Mercado renova otimismo sobre acordo comercial
Investidor monitora negociações entre EUA e China e possibilidade de remoção de aumento tarifário previsto para o dia 15
O otimismo renovado do mercado financeiro em relação a um acordo comercial entre Estados Unidos e China ainda sustenta um sinal positivo entre os ativos de risco no exterior. Os investidores monitoram as negociações em torno da fase um e a possibilidade de remoção de um aumento tarifário programado contra produtos chineses no próximo dia 15.
Essa perspectiva, combinada com as estimativas de maior crescimento econômico do Brasil neste e no próximo ano, embalou a Bolsa brasileira ontem, levando o Ibovespa a atingir um novo topo histórico, ultrapassando os 110 mil pontos. O dólar, por sua vez, seguiu na faixa de R$ 4,20, em meio à maior saída de recursos estrangeiros do país desde 1982.
Mas, a cada dia, surge uma informação divergente quanto ao progresso (ou não) nas tratativas entre as duas maiores economias do mundo. Ainda assim, os mercados internacionais avançam com rumores de um acordo cujo entorno só piora, diante da escalada da tensão envolvendo as regiões autônomas chinesas de Hong Kong e Xin Jiang.
Nesta manhã, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta, após uma sessão de ganhos na Ásia, depois de relatos ontem de que as negociações comerciais prosseguem e que as declarações recentes do presidente dos EUA, Donald Trump, não deve ser entendidas como um indicativo de que as negociações estão paralisadas.
Um dia antes, Trump havia afirmado não ter pressa em assinar um acordo e que seria melhor esperar até depois das eleições presidenciais norte-americanas, em novembro de 2020, para fazer um acordo com a China. Para os mercados, tal retórica está alinhada à estratégia de pressionar o rival, antes de conseguir o máximo desejado.
Por isso, os investidores renovam o apetite por ativos de risco hoje, confiantes de que a fase um do acordo comercial será concluída antes que as tarifas dos EUA contra US$ 160 bilhões de produtos chineses aumentem, daqui a dez dias. Se isso acontecer, o rali de fim de ano estará garantido, garantindo um ambiente estável para os mercados.
Leia Também
Agenda calibra apostas
A agenda econômica desta quinta-feira faz uma pausa no Brasil, após a série de dados relevantes no início desta semana, e traz apenas os números da Anfavea sobre a indústria automotiva em novembro (11h20). Os números tendem a lançar luz sobre o desempenho do setor industrial no mês passado, após o crescimento da produção pelo terceiro mês.
O cenário de recuperação da atividade combinado com a visão de manutenção da inflação baixa e sob controle mantém a expectativa de corte dos juros básicos pelo Banco Central na próxima semana. A dúvida é em relação aos próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa Selic em 2020.
Já no exterior, os indicadores econômicos dividem a cena com eventos de relevo, como a reunião de dois dias dos países produtores de petróleo (Opep) e o discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. À espera do anúncio de novos cortes na produção, o petróleo tem leves baixas, apesar do dólar mais fraco ante as moedas rivais nesta manhã.
Entre os indicadores, logo cedo, saem a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no terceiro trimestre deste ano e as vendas do varejo na região da moeda única em outubro. Nos EUA, serão conhecidos os dados de outubro da balança comercial (10h30) e das encomendas às fábricas (12h), além dos números semanais de seguro-desemprego (10h30) e sobre os estoques de petróleo e derivados (12h30).
O preço da ambição de Rubens Ometto: como os juros altos podem pesar sobre as finanças da Cosan (CSAN3) em 2025
As ações do conglomerado já perderam mais de 55% do valor desde janeiro, garantindo posição de destaque entre as empresas do Ibovespa com pior desempenho em 2024
Ação histórica do BC tira dólar dos R$ 6,30: moeda americana recua 2,27% e Ibovespa fecha nos 121 mil pontos após dia de caos nas bolsas
Em Wall Street, bolsas ensaiam recuperação depois do tombo do dia anterior; por lá, BC sinaliza menos cortes de juros em 2025 e Trump faz declaração polêmica
Mais investimentos no Oriente Médio: Weg (WEGE3) anuncia construção de nova fábrica na Turquia por 28 milhões de euros
O anúncio do novo empreendimento vem poucos meses depois da compra da fabricante turca de motores elétricos Volt Eletric Motors
Ação da Cury ficou barata? Por que a construtora quer tirar 10% dos papéis CURY3 de circulação na bolsa
Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cury a aprovar um programa de recompras robusto como esse; entenda o que está por trás da decisão
Um quarto sem janela: Ibovespa busca recuperação de banho de sangue de olho no PIB dos EUA e no RTI
Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo concedem entrevista coletiva conjunta depois da apresentação do Relatório Trimestral de Inflação
O banho de sangue do Fed nas bolsas: dólar a R$ 6,27, Ibovespa abaixo dos 121 mil pontos e Dow Jones na pior sequência em 50 anos
O banco central norte-americano cortou os juros como o mercado esperava, mas foram as projeções e o que Jerome Powell disse depois que azedaram o humor dos investidores aqui e lá fora
O investidor gringo não vai salvar a bolsa brasileira: 2025 será um ano longo para quem investe em ações na B3, segundo o BTG
Atualmente existe uma alocação em bolsa muito baixa em relação à média histórica e valuations descontados na B3 — mas o banco não vê gatilhos de alta mesmo assim; entenda
Ainda estou aqui: o recado do maior banco central do mundo sobre os juros antes da chegada de Trump e que derrubou as bolsas e fez o dólar disparar
O Federal Reserve cortou os juros em 25 pontos-base como indicavam as apostas do mercado e dá um spoiler do que pode acontecer a partir de 2025, quando o governo norte-americano será comandado pelo republicano
O céu é o limite para o dólar: Banco Central despeja US$ 12,7 bilhões no mercado em 4 dias. Por que a moeda americana não baixa?
A sazonalidade de dezembro, somada com uma tentativa de escapar de uma possível taxação, ajudaram a sustentar o câmbio elevado — mas essa não é a única explicação
Dólar a R$ 6,26: o choque de credibilidade que faz a moeda americana disparar por aqui, segundo o Itaú
A política monetária norte-americana e o retorno de Donald Trump à Casa Branca explicam parte da valorização do dólar no mundo, mas há muito mais por trás desse movimento
Melnick (MELK3) fecha parceria para atuar em projeto com apartamentos de mais de R$ 100 milhões no litoral de Santa Catarina
Empresa já está negociando outras parcerias no estado; Projeto Tempo, da incorporadora Müze, quer levar o Hotel Emiliano para a costa catarinense
Azul (AZUL4) lança ofertas de troca de dívida com credores, mas ações caem na B3 hoje; saiba o que esperar da aérea daqui para frente
A conclusão desta etapa da renegociação de débitos com os credores pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem
Uruguai mantém a decisão de barrar a aquisição de unidades da Marfrig (MRFG3) pela Minerva (BEEF3); e agora?
As autoridades do país já tinham sinalizado que não autorizariam a compra em maio deste ano; decisão é mantida
Problema para o ano que vem? Agrogalaxy (AGXY3) adia mais uma vez a divulgação dos resultados do 3T24; veja nova data
Empresa do agronegócio atribui o atraso ao processo de recuperação judicial
Nem tudo está perdido na bolsa: Ibovespa monitora andamento da pauta econômica em Brasília enquanto o resto do mercado aguarda o Fed
Depois de aprovar a reforma tributária, Congresso dá andamento ao trâmite do pacote fiscal apresentado pelo governo
As Quatro Estações da economia: com “primavera” nos EUA e “outono” no Brasil, Kinea projeta oportunidades e riscos para o mercado em 2025
Em nova carta aos investidores, gestora ainda vê “inverno” para a China e Europa e destaca os ativos e setores que podem ser mais promissores ou desafiadores
Onde investir na bolsa com a Selic a caminho dos 14%? As ações que se salvam e as que perdem com os juros altos em 2025
Para participantes do mercado, uma “espiral negativa” pode prevalecer sobre a B3 no curto prazo — mas existem potenciais vencedoras diante de um cenário mais avesso ao risco no Brasil
Feliz ano velho? BTG revela as ações favoritas para investir mesmo com cenário mais difícil para a bolsa brasileira em 2025
Relatório do banco mostra quais são as top picks em diferentes setores da economia — e de quais papéis os investidores devem ficar longe no próximo ano
O que aconteceu em Nova York hoje? Dow Jones tem a pior sequência de perdas em quase 50 anos
Por aqui, o Ibovespa sobreviveu à montanha-russa do câmbio e à pressão dos juros e terminou o dia em alta
Todo mundo quer Tesouro Direto: por que as negociações dos prefixados e do Tesouro IPCA+ foram paralisadas de novo hoje
Ao todo, foram duas suspensões de operações envolvendo títulos prefixados e indexados à inflação em um único dia, uma entre 13h e 14h45 e outra por volta das 15h30