indicasse cortes adicionais, mostrando disposição em aliviar mais a política monetária ainda neste ano. Em vez disso, os integrantes optaram por uma abordagem reunião a reunião, deixando as decisões futuras sobre a taxa de juros para cada um dos três encontros restantes em 2019.

Ainda assim, o Fed citou a guerra comercial e o sentimento de empresários e consumidores como fatores de risco - uma pista de que quer ter flexibilidade na condução da política monetária, de modo a estar pronto para agir, se necessário. Mas não se trata, de fato, de um ciclo de cortes - reforçando a mensagem do presidente Jerome Powell na já famigerada coletiva de imprensa após a decisão de julho.

A ver, então, o que Powell tem a dizer em Jackson Hole. Por mais que o Fed tenha descartado um ciclo agressivo de cortes nos juros, não se sabe, ainda, quantos novas quedas cabem nesse “ajuste”. E o mercado financeiro segue acreditando em um processo de afrouxamento relativamente prolongado, com continuidade já em setembro.

Dia de agenda cheia

A agenda de indicadores econômicos ganha força nesta quinta-feira, no Brasil e no exterior. Por aqui, o destaque fica com a prévia deste mês da inflação oficial ao consumidor. O chamado IPCA-15 deve subir 0,2% em relação a julho, após dois meses seguidos de resultados próximos à estabilidade.

Com isso, a taxa acumulada em 12 meses até agosto deve seguir em níveis confortáveis, ao redor de 3,3% - portanto, abaixo do alvo perseguido pelo Banco Central neste ano, de 4,25%. Os números efetivos serão divulgados às 9h. Antes, às 8h, sai o índice de confiança do consumidor brasileiro neste mês.

Já o calendário norte-americano traz os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos no país (9h30), a leitura preliminar de agosto sobre a atividade na indústria e nos serviços nos EUA (10h45) e o índice de indicadores antecedentes em julho (11h). No mesmo horário, na zona do euro, tem ainda a confiança do consumidor na região em meados deste mês.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
CAMPEÃS DE AUDIÊNCIA

ChatGPT na Mega da Virada, criador do bitcoin mais rico que Elon Musk e dólar a R$ 4: veja quais foram as matérias mais lidas do Seu Dinheiro em 2024

1 de janeiro de 2025 - 17:01

Um ano de curiosidade. Se fôssemos definir 2024 só com base no que os leitores gostaram de consumir aqui no Seu Dinheiro durante os doze meses, essa seria a descrição mais exata. Além de se interessarem por temas econômicos, como o dólar e o Ibovespa, nossos espectadores também quiseram saber os palpites do ChatGPT para […]

PARA SE PROGRAMAR

Vai dar para emendar folgas em 2025? Confira o calendário oficial de feriados do ano

1 de janeiro de 2025 - 9:15

Mesmo com a possibilidade de dar algumas esticadinhas, muitos feriados serão comemorados no fim de semana

AS MAIORES ALTAS DA B3

A melhor ação do Ibovespa em 2024: Embraer (EMBR3) dispara 150% no ano — mas  não é a única exportadora no pódio; veja o top 10 da bolsa brasileira

31 de dezembro de 2024 - 10:12

Mesmo com a “pernada” dos papéis neste ano, a empresa ainda vale cerca de 30% menos do que as maiores concorrentes globais em termos de múltiplos e há quem diga que o céu realmente é o limite para a companhia

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: O Fed estraga o Natal — e três previsões para 2025

30 de dezembro de 2024 - 19:55

O balanço de risco claramente pende mais para más notícias na inflação ao longo de 2025, com o banco central norte-americano jogando a toalha no ciclo de queda de juros

ANDOU…

O compromisso de R$ 11 bilhões da Vale (VALE3): mineradora estabelece as bases para a repactuação das concessões das ferrovias

30 de dezembro de 2024 - 19:38

Os termos da transação resultam no aumento de R$ 1,7 bilhão em provisão referente a concessões ferroviárias, segundo a empresa

QUE TUDO SE REALIZE NO ANO QUE VAI NASCER…

Adeus ano velho: aos 120 mil pontos, Ibovespa amarga perda de mais de 10% no pior ano desde 2021; dólar avança quase 30% no desempenho mais forte desde 2020

30 de dezembro de 2024 - 19:03

Lá fora, Nova York fechou o dia em baixa, com destaque negativo para a Boeing após os acidentes; Wall Street ainda opera nesta terça-feira (31) em uma sessão mais curta

BALANÇO DO ANO

Os melhores investimentos de 2024: bitcoin é bicampeão, enquanto lanterna fica com Ibovespa e títulos do Tesouro Direto; veja o ranking

30 de dezembro de 2024 - 18:51

Sem rali de Natal, Ibovespa tomba cerca de 10% no ano e retorna ao patamar dos 120 mil pontos; dólar sobe quase 30% no período, fechando na faixa dos R$ 6,20. Veja o balanço completo dos investimentos em 2024

NÃO DECOLOU

Ações da Embraer mudam de direção e passam a cair após encomenda de última hora. Ainda vale a pena colocar EMBR3 na carteira?

30 de dezembro de 2024 - 13:14

A companhia disse que um cliente não revelado encomendou seis aeronaves de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano

OS PLANOS DA PETROLEIRA

Petrobras (PETR4) continua ganhando dinheiro mesmo sem reajustar preço dos combustíveis — e mira gigantes brasileiras em nova estratégia de venda, diz CEO

30 de dezembro de 2024 - 9:37

Em entrevista à Band News, a presidente da gigante do petróleo também defendeu outra vez a exploração na Margem Equatorial brasileira e falou sobre a produção de gás natural

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Para fechar 2024 e abrir 2025: Ibovespa vai ao último pregão do ano de olho em liberação parcial de emendas de comissão

30 de dezembro de 2024 - 7:54

Ministro Flávio Dino, do STF, liberou execução de parte de emendas parlamentares sob suspeita, mas não sem duras críticas ao Congresso

BOMBOU NO SD

Mega da Virada, B3 no fim do ano, IA de Elon Musk e o erro do Google: veja quais foram as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana

29 de dezembro de 2024 - 17:46

Reportagens sobre a Mega da Virada foram as campeãs de audiência do SD, seguidas da matéria sobre o funcionamento dos mercados nas duas últimas semanas de 2024

NAS ALTURAS

Morning Star, que forneceu dados errados sobre dólar para o Google, admite problemas na coleta da cotação 

27 de dezembro de 2024 - 13:52

No último dia 25, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Banco Central (BC) esclarecimentos sobre a cotação do dólar no Google

NOVAS FRONTEIRAS

Embraer (EMBR3) chega ao décimo país com o avião militar C-390 após fechar venda de mais duas aeronaves

27 de dezembro de 2024 - 12:14

Novo pedido deve adicionar US$ 240 milhões (aproximadamente R$ 1,5 bilhão no câmbio atual) à carteira de pedidos da Embraer

MERCADOS HOJE

Baixa liquidez faz Ibovespa recuar, mas dólar sobe com desemprego nas mínimas históricas e apesar da inflação menor; entenda

27 de dezembro de 2024 - 11:45

Com a agenda do exterior relativamente mais esvaziada, os investidores se voltam para a bateria de dados publicados na manhã de hoje aqui no Brasil

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As melhores criptomoedas de 2024 no último sextou do ano, queda nas bolsas do exterior com baixa liquidez — e dia cheio para o Ibovespa; confira

27 de dezembro de 2024 - 8:35

Na agenda do dia, os investidores acompanham a divulgação da prévia da inflação, dados da PNAD e os desdobramento do caso das emendas parlamentares

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Emendas parlamentares, remendos de feriado e investimentos na China: bolsas operam com liquidez ainda menor após Natal

26 de dezembro de 2024 - 9:07

Os investidores acompanham o custo político do bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e os novos estímulos à economia chinesa

ERROU!

Google tira cotação do dólar da pesquisa após mostrar resultado errado, mas vai ter que se explicar

26 de dezembro de 2024 - 8:22

Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central sobre o valor do dólar após Google apresentar cotação errada de R$ 6,35

BYE BYE DÓLAR

Dólar em fuga: desvalorização do real causa saída ‘em massa’ de investimentos para os EUA; e o destino dos recursos pode te surpreender

25 de dezembro de 2024 - 12:25

Dos recursos que estão indo para os EUA, mais de 80% estão sendo investidos em títulos superconservadores, basicamente renda fixa de curto prazo, conforme o CEO da Avenue

MILAGRE DE NATAL

Papai Noel trouxe presente mais cedo: bolsas e criptomoedas saltam no pregão da véspera de Natal; veja desempenho dos ativos

24 de dezembro de 2024 - 16:38

Assim, a Tesla, do bilionário Elon Musk, liderou o segmento de tecnologia, com um avanço de 7,36%

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Carta ao Presidente

23 de dezembro de 2024 - 12:24

Presidente, há como arrumar o Brasil ainda no seu mandato e evitar uma grande crise. Mas talvez essa seja sua última chance. Se esperarmos bater no emprego e na inflação para, só então, agir, pode ser tarde demais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar