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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Mercado atento aos bastidores do poder

Governo declara confiança irrestrita em Moro; Câmara tenta avançar com projetos, mas oposição promete obstruir a pauta e STF pode julgar pedido de liberdade de Lula

Olivia Bulla
Olivia Bulla
11 de junho de 2019
5:49 - atualizado às 9:22
Mercado doméstico deve elevar a cautela, ficando descolado do exterior

O vazamento de mensagens envolvendo o então juiz federal Sergio Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, pode ser apenas o início de um ruído político com potencial para causar maiores estragos em Brasília. Ou não. Mas enquanto a situação não for esclarecida, o mercado doméstico deve ter cautela, ficando descolado do exterior.

Afinal, as conversas vazadas desviam a atenção dos parlamentares, que já falam em abrir uma CPI, atrasando votações importantes no Congresso, como a do crédito extra, que o governo Bolsonaro queria ver aprovado hoje. A comissão mista de orçamento (CMO) tenta votar o projeto de lei pela manhã (11h), mas a oposição promete obstruir a pauta.

Até que seja feito algo de concreto a respeito do agora ministro da Justiça, nenhum projeto em tramitação na Câmara deve ser votado. O projeto que autoriza o governo a descumprir a “regra de ouro” para não incorrer em crime de responsabilidade precisa ser aprovado até dia 15. Um dia antes, uma greve geral convocada, mesmo sem forças de mobilização, tem novos motivos para o “Lula Livre”.

Aliás, a Segunda Turma da Corte Suprema (STF) recebeu de volta o pedido de habeas corpus do ex-presidente, que havia sido apresentado pelos advogados de defesa em 2018 e que estava nas mãos de Gilmar Mendes, após pedir vistas. Com isso, o pedido de liberdade de Lula fica liberado para julgamento. O colegiado realiza sessão extraordinária na manhã desta terça-feira, a partir das 9h30, e pode debater o caso.

Por ora, o placar está 2 a 0 contra a liberdade de Lula, após votos do relator Edson Fachin e da ministra Cármen Lúcia. Além de Mendes, faltam os votos dos ministros Celso de Mello e Ricardo
Lewandowski. A primeira Turma do STF também realiza sessão extraordinária, que começa mais cedo, às 9h, sob o comando do ministro Luiz Fux.

Os Três Poderes

Na Câmara, o adiamento para quinta-feira da apresentação do parecer da reforma da Previdência na comissão especial trouxe incômodo, diante do receio de diluição do texto original em pontos cruciais, como a regra de transição. Hoje, a presença de governadores em Brasília logo cedo (8h) deve elevar a pressão sobre o conteúdo do documento, diante do apoio da maioria pela participação de estados e municípios na proposta. O maior desafio será convencer os deputados a entregarem os votos.

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Já no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse confiar “irrestritamente” no ministro Moro. Os dois devem se reunir hoje para discutir o conteúdo de mensagens relacionadas à Operação Lava Jato e reveladas pelo site do jornalista Glenn Greenwald, famoso por informar sobre documentos divulgados por Edward Snowden.

Todo esses bastidores nos Três Poderes tendem a esquentar o clima político, sob risco de uma nova crise, após um período de calmaria, com o Executivo em paz com o Legislativo e o Judiciário. O conteúdo que vem sendo vazado pelo The Intercept, a conta-gotas, acarretou em perda de foco nas esferas, podendo turvar o ambiente em Brasília.

Com isso, a Bolsa brasileira, o dólar e os juros futuros resgataram a cautela ontem, em uma sessão marcada por pouca movimentação e baixo volume de negócios. Até que tudo seja esclarecido, a cena política deve continuar mexendo com os preços dos ativos locais, com os investidores começando a se perguntar se nos níveis atuais não é melhor ser mais conservador.

Exterior segue positivo

Ainda assim, o mercado doméstico pode ensaiar uma tentativa de melhora, apoiada no ambiente externo, que segue no positivo hoje. As principais bolsas asiáticas encerram a sessão em alta, com os ganhos liderados por Xangai (+2,6%), apesar das renovadas ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, contra a China.

Segundo ele, as tarifas de importação aos produtos chineses serão elevadas para 25% “ou muito mais” se o líder chinês, Xi Jinping, não comparecer à reunião do G20. Não há indicações de que Xi esteja planejando não ir ao Japão no fim deste mês e os dois devem se encontrar lá. Para Trump, uma nova rodada de taxação pode levar Pequim a um acordo.

Wall Street confia no estilo durão do chefe da Casa Branca, o que sustenta os índices futuros das bolsas de Nova York no azul. As principais bolsas europeias também abriram em alta, com os ganhos liderados pelas ações de mineradoras e montadoras. Nos demais mercados, o dólar avança e o petróleo também.

Agenda sem destaque

A agenda econômica desta terça-feira está repleta de divulgações, porém, sem grandes destaques. No Brasil, saem a primeira prévia deste mês do IGP-M (8h) e os dados atualizados sobre a safra agrícola (9h).

Já no exterior, logo cedo, será conhecido o índice de confiança na zona do euro e, no fim do dia, a China anuncia os números da inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) em maio. Durante a manhã, sai o PPI dos EUA no mês passado (9h30).

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