Semana movimentada nos mercados
Data-chave é quarta-feira, dia de entrega da Previdência dos militares e de decisões de juros do Fed e do Copom

Mais uma semana repleta de expectativas no mercado financeiro. A data-chave é quarta-feira, dia de entrega da proposta de reforma da Previdência dos militares ao Congresso e de decisão dos bancos centrais do Brasil (Copom) e dos Estados Unidos (Fed). Até lá, os investidores devem apenas monitorar o cenário, à espera de novidades.
Lá fora, o mercado financeiro segue em busca de sinais de progresso nas negociações entre Estados Unidos e China. Mas o encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping para assinar um acordo deve ser adiado para junho, em meio à demora para solucionar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
As preocupações com o conflito têm sido o principal vetor da desaceleração econômica global e a falta de detalhes pode despertar ansiedade entre os investidores. Hoje, porém, as bolsas asiáticas fecharam em alta. Xangai subiu quase 2,5% e Hong Kong avançou 1,3%, após Pequim aprovar uma lei que desobriga empresas estrangeiras a compartilhar tecnologia para fazer negócios no país.
No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York também estão no positivo, ensaiando um continuidade do tom que prevaleceu na semana passada, quando o índice S&P 500 registrou o melhor desempenho desde novembro. As principais bolsas europeias caminham para uma abertura no azul.
Nos demais mercados, o dólar mede forças em relação às moedas rivais, perdendo terreno para as de países desenvolvidos, como o euro e o iene, e também para algumas relacionadas às commodities, como o dólar australiano. Entre as commodities, o petróleo recua, em meio a relatos de uma reunião entre os principais países produtores.
Logo ali
Esse sinal positivo vindo do exterior tende a favorecer o apetite por risco no mercado doméstico, fortalecendo o real e impulsionando a Bolsa brasileira, principalmente se houver o ingresso de recursos estrangeiros. Enquanto o dólar pode tentar furar a barreira de R$ 3,80, os negócios com ações têm uma história particular.
Leia Também
Será que o Ibovespa irá alcançar a marca inédita dos 100 mil pontos e ultrapassar essa barreira psicológica hoje? Na última sexta-feira, o índice cravou nova pontuação recorde, fechando acima dos 99 mil pontos pela primeira vez e ficando apenas uns 900 pontos abaixo do feito histórico.
O empurrãozinho que falta para a Bolsa pode até vir do exterior, mas tudo vai depender de como for o andamento da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados nesta semana. Após os ruídos ao final da semana passada, é grande a expectativa pela proposta de mudança nas regras para aposentadoria dos militares, na quarta-feira.
Os investidores mostraram-se preocupados com os rumores de que o texto entregue à equipe econômica incluiria uma reestruturação da categoria, com aumento dos benefícios, o que representaria um custo extra de R$ 10 bilhões em uma década. Mas evitaram tirar conclusões precipitadas, pois o que vale mesmo é a versão que irá chegar ao Congresso.
Aliás, relatos na imprensa deram novos fatos sobre a proposta, afirmando que a reforma dos militares não será mais branca que a de civis. O projeto de lei prevê aumento escalonado da idade-limite para a reserva remunerada e desconto da pensão até o limite de 10,5%. Haverá também atualização sobre os dependentes dos não civis.
Se for assim, o projeto dos militares para a Previdência será capaz de destravar os trabalhos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), abrindo espaço para a votação das novas regras para aposentadoria dos setores públicos e privado na primeira semana de abril. Mas, se for mais brando, a proposta pode complicar a tramitação no Congresso.
Quarto Poder
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ofereceu um churrasco aos chefes dos Três Poderes no sábado, na residência oficial. Durante o almoço, estavam reunidos os presidentes Jair Bolsonaro; Dias Toffoli, da Corte Suprema (STF); e Davi Alcolumbre (Senado), além de 15 ministros de Estado - Paulo Guedes (Economia) não estava presente.
Maia pediu um “pacto” e afirmou que era preciso melhorar o diálogo entre os Poderes, serenando os ânimos e transmitindo harmonia, de modo que “todos governem juntos”. Segundo ele, essa relação ajudará na aprovação das reformas, sendo que a da Previdência deve ser votada já em maio na Câmara.
A sensação entre os presentes é de que o Bolsonaro embarca “reforçado” para os EUA, na primeira viagem oficial do presidente a um país, acompanhado de Guedes e Sergio Moro (Justiça). Ele se reúne amanhã com Trump e devem assinar acordos em várias áreas. O evento é um dos destaques da semana.
Decisão de BCs em destaque
As decisões dos bancos centrais do Brasil e dos EUA, ambas na quarta-feira, são os destaques da agenda econômica desta semana. De um lado, o mercado espera pistas do novo presidente do BC local, Roberto Campos Neto, sobre como será a condução da taxa Selic durante a nova gestão.
Obviamente, não se espera mudança no rumo do juro básico, que completa um ano no piso histórico de 6,50% neste mês. Da mesma forma, o Federal Reserve deve manter os juros norte-americanos no intervalo entre 2,25% e 2,50%, reiterando a “paciência” no processo de aperto monetário. Com isso, a previsão de mais duas altas neste ano deve cair para uma.
Aliás, o relatório de mercado Focus pode trazer alguma revisão para baixo na estimativa para a Selic até o fim deste ano. Após os dados fracos de atividade - principalmente na indústria - crescem as apostas de que a taxa básica brasileira pode renovar mínimas em 2019. Ainda assim, a previsão para o crescimento da economia (PIB) também deve cair.
O documento será divulgado às 8h25, juntamente com o índice de atividade econômica (IBC-Br) do Banco Central (8h30). Os números de janeiro devem reforçar esse cenário, de que a economia brasileira iniciou o ano abaixo do ritmo do ano passado. Ao longo da semana, o calendário de indicadores domésticos perde força.
Já no exterior, além do Fed, também merece atenção a decisão de juros na Inglaterra, na quinta-feira. O BC inglês (BoE) deve seguir o viés recente mais suave (dovish) por parte dos principais bancos centrais globais, ainda mais em meio às incertezas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
A agenda de indicadores também está fraca lá fora, trazendo apenas como destaque dados preliminares sobre a indústria e o setor de serviços nos EUA e na zona do euro, na sexta-feira, que devem reforçar a atividade global mais fraca. Ainda na região da moeda única, serão conhecidos amanhã números deste mês sobre o sentimento econômico.
Como declarar opções de ações no imposto de renda 2025
O jeito de declarar opções é bem parecido com o de declarar ações em diversos pontos; as diferenças maiores recaem na forma de calcular o custo de aquisição e os ganhos e prejuízos
Sobrevivendo a Trump: gestores estão mais otimistas com a Brasil e enxergam Ibovespa em 140 mil pontos no fim do ano
Em pesquisa realizada pelo BTG, gestores aparecem mais animados com o país, mesmo em cenário “perde-perde” com guerra comercial
Dólar volta a recuar com guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas ainda é possível buscar lucros com a moeda americana; veja como
Uma oportunidade ‘garimpada’ pela EQI Investimentos pode ser caminho para diversificar o patrimônio em meio ao cenário desafiador e buscar lucros de até dólar +10% ao ano
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como declarar ETF no imposto de renda 2025, seja de ações, criptomoedas ou renda fixa
Os fundos de índice, conhecidos como ETFs, têm cotas negociadas em bolsa, e podem ser de renda fixa ou renda variável. Veja como informá-los na declaração em cada caso
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
EUA aprovam bolsa de valores focada em sustentabilidade, que pode começar a operar em 2026
A Green Impact Exchange pretende operar em um mercado estimado em US$ 35 trilhões
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos