🔴 ONDE INVESTIR 2025: CONFIRA O PRIMEIRO DIA E OS PAINÉIS DE MACROECONOMIA E RENDA FIXA ASSISTA AGORA

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Previdência e guerra comercial mantêm tensão no mercado

Investidor tem de se acostumar com prolongada guerra comercial e capacidade do governo Bolsonaro de criar problemas para si

Olivia Bulla
Olivia Bulla
20 de maio de 2019
5:38 - atualizado às 6:14
Governo discute texto alternativo da reforma da Previdência e Trump diz que China não irá ultrapassar os EUA -

O mercado financeiro inicia a semana sem saber qual proposta para a reforma da Previdência será levada adiante pelo Congresso nem se haverá um acordo comercial entre Estados Unidos e China. Os dois assuntos continuam, então, ditando o rumo dos ativos de risco e a falta de clareza sobre esses temas tende a manter os investidores na defensiva.

O fim de semana foi de muito vaivém em Brasília sobre um texto alternativo ao do governo para a mudança de regras da aposentadoria, que seria pautado pelo Centrão. De início, falava-se que o presidente Jair Bolsonaro apoiaria a proposta elaborada pelos parlamentares, dando aval ao líder do governo na Câmara para encampar o novo projeto.

Depois, porém, o major Vitor Hugo, avisou ao relator da reforma da Previdência na comissão especial, Samuel Moreira, que não haverá uma nova proposta. O mais provável é que os pontos de mudanças sugeridos pelos deputados não tenham agradado à equipe econômica, desidratando demais o texto e reduzindo a potência da economia fiscal.

Sem um consenso entre Executivo e Legislativo, a tendência é de que a discussão sobre a nova Previdência seja ainda mais demorada, mantendo a pressão nos negócios locais, que apostou alto na aprovação de uma reforma potente ainda neste ano. Com isso, os investidores devem seguir abrigados no dólar e afastados do risco na Bovespa, ao mesmo tempo em que recompõem prêmios na estrutura a termo da curva de juros futuros.

Ao menos, agora, o Banco Central resolveu agir. Um dia após a moeda norte-americana confirmar o rompimento da barreira psicológica de R$ 4,00 e encostar-se à faixa de R$ 4,10, a autoridade monetária informou que realizará de hoje até quarta-feira três leilões de linha (venda de dólar com compromisso de recompra), no total de US$ 3,75 bilhões.

Ameaça de caos

Os investidores estão assustados com a falta de habilidade do governo Bolsonaro em enfrentar as recentes crises políticas e com o tom de campanha do presidente, que prefere partir para o confronto, ao invés de optar pela governabilidade e negociar consensos provisórios. A ausência de diálogo entre os dois poderes é cada vez mais evidente.

Leia Também

Isso tem levado uma ala mais radical de apoio ao presidente a defender a dissolução do Congresso. Um texto compartilhado por Bolsonaro nas redes sociais teria exacerbado os ânimos entre os apoiadores e aumentado a tensão entre a classe política. Na mensagem, o presidente afirma que “o Brasil, fora de conchavos, é ingovernável”, atribuindo os riscos de desgoverno por causa da corrupção generalizada em Brasília, desqualificando o Legislativo.

Muitos, portanto, leram o texto distribuído por Bolsonaro como um aceno à radicalização, para que o presidente assuma o protagonismo na cena política, colocando todas as cartas na ameaça do caos. Essa intenção explica porque o governo não quer que a reforma da Previdência tenha o carimbo do Congresso, levando os louros pela aprovação da matéria.

Mais que isso, a mensagem do presidente foi entendida como uma convocatória para um ato pró-governo previsto para domingo, de modo a medir forças com a oposição nas ruas, após a paralisação nacional contra cortes na educação. “Somente com o apoio de todos vocês poderemos mudar de vez o futuro do nosso Brasil!”, disse Bolsonaro, na rede social.

Com isso, não se sabe as chances reais de votar a reforma da Previdência no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, em julho. Por mais que se diga que há uma boa vontade dos parlamentares em aprová-la, os efeitos da falta de diálogo com o Congresso ainda são desconhecidos. Na prática, nada anda, ainda mais sem o aval do Centrão.

O estilo “franco” de Bolsonaro aumenta a insegurança e o teste de fogo virá da MP da reforma ministerial, que precisa ser aprovada até o início de junho. O Centrão só concorda em diminuir o número de ministérios se o Coaf - o conselho que apontou movimentação atípica na conta do ex-assessor Fabrício Queiroz - ficar fora da alçada do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Guerra prolongada

Já no exterior, o mercado internacional está se acostumando, aos poucos, com a ideia de que a guerra comercial entre EUA e China será longa. Pequim parece cada vez menos interessado em retomar as negociações com Washington, sinalizando que um acordo ficará suspenso até o encontro dos líderes Donald Trump e Xi Jinping no Japão, durante o G-20.

Trump, porém, se diz “muito feliz” com a guerra comercial e afirmou que a economia chinesa não irá superar a norte-americana, tornando-se uma superpotência do mundo, enquanto ele estiver no comando. “A China obviamente não está indo tão bem como nós”, disse, em entrevista à Fox News, indicando que também não está com pressa de voltar a negociar com Pequim.

Em reação, as bolsas chinesas fecharam em queda nesta segunda-feira, na contramão do sinal positivo que prevaleceu na Ásia. Xangai caiu 0,4% e Hong Kong teve queda de 0,6%, refletindo à decisão do Google de revogar a licença da Huawei para uso do sistema operacional Android. A decisão ocorreu após o governo Trump incluir a fabricante na “lista negra”.

Tóquio, por sua vez, subiu 0,2%, após o inesperado crescimento de 2,1% da economia japonesa nos três primeiros meses deste ano, ofuscando as incertezas sobre a economia global. No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta, mas as principais praças europeias iniciaram a sessão sem rumo definido.

Entre as moedas, destaque para o dólar australiano, que avança após a vitória surpreendente do conservador Scott Morrison, que foi reeleito como primeiro-ministro. Na Índia, os ativos também subiram, diante dos sinais de que o primeiro-ministro Narendra Modi deve seguir no poder. Nas commodities, o petróleo avança com a oferta limitada.

Agenda fraca traz poucos destaques

A agenda doméstica desta semana traz como destaque dados sobre a confiança de diferentes agentes econômicos, a partir de amanhã, e a prévia da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15), na sexta-feira. Ao longo da semana, são esperados os números de abril sobre o emprego formal (caged) e a arrecadação federal.

Hoje, saem a segundo prévia de maio do IGP-M (8h) e o relatório de mercado Focus do Banco Central (8h25). A pesquisa junto ao mercado financeiro pode trazer novas revisões de 2019 na estimativa de crescimento da economia (PIB) e sobre o rumo da taxa de juros (Selic), para baixo; e para cima, na previsão do dólar e para a inflação (IPCA).

À noite, merece atenção o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Aliás, o Fed concentra as atenções do exterior nesta semana, tendo como auge a divulgação da ata da reunião de maio, quando não corroborou as expectativas de que o próximo movimento na taxa de juros norte-americana seria de corte.

O documento será publicado na quarta-feira. Um dia antes, saem dados do setor imobiliário norte-americano. Um dia depois, destaque para dados preliminares sobre a atividade nos setores industrial e de serviços nos EUA e na zona do euro, que podem mostrar em maio a continuidade do enfraquecimento da economia observado em abril.

Na União Europeia como um todo, destaque para a eleição do Parlamento europeu, na quinta-feira, da qual o Reino Unido fará parte, apesar da tentativa de separação do bloco comum. Aliás, o prazo final do Brexit está se aproximando e parece que a primeira-ministra britânica, Theresa May, vai sair primeiro. Na China, o calendário da semana está esvaziado.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
GUERRA DOS CHIPS

“Queridinha da IA” sob ameaça? Governo dos EUA lança documento com novas restrições para exportação de chips; Nvidia sobe o tom contra as regras

13 de janeiro de 2025 - 18:36

Regras facilitam o acesso a tecnologia para aliados do governo norte-americano, mas com diferentes níveis de acesso com base em critérios de segurança e confiança

DISPUTA JUDICIAL

Mais uma vitória para os irmãos Batista: Justiça derruba decisão que favorecia o “rei do gás” e valida compra de usinas pela Âmbar

13 de janeiro de 2025 - 12:43

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região validou os contratos de usinas termelétricas da Eletrobras compradas pela Âmbar em meados de 2024 por R$ 4,7 bilhões

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Petz (PETZ3) saltam quase 9% com expectativa renovada de aval do Cade para fusão com a Cobasi

13 de janeiro de 2025 - 11:01

No fim de semana, o noticiário foi dominado por rumores de que a aprovação do Cade para a combinação de negócios das gigantes do mercado pet está próxima de sair do papel

O APETITE VOLTOU

BTG Pactual (BPAC11) pode saltar 40% em 2025 e ainda pagar bons dividendos, diz JP Morgan — mas há outros bancos na mira dos analistas 

13 de janeiro de 2025 - 10:19

BTG e outro gigante do setor bancário são escolhas populares entre os investidores, que hoje preferem ações com rendimentos elevados com proventos ou com menor risco de queda de lucros

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tem certeza que nada presta? Ibovespa tenta recuperação em meio a dados fortes na China, prévia do PIB e inflação nos EUA

13 de janeiro de 2025 - 8:06

Além da agenda de indicadores, mercado já se prepara para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: prévia do PIB no Brasil e Livro Bege nos EUA são destaques da semana

13 de janeiro de 2025 - 7:01

Os investidores ainda acompanham a divulgação do PIB da China e dados de inflação no Reino Unido e EUA

A VISÃO DO GESTOR

Weg (WEGE3): fábrica de bilionários da B3 segue cobiçada pelos tubarões da Faria Lima e é uma das apostas da AZ Quest em ações para 2025

13 de janeiro de 2025 - 6:07

Em entrevista ao Seu Dinheiro, o gestor de renda variável Welliam Wang alertou para ano turbulento na bolsa brasileira — e revela quais ações estão na carteira da gestora

COBROU EXPLICAÇÃO

Vai sobrar para o Zuckerberg? Lula bate na porta do dono da Meta e dá 72 horas para esclarecer dúvidas sobre mudança na política de conteúdo

10 de janeiro de 2025 - 16:37

O governo vê com muita preocupação o anúncio de que a Meta não fará mais controle de conteúdo

AS MAIORES PAGADORAS

Até 52% em dividendos: estas 4 ações ‘desconhecidas’ pagaram mais que a Petrobras (PETR4) em 2024; saiba se elas podem repetir a dose neste ano

10 de janeiro de 2025 - 14:35

Ranking da Quantum Finance destaca empresas que não aparecem tanto no noticiário financeiro; descubra como elas renderam dividendos tão expressivos aos acionistas

OS JUROS VÃO SUBIR?

O tombo das bolsas ao redor do mundo: por que o dado de emprego dos EUA fez as ações caírem, o dólar disparar e o mercado de dívida renovar máxima

10 de janeiro de 2025 - 13:46

Enquanto os investidores se reposicionam sobre o número de corte de juros pelo Fed este ano, já tem bancão dizendo que a autoridade monetária vai olhar para outro lugar

OTIMIZAÇÃO DE PORTFÓLIO

Nos holofotes dos investidores: Brava Energia (BRAV3) avança na estratégia de desinvestimento e anuncia novos interessados nos ativos onshore

10 de janeiro de 2025 - 12:41

Segundo o fato relevante enviado à CVM, a companhia deve analisar as propostas “dentro do seu fluxo de governança corporativa”

METAS CUMPRIDAS

Prometeu e cumpriu: Aura (AURA33) atinge guidance anual e mostra números de produção do 4T24; BDRs sobem 5% na B3

10 de janeiro de 2025 - 11:47

A mineradora canadense superou o guidance anual em duas das quatro minas operacionais; produção do 4T24 manteve-se estável

REAÇÃO AO BALANÇO

Investidores na dieta “low-carb”: Ações da Camil (CAML3) desabam 11% na B3 com balanço magro e derrocada de 69% do lucro líquido

10 de janeiro de 2025 - 11:24

O mau humor acompanha a divulgação de um resultado amargo no terceiro trimestre fiscal de 2024, com queda significativa nos indicadores de lucratividade

SOBREVIVÊNCIA NOS MERCADOS

Não é hora de desistir das ações: Bancão revela cinco empresas que podem tirar vantagem dos tempos incertos na bolsa brasileira

10 de janeiro de 2025 - 9:50

Para o Bradesco BBI, essas companhias têm “alavancas de autoajuda” frequentemente subestimadas que podem ajudá-las a tirar proveito das preocupações macroeconômicas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Anatomia de uma fraude: Ibovespa aguarda IPCA e payroll nos EUA enquanto escândalo da Americanas completa 2 anos

10 de janeiro de 2025 - 8:10

Ibovespa acumula alta de pouco mais de 1% na primeira semana cheia de janeiro, mas resultado final dependerá dos indicadores previstos para hoje

SEXTOU COM O RUY

Feliz 2025? Só para quem tiver paciência para aproveitar excelentes oportunidades na bolsa

10 de janeiro de 2025 - 7:08

O investidor que tem foco no longo prazo entende que estamos em uma janela rara, com ações de muita qualidade negociando por múltiplos baixíssimos

A VIDA DEPOIS DA CRISE

Dois anos da fraude na Americanas (AMER3): queda de 99,5% das ações, retomada do lucro e punições a executivos. O que aconteceu com a varejista e como ficam os acionistas agora?

10 de janeiro de 2025 - 6:12

Foi em 11 de janeiro de 2023 que o mercado se deparou pela primeira vez com as notícias de inconsistências contábeis na varejista. Veja o que mudou desde então

XADREZ GEOPOLÍTICO

Putin vai tirar proveito de Trump? Como a Rússia vê a ameaça de anexação do Canadá, da Groenlândia e do Panamá

9 de janeiro de 2025 - 19:50

Ameaças do republicano sobre anexar a Groenlândia geram reação na Europa, enquanto a Moscou observa de perto e avalia os desdobramentos em benefício próprio

MINÉRIO OU AÇO?

Mineradoras x siderúrgicas: escolha do Bradesco BBI derruba Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) na bolsa — saiba qual é a única ação que o banco recomenda comprar agora

9 de janeiro de 2025 - 14:55

No dia anterior, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou um acordo entre a Gerdau e o Cade

O QUE ESPERAR DO ANO

‘Ter moeda e ativos fortes não é especulação, é legítima defesa’, diz TAG Investimentos; veja as recomendações da gestora para 2025

9 de janeiro de 2025 - 13:02

Em carta mensal, gestora prevê Selic terminal a 17% e forte desaceleração do crescimento econômico brasileiro e diz que as taxas de juros dos Estados Unidos seguirão definindo o destino dos ativos globais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar