Mercado concentra radar no exterior
Sinais de progresso na guerra comercial e expectativa pelos dados de emprego nos EUA ditam rumo dos negócios
A semana chega ao fim com o radar do mercado financeiro concentrado no exterior, em meio aos sinais de progresso na guerra comercial e antes dos dados de emprego nos Estados Unidos. Passado o mal-estar na política em Brasília, os investidores seguem confiantes de que o governo Bolsonaro irá consolidar uma base aliada no Congresso para aprovar a reforma da Previdência, o que abre espaço para monitorar o ambiente externo.
O presidente chinês, Xi Jinping, disse, em uma mensagem entregue ao presidente norte-americano, Donald Trump, que “novos progressos substanciais” foram feitos nos termos para um acordo econômico-comercial entre Estados Unidos e China. Na mensagem entregue pelo vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, a Trump, durante reunião na Casa Branca, Xi encorajou os dois lados a concluir a negociação o mais rápido possível.
Para o presidente chinês, a situação atual permite um desenvolvimento saudável e estável de ambos os países, resolvendo as questões de interesse, igualdade e benefício mútuos. Trump agradeceu a Xi e pediu a Liu que transmitisse calorosas saudações, dizendo que o relacionamento sino-americano está em um “alto nível” e que ele espera mais esforços para resolver as questões remanescentes para alcançar um acordo abrangente.
Segundo Trump, ainda há um “caminho a percorrer, mas não muito longe”. “Se tivermos um acordo, então teremos uma cúpula”, disse. O mercado financeiro aguarda, então, ansiosamente pelo encontro entre os líderes das duas maiores economias do mundo de modo a selar o fim da guerra comercial, o que irá beneficiar a atividade global.
A expectativa é de que um “algo monumental” seja assinado em questão de semanas, mas ainda não se sabe quão bom será esse acordo. Há um pequeno risco de que o desfecho da negociação entre EUA e China abra espaço para uma realização de lucros no mercado financeiro. Mas, por ora, é o otimismo quanto ao fim da disputa que embala os negócios.
Nos mercados
O sinal positivo prevalece entre os índices futuros das bolsas de Nova York, após uma sessão esvaziada na Ásia, devido a um feriado na China. As principais praças europeias também avançam, reagindo ao crescimento acima do esperado da produção industrial alemã, em +0,7% em fevereiro, ante previsão de +0,5% e estabilidade em janeiro.
Leia Também
Contudo, o pedido da primeira-ministra britânica, Theresa May, para adiar a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) para 30 de junho mantém uma incerteza no radar. Em carta endereçada ao presidente do conselho europeu, Donald Tusk, May pede para que o Brexit ocorra ao final deste semestre - e não em 12 de abril ou 22 de maio.
Em reação, o euro e a libra esterlina tentam manter os ganhos em relação ao dólar, ao passo que a moeda norte-americana perde terreno para as divisas de países emergentes e correlacionadas às commodities, à espera do payroll. Já o petróleo tipo WTI tenta se sustentar acima da faixa de US$ 60 o barril, enquanto os metais básicos recuam.
A expectativa é de criação de 175 mil vagas nos EUA em março, com a taxa de desemprego ficando estável em 3,8%. Se confirmados, os números do mês passado devem mostrar uma sólida recuperação do mercado de trabalho norte-americano, após a abertura fraca de 20 mil postos em fevereiro. Já o ganho médio por hora deve manter o ritmo de 3%.
O resultado oficial será divulgado às 9h30. Trata-se do grande destaque da agenda econômica desta sexta-feira, que conta ainda com os dados sobre o crédito ao consumidor norte-americano em fevereiro (16h). No Brasil, o calendário está esvaziado de divulgações, mas merece atenção um encontro de políticos e empresários em Campos do Jordão (SP).
A bola é sua
A ausência de um catalisador por aqui abre espaço para os investidores digerirem o noticiário político recente e lançar luz sobre os próximos passos na tramitação da proposta de novas regras para aposentadoria no Congresso. Os últimos dias foram marcados por altos e baixos entre Executivo e Legislativo, evidenciando a falta de articulação política.
Mas a reunião do presidente Jair Bolsonaro com presidentes de partidos ontem resgatou a confiança de que o governo terá apoio das siglas que estejam dispostas em votar em temas de interesse comum. Para tanto, serão formados dois conselhos políticos, que irá intensificar o diálogo. Na linha de frente, estará o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil).
Por sua vez, o ministro Paulo Guedes (Economia) deve ser preservado. Após ter sido exposto de forma desnecessária - sem blindagem de aliados e atacado pela oposição - durante audiência na primeira comissão da Câmara que analisa a reforma da Previdência (CCJ), ficou claro que Guedes é o fiador da proposta, mas não o articulador político.
Resta saber como se dará a articulação dessa “nova política”. Se Bolsonaro reitera que não irá ceder à prática do “toma-lá-dá-cá”, resta saber como será possível garantir os votos necessários para aprovar a proposta em duas comissões e no plenário da Câmara, em dois turnos. Talvez seja preciso mais do que “uma causa que representa o futuro” do país...
ChatGPT na Mega da Virada, criador do bitcoin mais rico que Elon Musk e dólar a R$ 4: veja quais foram as matérias mais lidas do Seu Dinheiro em 2024
Um ano de curiosidade. Se fôssemos definir 2024 só com base no que os leitores gostaram de consumir aqui no Seu Dinheiro durante os doze meses, essa seria a descrição mais exata. Além de se interessarem por temas econômicos, como o dólar e o Ibovespa, nossos espectadores também quiseram saber os palpites do ChatGPT para […]
A melhor ação do Ibovespa em 2024: Embraer (EMBR3) dispara 150% no ano — mas não é a única exportadora no pódio; veja o top 10 da bolsa brasileira
Mesmo com a “pernada” dos papéis neste ano, a empresa ainda vale cerca de 30% menos do que as maiores concorrentes globais em termos de múltiplos e há quem diga que o céu realmente é o limite para a companhia
Azul (AZUL4) desaba quase 80% em 2024 e recebe coroa de pior ação do Ibovespa; veja o top 10 dos papéis que mais afundaram na bolsa no ano
As incertezas sobre a saúde financeira pesaram sobre a Azul neste ano, mas a aérea não foi a única ação a sofrer perdas expressivas na B3 em 2024; confira o ranking completo
Tony Volpon: O Fed estraga o Natal — e três previsões para 2025
O balanço de risco claramente pende mais para más notícias na inflação ao longo de 2025, com o banco central norte-americano jogando a toalha no ciclo de queda de juros
Adeus ano velho: aos 120 mil pontos, Ibovespa amarga perda de mais de 10% no pior ano desde 2021; dólar avança quase 30% no desempenho mais forte desde 2020
Lá fora, Nova York fechou o dia em baixa, com destaque negativo para a Boeing após os acidentes; Wall Street ainda opera nesta terça-feira (31) em uma sessão mais curta
Os melhores investimentos de 2024: bitcoin é bicampeão, enquanto lanterna fica com Ibovespa e títulos do Tesouro Direto; veja o ranking
Sem rali de Natal, Ibovespa tomba cerca de 10% no ano e retorna ao patamar dos 120 mil pontos; dólar sobe quase 30% no período, fechando na faixa dos R$ 6,20. Veja o balanço completo dos investimentos em 2024
Ações da Boeing pesam em Nova York na esteira de acidente aéreo na Coreia do Sul
Após contribuir para uma abertura em queda da Nyse hoje, os papéis da companhia caem mais de 2%; no ano, o desempenho dos ativos é negativo em 30%
Ações da Embraer mudam de direção e passam a cair após encomenda de última hora. Ainda vale a pena colocar EMBR3 na carteira?
A companhia disse que um cliente não revelado encomendou seis aeronaves de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano
Para fechar 2024 e abrir 2025: Ibovespa vai ao último pregão do ano de olho em liberação parcial de emendas de comissão
Ministro Flávio Dino, do STF, liberou execução de parte de emendas parlamentares sob suspeita, mas não sem duras críticas ao Congresso
Mega da Virada, B3 no fim do ano, IA de Elon Musk e o erro do Google: veja quais foram as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Reportagens sobre a Mega da Virada foram as campeãs de audiência do SD, seguidas da matéria sobre o funcionamento dos mercados nas duas últimas semanas de 2024
Ibovespa, Haddad, Vale (VALE3), Tesouro Direto… o pior do Seu Dinheiro em 2024; veja quem foram os ursos do ano na seleção do SD
O podcast Touros e Ursos elege os destaques negativos do ano nas categorias Urso Financeiro, Urso Corporativo e Urso Personalidade; confira
Brava Energia (BRAV3): os dois motivos por trás da disparada de 10% das ações na reta final do ano na B3
Em mais um pregão sofrível na B3, as ações da Brava (BRAV3) são destaque e registram a maior alta do Ibovespa
China coloca frigoríficos brasileiros sob pressão com investigação sobre carne bovina e ações caem forte na B3; Marfrig (MRFG3) está entre as maiores quedas
BRF (BRFS3), JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3) chegaram a liderar perdas no Ibovespa em meio às incertezas sobre o futuro das exportações para o maior consumidor de carne do mundo
Morning Star, que forneceu dados errados sobre dólar para o Google, admite problemas na coleta da cotação
No último dia 25, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Banco Central (BC) esclarecimentos sobre a cotação do dólar no Google
Baixa liquidez faz Ibovespa recuar, mas dólar sobe com desemprego nas mínimas históricas e apesar da inflação menor; entenda
Com a agenda do exterior relativamente mais esvaziada, os investidores se voltam para a bateria de dados publicados na manhã de hoje aqui no Brasil
As melhores criptomoedas de 2024 no último sextou do ano, queda nas bolsas do exterior com baixa liquidez — e dia cheio para o Ibovespa; confira
Na agenda do dia, os investidores acompanham a divulgação da prévia da inflação, dados da PNAD e os desdobramento do caso das emendas parlamentares
IRB Re (IRBR3) salta mais de 11% e lidera as altas do Ibovespa hoje; o que está por trás da disparada das ações?
Com perspectivas de recuperação e dividendos potenciais, IRB Re é um dos destaques da bolsa nesta quinta-feira (26)
Emendas parlamentares, remendos de feriado e investimentos na China: bolsas operam com liquidez ainda menor após Natal
Os investidores acompanham o custo político do bloqueio de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares e os novos estímulos à economia chinesa
Google tira cotação do dólar da pesquisa após mostrar resultado errado, mas vai ter que se explicar
Advocacia Geral da União (AGU) pedirá informações ao Banco Central sobre o valor do dólar após Google apresentar cotação errada de R$ 6,35
Dólar em fuga: desvalorização do real causa saída ‘em massa’ de investimentos para os EUA; e o destino dos recursos pode te surpreender
Dos recursos que estão indo para os EUA, mais de 80% estão sendo investidos em títulos superconservadores, basicamente renda fixa de curto prazo, conforme o CEO da Avenue