Mercado aposta em agenda positiva
Votação de medidas na Câmara cria um sentimento positivo em torno do andamento da reforma da Previdência
O mercado financeiro doméstico corrigiu boa parte dos exageros recentes, quando o Ibovespa perdeu o nível dos 90 mil pontos e o dólar superou a marca de R$ 4,10, em um processo técnico de ajuste, apoiado no ambiente externo mais favorável aos ativos de risco. Mas qualquer melhora adicional nos negócios - aqui e lá fora - carece de fatos consistentes.
E é a isso que o investidor está atento. Ontem à noite, foi aprovada a medida provisória (MP) da companhia aérea, que libera 100% da participação de empresas estrangeiras no setor - e a volta do despacho gratuito de bagagem em voos. A medida ainda precisa ser votada hoje no Senado para virar lei.
Agora, a expectativa recai na MP 870, que reestrutura o número de ministérios. Os partidos do Centrão recuaram e decidiram que não vão votar pela recriação das pastas da Integração Nacional e Cidades, mantendo o que o governo desejo. A votação deve acontecer hoje na Câmara. Já a reforma tributária deve avançar na CCJ e ser votada mesmo sem ouvir a posição do governo sobre a pauta.
Essa maior disposição dos deputados em apreciar as medidas de interesse do Executivo criam um sentimento mais positivo também em torno do andamento da reforma da Previdência no Congresso, rumo à aprovação. O prazo para apresentação de emendas à proposta foi estendido até o dia 30, mas permanece a previsão de que o relatório será apresentado em 15 de junho. E a economia fiscal de R$ 1 trilhão em dez anos deve ser preservada no texto.
Exterior mais negativo
Com isso, os mercados domésticos podem tentar dar continuidade à correção técnica vista nos últimos dias, içando um pouco mais o Ibovespa e valorizando o real. Mas o ambiente externo parece não ajudar nessa tentativa de melhora adicional, podendo minar o otimismo local.
Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no vermelho, após uma sessão repleta de cautela na Ásia, com os negócios refletindo a persistente tensão comercial entre Estados Unidos e China. O governo Trump está considerando cortar o fluxo de tecnologia norte-americana às empresas chinesas, ampliando a rede de restrição que vai além da Huawei.
Leia Também
O alvo, agora, seriam as líderes mundiais em vigilância por vídeo. Ao mesmo tempo, porém, cresce o número de empresas dos EUA que entoam o coro pela fim da sobretaxa de importação aos produtos chineses e das restrições aos negóciosgu com o país.
Em reação, Xangai teve perdas moderadas (-0,49%) e Hong Kong leve alta (+0,13%), enquanto Tóquio ficou de lado (+0,05%). Segundo o embaixador chinês nos EUA, Cui Tiankai, “a porta ainda está aberta” para as negociações comerciais entre Washington e Pequim. Mas ele culpou os EUA pelo colapso nas tratativas, dizendo que a Casa Branca “mudou muito de ideia”. Não há, portanto, pressa para retomar as conversas.
Essas idas e vindas de EUA e China na guerra comercial só confirmam a percepção de que a disputa entre as duas maiores economias do mundo está mais para uma relação “perde-perde”, sem vencedores. E isso inibe o apetite por ativos de risco, o que deixa as praças europeias sem um rumo definido. Já o dólar mede forças em relação às moedas rivais e o petróleo cai.
Ata do Fed em destaque
A agenda econômica desta quarta-feira segue com poucos destaques. No Brasil, merece atenção apenas os dados parciais de maio sobre a saída e entrada de dólares do país (12h30), que podem refletir o apetite (ou a falta de) do investidor estrangeiro por aplicar em ativos brasileiros, bem como o impacto do dólar mais caro na balança comercial.
Já no exterior, o destaque fica com a ata da reunião deste mês do Federal Reserve (15h). No encontro, a autoridade monetária frustrou as expectativas de parte do mercado financeiro, que apostava em um tom suave (“dovish”), indicando a possibilidade de um corte de juros na taxa norte-americana ainda neste ano.
Logo cedo, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, discursa. Entre os indicadores econômicos, saem os estoques semanais de petróleo bruto e derivados nos EUA (11h30) e uma série de índice de preços [ao consumidor, ao produtor e de moradias] no Reino Unido em abril.
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias