🔴 ATÉ R$ 12 MIL POR MÊS COM A VARIAÇÃO DO CÂMBIO CONHEÇA A FERRAMENTA

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Semana chega ao fim com agenda cheia

Dados de inflação no Brasil e sobre o emprego nos Estados Unidos devem calibrar as chances de corte nas taxas de juros por parte do Copom e do Fed

Olivia Bulla
Olivia Bulla
7 de junho de 2019
5:37 - atualizado às 6:19
Decisão do STF de liberar venda de subsidiárias animou Petrobras ontem

Os principais indicadores econômicos da semana ficaram para essa sexta-feira. Dados de inflação no Brasil e sobre o emprego nos Estados Unidos concentram as atenções do dia no mercado financeiro, mas a decisão de ontem da Suprema Corte (STF) de liberar a venda de subsidiárias de empresas estatais ainda deve agitar o pregão da Bolsa brasileira.

Já na reta final da sessão de quinta-feira, os investidores perceberam que o STF derrubaria a liminar do juiz Edson Fachin, que suspendia a venda da TAG, induzindo uma escalada nas ações da Petrobras. Hoje, porém, o foco se ajusta aos números do IPCA e do payroll, a serem conhecidos logo cedo, que devem calibrar as chances de corte nas taxas de juros brasileira e norte-americana, em meio ao clamor dos investidores por estímulos adicionais à economia.

Por aqui, os resultados de maio do IGP-DI e do IPCA devem mostrar forte desaceleração. No caso do índice oficial de preços ao consumidor, espera-se uma taxa mensal ao redor de 0,20%, na menor leitura para o mês em mais de 10 anos, enquanto a taxa acumulada em 12 meses do indicador mais abrangente deve cair dois níveis, saindo de 8% e indo para abaixo de 7%.

Mal vão ter digerindo os dados efetivos, que saem às 8h e às 9h, respectivamente, os investidores já se voltam para o relatório oficial sobre o emprego nos EUA. Após a decepção com a criação de apenas 27 mil vagas no setor privado norte-americano em maio, segundo a ADP, a previsão para o chamado payroll, de abertura de 185 mil postos de trabalho no mês passado, pode estar superestimada.

Afinal, os números devem mostrar uma piora nas condições do mercado de trabalho nos EUA, com uma redução nas contratações. Com isso, a taxa de desemprego deve oscilar em alta, passando de 3,6% para 3,7%, com as vagas ofertadas sendo menor que o total de pessoas desocupadas à procura de emprego. Já o ganho médio por hora deve manter o ritmo e subir 0,3% ante abril.

Os resultados oficiais serão conhecidos às 9h30. Se confirmados, o comportamento do emprego nos EUA tende a refletir a perda de tração da atividade real, com o crescimento econômico norte-americano caminhando para a faixa de 1,5% no segundo trimestre deste ano, após avançar mais de 3% nos três primeiros meses de 2019.

Leia Também

A agenda econômica norte-americana traz ainda os estoques no atacado (11h) e os dados sobre o crédito ao consumidor (16h), ambos referentes ao mês de abril.

Data dependent

Diante dos cenários de desaceleração econômica nos EUA e de inflação ainda comportada no Brasil, tanto o IPCA quanto o payroll devem pavimentar o terreno para o Federal Reserve e o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciarem um processo de afrouxamento monetário. A curva a termo doméstica já contrata ao menos uma queda de 0,25 ponto na taxa básica de juros.

Porém, muitas instituições financeiras já preveem até três cortes na taxa básica até dezembro, se a reforma da Previdência for aprovada. No relatório de mercado do Banco Central, contudo, a previsão para o juro brasileiro segue estável em 6,50% há 17 semanas. No caso do Fed, a projeção também são de três quedas nos Fed Funds no curto prazo, até o início de 2020.

Daí, então que fica a pergunta: os bancos centrais serão capazes de sustentar os mercados? A recente recuperação dos ativos de risco global está intimamente ligada à expectativa de corte de juros pelo Fed, com os investidores vendo na fala de dirigentes do BC dos EUA um tom suave (“dovish”), inclinado para tal movimento. No caso do Copom, a postura tem sido mais conservadora (“hawkish”), mostrando cautela.

Ao que tudo indica, os próprios dirigentes dos BCs têm dúvida quanto ao poder dos estímulos monetários adicionais à economia real. Com isso, enquanto no caso do Fed o que deve definir os próximos passos são os dados econômicos, em um ambiente desafiador por causa da guerra comercial, o Copom está atento ao avanço da agenda de reformas.

Aliás, a tendência é de que a proposta de novas regras para aposentadoria a ser apresentada na comissão especial mantenha os estados e municípios no texto, após o pedido de 25 dos 27 governadores pela manutenção de servidores dessas esferas na reforma da Previdência. Trata-se de um dos pontos de maior controvérsia, que parece ter sido endereçado, abrindo espaço para a apresentação do parecer na semana que vem.

Exterior segue no positivo

Os mercados internacionais mantêm o sinal positivo nesta manhã, mantendo a expectativa de acordo entre EUA e México na questão da imigração ilegal, após comentários mais brandos ontem do presidente norte-americano, Donald Trump. A possibilidade de adiar o aumento de tarifas sobre produtos mexicanos, que deveria iniciar na segunda-feira, sustentou a sessão na Ásia, enquanto a decisão sobre a China fica para depois do G-20.

Xangai e Hong Kong não funcionaram, devido a um feriado no país. Já o yuan chinês se enfraqueceu em relação ao dólar, após o presidente do BC da China (PBoC), Yi Gang, afirmar que existe um “espaço enorme” para ajustar a política monetária, se a disputa tarifária com os EUA se aprofundar.

Nas demais praças da região, que inclui o Pacífico, Tóquio subiu 0,5%, enquanto Sydney avançou quase 1%. No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York seguem no terreno positivo, o que embala a abertura do pregão europeu, neste dia em que Theresa May deixa a liderança do Partido Conservador.

Ela, porém, permanece no cargo de primeira-ministra do Reino Unido, até que um sucessor seja eleito. As eleições no país devem ocorrer na segunda quinzena de julho e conta, por ora, com 11 políticos na disputa. Nas moedas, a libra esterlina tem leves altas em relação ao dólar, ao passo que o euro tem leves baixas, com a moeda norte-americana à espera dos dados do payroll. Entre as commodities, o petróleo segue em recuperação e avança.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Carta ao Presidente

23 de dezembro de 2024 - 12:24

Presidente, há como arrumar o Brasil ainda no seu mandato e evitar uma grande crise. Mas talvez essa seja sua última chance. Se esperarmos bater no emprego e na inflação para, só então, agir, pode ser tarde demais

VOLTOU ATRÁS

Petrobras (PETR4) rescinde contrato para venda de campos após Brava (BRAV3) descumprir condição do negócio

23 de dezembro de 2024 - 9:05

Petrobras havia fechado a cessão dos campos em águas profundas no pós-sal da Bacia de Santos no fim do ano passado

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no Natal e no Ano-Novo? Confira o funcionamento da bolsa, dos bancos, dos Correios e dos transportes públicos no fim de 2024

23 de dezembro de 2024 - 7:35

O recesso de Natal e Ano-Novo afetará os horários e atendimentos de bancos, Correios, transporte e até da bolsa brasileira

ANOTE NO CALENDÁRIO

IPCA-15 e dados do Caged são destaques da agenda econômica do Natal

23 de dezembro de 2024 - 6:45

Apesar da paralisação dos mercados durante o Natal, a agenda econômica desta semana contará ainda com a publicação do PIB do Reino Unido e ata da reunião de política monetária do Japão

RETA FINAL

Você tem até o dia 30 de dezembro para reduzir seu imposto de renda ou aumentar sua restituição em 2025; veja como

23 de dezembro de 2024 - 6:02

Está terminando o prazo para contribuir para um PGBL e abater os aportes já na declaração de imposto de renda 2025

RETORNO AO ACIONISTA

Ficou barata? Simpar (SIMH3) lança programa de recompra após ações perderem 65% do valor na B3

20 de dezembro de 2024 - 10:43

A companhia pretende adquirir até 35,72 milhões de papéis, equivalente a 15% do total de ações SIMH3 atualmente em circulação no mercado

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando a ficha cai: Ibovespa reage a pacote fiscal, leilões de dólar e risco de paralisação do governo dos EUA

20 de dezembro de 2024 - 8:07

Pacote fiscal apresentado pelo governo deve encerrar seu trâmite pelo Congresso Nacional ainda nesta sexta-feira

SEXTOU COM O RUY

A bolsa está caindo, mas este sinal me deixa bem mais confiante para o longo prazo

20 de dezembro de 2024 - 7:54

Não é hora de vender suas ações, mesmo que elas estejam sangrando. Mas também não é para comprar qualquer porcaria.

A ÚLTIMA COLETIVA

Disparada do dólar: Campos Neto descarta ‘dominância fiscal’ ao passar bastão para Galípolo, que não vê ataque especulativo contra o real

19 de dezembro de 2024 - 15:26

Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concederam entrevista coletiva conjunta na apresentação do Relatório Trimestral de Inflação

TOP E BOTTOM PICKS

Dólar a R$ 6,30: Quais são as ações ‘ganhadoras’ e as ‘perdedoras’ com o real fraco em 2025? BTG Pactual responde

19 de dezembro de 2024 - 14:01

Em relatório, banco destaca positivamente as empresas que têm receitas em dólar e custos em reais

PANELA DE PRESSÃO?

O preço da ambição de Rubens Ometto: como os juros altos podem pesar sobre as finanças da Cosan (CSAN3) em 2025

19 de dezembro de 2024 - 13:49

As ações do conglomerado já perderam mais de 55% do valor desde janeiro, garantindo posição de destaque entre as empresas do Ibovespa com pior desempenho em 2024

MERCADOS

Ação histórica do BC tira dólar dos R$ 6,30: moeda americana recua 2,27% e Ibovespa fecha nos 121 mil pontos após dia de caos nas bolsas

19 de dezembro de 2024 - 12:34

Em Wall Street, bolsas ensaiam recuperação depois do tombo do dia anterior; por lá, BC sinaliza menos cortes de juros em 2025 e Trump faz declaração polêmica

EM PLENA EXPANSÃO

Mais investimentos no Oriente Médio: Weg (WEGE3) anuncia construção de nova fábrica na Turquia por 28 milhões de euros

19 de dezembro de 2024 - 11:13

O anúncio do novo empreendimento vem poucos meses depois da compra da fabricante turca de motores elétricos Volt Eletric Motors

RECOMPRA DE AÇÕES

Ação da Cury ficou barata? Por que a construtora quer tirar 10% dos papéis CURY3 de circulação na bolsa 

19 de dezembro de 2024 - 9:23

Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cury a aprovar um programa de recompras robusto como esse; entenda o que está por trás da decisão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um quarto sem janela: Ibovespa busca recuperação de banho de sangue de olho no PIB dos EUA e no RTI

19 de dezembro de 2024 - 8:16

Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concedem entrevista coletiva conjunta depois da apresentação do Relatório Trimestral de Inflação

WEDNESDAY BLOODY WEDNESDAY

O banho de sangue do Fed nas bolsas: dólar a R$ 6,27, Ibovespa abaixo dos 121 mil pontos e Dow Jones na pior sequência em 50 anos

18 de dezembro de 2024 - 18:33

O banco central norte-americano cortou os juros como o mercado esperava, mas foram as projeções e o que Jerome Powell disse depois que azedaram o humor dos investidores aqui e lá fora

BOLSA BARATA ATÉ QUANDO?

O investidor gringo não vai salvar a bolsa brasileira: 2025 será um ano longo para quem investe em ações na B3, segundo o BTG

18 de dezembro de 2024 - 16:55

Atualmente existe uma alocação em bolsa muito baixa em relação à média histórica e valuations descontados na B3 — mas o banco não vê gatilhos de alta mesmo assim; entenda

A ÚLTIMA DECISÃO DO FED DE 2024

Ainda estou aqui: o recado do maior banco central do mundo sobre os juros antes da chegada de Trump e que derrubou as bolsas e fez o dólar disparar

18 de dezembro de 2024 - 16:12

O Federal Reserve cortou os juros em 25 pontos-base como indicavam as apostas do mercado e dá um spoiler do que pode acontecer a partir de 2025, quando o governo norte-americano será comandado pelo republicano

MOEDA EM DISPARADA

O céu é o limite para o dólar: Banco Central despeja US$ 12,7 bilhões no mercado em 4 dias. Por que a moeda americana não baixa? 

18 de dezembro de 2024 - 15:55

A sazonalidade de dezembro, somada com uma tentativa de escapar de uma possível taxação, ajudaram a sustentar o câmbio elevado — mas essa não é a única explicação

CÂMBIO

Dólar a R$ 6,26: o choque de credibilidade que faz a moeda americana disparar por aqui, segundo o Itaú

18 de dezembro de 2024 - 15:20

A política monetária norte-americana e o retorno de Donald Trump à Casa Branca explicam parte da valorização do dólar no mundo, mas há muito mais por trás desse movimento

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar