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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

Mercado desloca foco para reforma

Desempenho ontem dos ativos brasileiros foi explicado pelo alívio global, mas foco do mercado doméstico segue concentrado na reforma da Previdência

Olivia Bulla
Olivia Bulla
2 de abril de 2019
5:31 - atualizado às 11:12
Enquanto isso, o crescimento econômico é a principal preocupação dos mercados lá fora -

O desempenho do mercado brasileiro ontem foi explicado pelo alívio global, após dados melhores que o esperado sobre a indústria chinesa, e quase nada relacionado à situação interna. Hoje, porém, o foco dos ativos domésticos se volta ao noticiário sobre a reforma da Previdência, enquanto lá fora o crescimento econômico é a principal preocupação dos investidores, o que inibe uma continuidade do rali na véspera.

A notícia de que os partidos na Câmara dos Deputados já preparam emendas para alterar o texto sobre as novas regras para aposentadoria pode incomodar os negócios locais. Afinal, a desidratação da proposta original estaria apenas começando e é quase consenso entre os parlamentares de que as mudanças previstas para a aposentadoria rural e no benefício pago a idosos e pessoas com deficiência serão suprimidas.

Outras alterações, como a mudança do percentual de contribuição patronal na capitalização, a idade mínima para aposentadoria das mulheres aos 60 anos e o tempo de contribuição de professores de 30 anos, também estão sendo ventiladas. O próprio partido do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, também prepara mudanças, assim como o PSDB. Mais radical, o PDT estuda apresentar um texto substitutivo à reforma.

As emendas devem ser apresentadas apenas na segunda fase da tramitação da proposta, na comissão especial. Contudo, o relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado Marcelo Freitas, admitiu que é possível que alguns pontos sejam modificados já na fase atual. Para ele, porém, a CCJ deve se encarregar apenas de debater a admissibilidade da proposta. Os méritos devem ser analisados depois.

Hoje, o ministro Paulo Guedes (Economia) recebe deputados da bancada do PSD e do PSL, além do líder do governo na Câmara, para negociar a aprovação do texto original da Previdência. Mas é na participação dele amanhã na CCJ que os investidores estão mais atentos.

É amanhã!

Com o ambiente em Brasília mais calmo nesta semana, o radar do mercado doméstico está concentrado na participação de Paulo Guedes em sessão na CCJ nesta quarta-feira. A expectativa é de que o embate com os deputados abra espaço para o andamento da reforma da Previdência na Câmara.

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Afinal, o atrito recente entre Executivo e Legislativo colocou em xeque o calendário de votação do texto sobre as novas regras para aposentadoria. Agora, a expectativa é de que o relator da proposta (PEC), o Delegado Marcelo Freitas, entregue o parecer na semana que vem, com a votação na CCJ ocorrendo em 17 de abril - portanto, antes da Páscoa.

Se esse cronograma for cumprido, o texto segue para a comissão especial, que terá de dez a 40 sessões para decidir sobre o conteúdo da proposta e apresentar o projeto final para votação em plenário. A expectativa é de que essa fase seja superada entre maio e junho. Na Câmara, os dois turnos podem ocorrer ainda neste semestre - na melhor das hipóteses.

Portanto, o espaço para corrigir alguns pontos é curto. Guedes, é bom lembrar, passou a ser o principal interlocutor da reforma da Previdência no Congresso, ao lado do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Porém, essa decisão deixa a equipe econômica mais vulnerável às demandas (caras) dos parlamentares, dificultando o diálogo com os partidos.

Pausa no exterior

O rali global entre os ativos de risco visto ontem perde força hoje, após um início otimista neste segundo trimestre. O temor em relação à perda de tração da atividade nas principais economias do mundo continua como pano de fundo, ao passo que a incerteza sobre a saída do Reino Unido da União Europeia segue como ponto fraco.

A libra é negociada na faixa de US$ 1,30, após o Parlamento britânico não conseguir chegar, mais uma vez, a um sobre o Brexit. As principais bolsas europeias estão na linha d’água, sem forças para acompanhar o sinal positivo exibido na Ásia - exceto em Tóquio - e contaminada pelas ligeiras perdas exibidas em Nova York. O euro também recua.

O sentimento positivo observado no primeiro trimestre se estendeu para o início do segundo trimestre, com os investidores apostando na política monetária mais suave dos principais bancos centrais globais. Ainda assim, uma miríade de fatores de risco permanece, incluindo a prolongada guerra comercial.

As conversações entre Estados Unidos e China serão retomadas nesta semana, com a chegada da delegação chinesa, liderada pelo vice-primeiro-ministro, Liu He, amanhã em Washington. A expectativa é de que um acordo entre as duas maiores economias do mundo seja alcançado e capaz de impedir uma perda de tração mais forte da atividade.

Assim, se o crescimento global melhorar, isso é bom para todas as economias do mundo. Se não, o receio é de uma recessão mais severa provocar uma fuga dos ativos mais arriscados, já que uma desaceleração econômica não muito intensa deve manter o Federal Reserve em pausa no processo de alta dos juros, aliviando os negócios com risco.

Em um ambiente externo com crescimento e juros baixos, combinado com uma liquidez abundante, o mercado doméstico pode despontar como um dos principais aportes de recursos em busca de retorno atraentes. Para isso, porém, a cena política precisa mudar e o risco é o Brasil não aproveitar essa janela de oportunidades que se abre.

Indústria nacional hoje

Os números da produção industrial brasileira em fevereiro são o destaque da agenda econômica desta terça-feira. A previsão é de ligeira expansão de 0,5% da atividade no setor, embalado pela rara ocorrência de mais dias úteis em fevereiro do que o usual. É válido lembrar que neste ano a pausa do carnaval ocorrer em março.

Com isso, a indústria nacional também deve ter crescimento no confronto com fevereiro de 2018, em +2,00%, interrompendo três meses seguidos de queda. Ainda assim, o resultado deve reverter apenas parcialmente o frustrante desempenho esperado para o setor nos três primeiros meses deste ano, contaminando o crescimento econômico do país.

Ontem, o mercado financeiro revisou pela quinta vez seguida a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em todo o ano de 2019, ficando abaixo de 2% pela primeira vez. Os dados oficiais da indústria serão divulgados às 9h. No exterior, merecem atenção as encomendas de bens duráveis nos EUA em fevereiro (9h30).

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