Mercado tenta resgatar otimismo
Novo leilão do pré-sal hoje e acordo entre EUA e China para retirar sobretaxas em fases podem resgatar confiança dos investidores
Um novo leilão do pré-sal hoje e a anuência entre Estados Unidos e China para retirar as tarifas sobre produtos em fases podem resgatar a confiança do mercado financeiro, que ficou abalada ontem. A decepção com o megaleilão da cessão onerosa e a frustração com um possível adiamento do acordo comercial de primeira fase para dezembro provocou um ajuste nos ativos de risco, içando o dólar para perto de R$ 4,10.
Hoje, porém, o sinal positivo volta a prevalecer em Wall Street, com os índices futuros das bolsas de Nova York exibindo alta firme, após relatos do porta-voz do Ministério do Comércio chinês, de que China e EUA concordaram em retirar as tarifas de forma proporcional, em fases. O primeiro alívio virá assim que for assinado o acordo parcial, nas próximas semanas.
As declarações ainda não foram confirmadas por Washington, mas serviram de alento para o pregão na Ásia. Xangai encerrou estável, enquanto Tóquio oscilou em alta (+0,1%) e Hong Kong subiu 0,4%. Já o yuan chinês se fortaleceu pelo terceiro dia seguido, sendo cotado abaixo de 7 yuans por dólar pela primeira vez desde a escalada da tensão comercial em agosto. As bolsas europeias também indicam uma abertura no azul. O petróleo avança, enquanto os ativos seguros, como o iene, o ouro e as Treasuries, caem.
Os investidores ainda aguardam uma definição do lugar onde o acordo será assinado, sendo que alguma cidade na Europa parece mais provável, especialmente Londres. O presidente chinês, Xi Jinping, não quer aproveitar a vinda ao Brasil na semana que vem, para o encontro de cúpula dos Brics, e esticar a viagem até os EUA para selar o acordo em solo americano.
Desde o início das negociações, Pequim mantém uma posição firme, defendendo a remoção das tarifas existentes contra produtos chineses, em uma medida que seria adotada simultaneamente e na mesma proporção, de modo a derrubar as barreiras comerciais. Isso significa que a ameaça dos EUA de novas sobretaxas, prevista para dezembro, também deve ser retirada. Para Xi, “ainda é cedo” para a assinar um acordo, caso não haja consenso sobre essa pauta.
Novo leilão do pré-sal
Essa tentativa de recuperação nos mercados internacionais, apoiada em sinais de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, pode embalar os negócios locais, um dia após o dólar ultrapassar a marca de R$ 4,00 e encerrar a sessão colado à faixa de R$ 4,10.
Leia Também
A falta de interesse de empresas estrangeiras pelas áreas disputadas ontem frustrou a expectativa de entrada de recursos externos, desvalorizando o real. Hoje, porém, um novo leilão de exploração de petróleo da camada pré-sal dará mais uma chance para conferir o apetite dos estrangeiros pelos ativos nacionais. Ao todo, 17 empresas se inscreveram.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) oferta mais cinco blocos exploratórios do pré-sal que, juntas, podem render aos cofres do governo quase R$ 8 bilhões somente em bônus de assinatura. A Petrobras tem direito de ser operadora em três dos cinco blocos a serem ofertados, mesmo que outra empresa ou consórcio arremate tais áreas na licitação.
Ontem, as ações da estatal petrolífera também foram castigadas, penalizando o desempenho do Ibovespa, enquanto a curva de juros futuros recompôs prêmio de risco, diante da preocupação com o endividamento da companhia e com o rombo nas contas públicas. Afinal, o total arrecadado no megaleilão (R$ 70 bilhões) ficou abaixo do esperado (R$ 106 bilhões).
A ver, então, como será a nova licitação hoje.
Inflação no Brasil e BoE em destaque
Dados sobre a inflação no Brasil em outubro estão em destaque na agenda doméstica hoje. Logo cedo (8h), sai o IGP-DI, que deve subir pelo segundo mês consecutivo, após ter interrompido dois meses seguidos de resultados negativos. Já o IPCA deve apagar a deflação vista em setembro e, ainda assim, registrar taxa próxima a zero pela sexta vez.
Além disso, o resultado acumulado em 12 meses pelo índice oficial de preços ao consumidor brasileiro deve ficar abaixo do piso de tolerância do Banco Central, de 2,75%, registrando uma taxa de 2,5%. O alvo perseguido pelo BC para o ano é de 4,25%, aceitando um intervalo de oscilação de 1,5 ponto percentual, para baixo ou para cima.
Os dados efetivos do IPCA serão conhecidos às 9h e devem calibrar as expectativas quanto ao fim do ciclo de queda da Selic até o início de 2020. No mesmo horário, saem os custos da construção civil e o INPC, utilizado no reajuste de salário de várias categorias, ambos referentes ao mês passado. Na safra de balanços, serão conhecidos os resultados trimestrais de várias construtoras, além de Banco do Brasil e B3, antes da abertura.
Já no exterior, o destaque fica com a reunião de política monetária do Banco Central da Inglaterra, às 9h. Será o primeiro anúncio de decisão do BoE desde o novo adiamento do Brexit, agora para o fim de janeiro de 2020. Nos EUA, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego (10h30) e os dados sobre o crédito ao consumidor em setembro (17h).
Mais uma vitória para os irmãos Batista: Justiça derruba decisão que favorecia o “rei do gás” e valida compra de usinas pela Âmbar
O presidente do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região validou os contratos de usinas termelétricas da Eletrobras compradas pela Âmbar em meados de 2024 por R$ 4,7 bilhões
Ações da Petz (PETZ3) saltam quase 9% com expectativa renovada de aval do Cade para fusão com a Cobasi
No fim de semana, o noticiário foi dominado por rumores de que a aprovação do Cade para a combinação de negócios das gigantes do mercado pet está próxima de sair do papel
BTG Pactual (BPAC11) pode saltar 40% em 2025 e ainda pagar bons dividendos, diz JP Morgan — mas há outros bancos na mira dos analistas
BTG e outro gigante do setor bancário são escolhas populares entre os investidores, que hoje preferem ações com rendimentos elevados com proventos ou com menor risco de queda de lucros
Tem certeza que nada presta? Ibovespa tenta recuperação em meio a dados fortes na China, prévia do PIB e inflação nos EUA
Além da agenda de indicadores, mercado já se prepara para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos
Agenda econômica: prévia do PIB no Brasil e Livro Bege nos EUA são destaques da semana
Os investidores ainda acompanham a divulgação do PIB da China e dados de inflação no Reino Unido e EUA
Weg (WEGE3): fábrica de bilionários da B3 segue cobiçada pelos tubarões da Faria Lima e é uma das apostas da AZ Quest em ações para 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o gestor de renda variável Welliam Wang alertou para ano turbulento na bolsa brasileira — e revela quais ações estão na carteira da gestora
Até 52% em dividendos: estas 4 ações ‘desconhecidas’ pagaram mais que a Petrobras (PETR4) em 2024; saiba se elas podem repetir a dose neste ano
Ranking da Quantum Finance destaca empresas que não aparecem tanto no noticiário financeiro; descubra como elas renderam dividendos tão expressivos aos acionistas
O tombo das bolsas ao redor do mundo: por que o dado de emprego dos EUA fez as ações caírem, o dólar disparar e o mercado de dívida renovar máxima
Enquanto os investidores se reposicionam sobre o número de corte de juros pelo Fed este ano, já tem bancão dizendo que a autoridade monetária vai olhar para outro lugar
Nos holofotes dos investidores: Brava Energia (BRAV3) avança na estratégia de desinvestimento e anuncia novos interessados nos ativos onshore
Segundo o fato relevante enviado à CVM, a companhia deve analisar as propostas “dentro do seu fluxo de governança corporativa”
Prometeu e cumpriu: Aura (AURA33) atinge guidance anual e mostra números de produção do 4T24; BDRs sobem 5% na B3
A mineradora canadense superou o guidance anual em duas das quatro minas operacionais; produção do 4T24 manteve-se estável
Investidores na dieta “low-carb”: Ações da Camil (CAML3) desabam 11% na B3 com balanço magro e derrocada de 69% do lucro líquido
O mau humor acompanha a divulgação de um resultado amargo no terceiro trimestre fiscal de 2024, com queda significativa nos indicadores de lucratividade
Não é hora de desistir das ações: Bancão revela cinco empresas que podem tirar vantagem dos tempos incertos na bolsa brasileira
Para o Bradesco BBI, essas companhias têm “alavancas de autoajuda” frequentemente subestimadas que podem ajudá-las a tirar proveito das preocupações macroeconômicas
Anatomia de uma fraude: Ibovespa aguarda IPCA e payroll nos EUA enquanto escândalo da Americanas completa 2 anos
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 1% na primeira semana cheia de janeiro, mas resultado final dependerá dos indicadores previstos para hoje
Feliz 2025? Só para quem tiver paciência para aproveitar excelentes oportunidades na bolsa
O investidor que tem foco no longo prazo entende que estamos em uma janela rara, com ações de muita qualidade negociando por múltiplos baixíssimos
Dois anos da fraude na Americanas (AMER3): queda de 99,5% das ações, retomada do lucro e punições a executivos. O que aconteceu com a varejista e como ficam os acionistas agora?
Foi em 11 de janeiro de 2023 que o mercado se deparou pela primeira vez com as notícias de inconsistências contábeis na varejista. Veja o que mudou desde então
Mineradoras x siderúrgicas: escolha do Bradesco BBI derruba Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) na bolsa — saiba qual é a única ação que o banco recomenda comprar agora
No dia anterior, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou um acordo entre a Gerdau e o Cade
‘Ter moeda e ativos fortes não é especulação, é legítima defesa’, diz TAG Investimentos; veja as recomendações da gestora para 2025
Em carta mensal, gestora prevê Selic terminal a 17% e forte desaceleração do crescimento econômico brasileiro e diz que as taxas de juros dos Estados Unidos seguirão definindo o destino dos ativos globais
Fundo imobiliário HCTR11 decide distribuir dividendos e cotas disparam mais de 20% na bolsa hoje; confira os valores e datas
O FII HCTR11 havia anunciado que não seriam distribuídos dividendos referentes ao mês de dezembro, mas, após a gestora ir na direção oposta, o fundo voltou atrás
Após quase dois anos sem pagar proventos, TORD11 anuncia distribuição de dividendos; cotas sobem quase 7% na bolsa hoje
O último pagamento de dividendos realizado pelo FII TORD11 ocorreu em fevereiro de 2023; cotas do fundo vêm patinando na bolsa desde outubro
Vai ficar só na ameaça? Ibovespa busca recuperação, mas feriado em Wall Street drena liquidez
Ibovespa tenta reaver a marca dos 120 mil pontos enquanto EUA se fecham em luto para o funeral de Jimmy Carter