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Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula do Mercado

EUA e China buscam acordo, em meio a controvérsias

Relatos conflitantes de que Pequim poderia antecipar retorno e de que a Casa Branca busca um acordo parcial elevam vaivém no mercado financeiro

Olivia Bulla
Olivia Bulla
10 de outubro de 2019
5:38 - atualizado às 6:20
Por aqui, investidores devem comemorar acordo sobre cessão onerosa do pré-sal

Estados Unidos e China reúnem-se a partir de hoje para tratar da questão comercial, pela décima terceira vez desde que a disputa tarifária começou, no início do ano passado. De lá para cá, as idas e vindas nas negociações entre as duas maiores economias do mundo só adiaram um desfecho, deixando os mercados cada vez mais sensíveis ao tema.

Ontem à noite, a notícia de que a delegação chinesa teria antecipado o retorno para Pequim, encurtando a estadia em Washington, causou forte vaivém nos ativos financeiros. Apesar do desmentido, a ausência de progresso nos preparativos para a rodada de negociações em alto nível com os EUA minou as esperanças por um acordo mais amplo.

Tampouco se sabe se procedem informações de que a Casa Branca planeja um pacto cambial com a China, como parte de um acordo mais amplo, pois o assunto já foi colocado à mesa em fevereiro e, depois, abandonado. Fala-se também sobre a possibilidade de os EUA autorizarem empresas norte-americanas de fazerem negócios com a chinesa Huawei.

O mais provável ainda é que apenas questões paliativas, como àquelas ligadas a compra de produtos agrícolas, sejam discutidas, em meio a negociações programadas até amanhã à noite. Temas relacionados à propriedade intelectual e à transferência de tecnologia, além dos subsídios do governo chinês a empresas estatais, nem devem ser tratados.

Com isso, crescem as chances de as tarifas dos EUA sobre US$ 250 bilhões de produtos chineses subir de 25% para 30% na próxima terça-feira. Um imposto adicional de 15% sobre outros US$ 160 bilhões de mercadorias feitas na China deve entrar em vigor às vésperas do Natal. Mas há quem diga que o governo Trump pode suspender a taxação...

Relatos conflitantes

Em meio a tantos relatos conflitantes, os investidores não sabem o que esperar do encontro, o que eleva a volatilidade dos negócios, que ficam sem um rumo definido. Os mercados estão preparados para mais notícias confusas sobre as negociações entre EUA e China ao longo dos próximos dias, o que tende a reduzir a exposição ao risco.

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Com isso, enquanto as bolsas asiáticas apagaram as quedas, diante de sinais de suavização na guerra comercial, os índices futuros das bolsas de Nova York e as bolsas europeias seguem no vermelho. Entre as moedas, o yuan chinês (renminbi) se fortalece em com relatos de um acordo parcial, ao passo que o euro ganha terreno em relação ao dólar.

Aliás, a moeda norte-americana têm fortes perdas em relação às demais moedas rivais, com destaque também para os ganhos do xará australiano. Já o petróleo recua, mas o minério de ferro subiu quase 3%. O ouro também avança, juntamente com o juro projetado pelos títulos norte-americanos (Treasuries).

Política em cena

Por aqui, os investidores devem comemorar a aprovação da divisão de recursos entre estados e municípios sobre o excedente de petróleo da camada pré-sal ontem na Câmara. A medida não só abre caminho para o megaleilão, em 6 de novembro, como também para a votação, em segundo turno, da reforma da Previdência no Senado, antes do fim do mês.

O governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões com o megaleilão de petróleo e economizar perto de R$ 800 bilhões com as novas regras para aposentadoria. A proposta sobre a distribuição de recursos do pré-sal segue agora para o Senado, onde deve ser apreciada antes da Previdência.

Com o avanço da pauta econômica no Congresso, o mercado doméstico ignora os ruídos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o PSL. Porém, se confirmada a possibilidade de o presidente sair do partido, pode haver algum impacto nos ativos locais, já que se trata da maior bancada na Câmara, o que pode dificultar o andamento de outro projetos do governo.

Varejo no Brasil e inflação nos EUA

A agenda econômica desta quinta-feira traz como destaque, no Brasil, o desempenho do varejo em agosto. A expectativa é de crescimento nas vendas em base mensal, de +0,2%, na quarta alta seguida, e no confronto anual (+2,00%), somando cinco resultados positivos consecutivos. Os números efetivos serão conhecidos às 9h.

No mesmo horário, sai um nova estimativa para a safra agrícola neste ano e, antes, às 8h, é a vez da primeira prévia deste mês do IGP-M. Já no exterior, destaque para o índice de preços ao consumidor nos Estado Unidos (CPI) em setembro, às 9h30. No mesmo horário, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos no país.

A previsão é de que a inflação no varejo norte-americano continue mostrando um cenário benigno. E em uma economia que começa a sentir os primeiros sinais da desaceleração da atividade global, ter a inflação comportada pode deixar o Federal Reserve mais confortável em promover novos cortes na taxa de juros.

O problema é que os bancos centrais no mundo estão gastando artilharia e podem ficar sem munição quando for preciso agir para evitar um cenário recessivo. Tanto o Fed quanto o Banco Central Europeu (BCE) vêm alertando sobre isso. Aliás, o BCE publica hoje (8h30) a ata da última reunião de política monetária, quando anunciou estímulos adicionais, mas também jogou a bola para a política fiscal - e a necessidade de elevar os gastos públicos.

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